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MOVIMENTOS SOCIAIS DO ESPÍRITO SANTO QUE ATUARAM CONTRA A DITADURA MILITAR

Por:   •  3/7/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.636 Palavras (7 Páginas)  •  336 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO

RAFAELA FAIRICH AMARAL

MOVIMENTOS SOCIAIS DO ESPÍRITO SANTO QUE ATUARAM CONTRA A DITADURA MILITAR

SERRA, ES

2018

RAFAELA FAIRICH AMARAL

MOVIMENTOS SOCIAIS DO ESPÍRITO SANTO QUE ATUARAM CONTRA A DITADURA MILITAR


Relatório final, apresentado a Universidade Federal do Espírito Santo, como parte das exigências para a complementação da nota do trabalho integrado das disciplinas de Política Social e Fundamentos Teórico-Metodológicos 2.

      Data da entrega: 02/07/2018

SERRA, ES

2018

  1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho é sobre os Movimentos Sociais do Espírito Santo (ES) que atuaram contra a ditadura militar. Suas contribuições, bem como suas lutas. Tendo como objetivo relacionar com a matéria de Política Social, do curso de Serviço Social da UFES e reunir dados sobre a atuação desses movimentos, materializando os elementos expostos na intervenção artística. Realizou-se a pesquisa bibliográfica como método para a obtenção das informações, foi-se averiguado documentos, tal como artigos e relatórios. Quanto à estrutura dividiu-se em doze principais movimentos, explicando brevemente cada um, sendo estes: Diretas Já, Movimento Feminista, Movimento Nacionalista Revolucionário, União Nacional dos Estudantes (UNE), União Estadual dos Estudantes (UEE), Partido Social Democrático, Partido Comunista Brasileiro, Central única dos Trabalhadores (CUT), Juventude Universitária Católica (JUC), Frente Mobilização Popular, Ala Vermelha, Ação Popular (AP). Ficando sob minha responsabilidade os dois últimos movimentos citados, dos quais pesquisei e trouxe junto ao grupo para montagem do trabalho final.

  1. PRINCIPAIS MOVIMENTOS SOCIAIS DO ES QUE INTERVIRAM CONTRA O REGIME MILITAR

  1. MOVIMENTO DIRETAS JÁ

Vários movimentos sociais unidos (tais como o movimento estudantil, mulheres militantes, movimento dos trabalhadores...) que se juntaram para reivindicar a abertura democrática. Em Vitória pelo menos 60 mil pessoas se manifestaram na Praça Oito, no centro da Capital, para reivindicar o direito de eleger o presidente da República.

  1. MOVIMENTO FEMINISTA

Mulheres que, inicialmente participavam de outros movimentos, tais como o movimento estudantil, mas que começaram a notar relações conflituosas e discriminatórias associadas ao seu gênero, ainda mais com o aumento da opressão no momento da ditadura militar. Essas se juntaram em um grupo de mulheres militantes para lutarem contra a ditadura e também por seus direitos e reconhecimento.

  1. MOVIMENTO NACIONALISTA REVOLUCIONÁRIO

Articularam a guerrilha do Caparaó, que escolheu a serra do Caparaó, na divisa dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, para fazer treinamentos dos guerrilheiros. Os guerrilheiros de Caparaó teriam a missão de criar ‘insegurança permanente’ à ditadura militar, pretendiam tomar cidades, destruir linhas de comunicações, vias de transportes e atacar pelotões do Exército, visando chamar a atenção do país para o que estava acontecendo e fazer a exortação da luta armada.

  1. UNE/ UEE – ES

O Movimento Estudantil ocupou um espaço destacado na resistência ao regime autoritário, através de uma série de manifestações, coordenadas pela União Nacional dos Estudantes (UNE), os militantes estudantis denunciaram os problemas da educação e expuseram o lado mais sombrio do regime.

  1. PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA/ PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO

PSD foi o maior partido da República Populista, que atingiu o maior número de votos e o maior vencedor das eleições presidenciais no período da ditadura, composto pela classe média alta.

PCB teve parte da sua existência na clandestinidade, justamente pela caracterização política de ser um partido anti-sistema, que pregava uma radical transformação da sociedade a partir da perspectiva marxista.

  1. CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) se construiu no combate à ditadura militar que vigorou no nosso país durante 21 anos (1964-1985). Os trabalhadores foram as principais vítimas da ditadura: arrocho salarial, intervenção dos sindicatos, perseguição, prisões e mortes de dirigentes sindicais.

  1. JUVENTUDE UNIVERSITÁRIA CATÓLICA

Seu objetivo era difundir os ensinamentos da Igreja no meio universitário. Os militantes da JUC passaram a sofrer perseguições após o movimento político-militar de março de 1964. JUC decidiu, na reunião do conselho de 1966, dissociar-se da hierarquia eclesiástica, recomendando a seus militantes que prosseguissem a luta pela transformação da sociedade.

  1. FRENTE MOBILIZAÇÃO POPULAR

Movimento nacionalista surgido em 1962 com o objetivo de pressionar em favor da implementação das chamadas reformas de base (agrária, urbana, tributária, bancária e constitucional). Foi fechada após o movimento político-militar de 31 de março de 1964. Seus representantes que ainda militavam a favor do movimento foram presos e torturados depois da consolidação do golpe de 1964 no Espírito Santo.

  1. AÇÃO POPULAR

Integrada basicamente por membros da JUC e da Juventude Estudantil Católica (JEC), seu objetivo era formar quadros que pudessem “participar de uma transformação radical da estrutura brasileira em sua passagem do capitalismo para o socialismo”. Além de imprimir o jornal Libertação, a AP também publicou o Livro Negro da Ditadura Militar, que continha os nomes dos envolvidos nas torturas e na Operação Bandeirantes (OBAN), responsável por perseguir, prender, torturar e assassinar opositores do regime.

  1. ALA VERMELHA

Em 1971, a Ala Vermelha, dissidência do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Criada em 1966, seria praticamente  desarticulada em todo o país depois da prisão de um de dos seus dirigentes, Edgard de Almeida Martins, cujo codinome era Miro. Oque acarretou um direto envolvimento com um grupo de estudante da UFES. A Ala Vermelha tinha em sua diretriz o apreço pela luta armada contra a repressão da ditadura.

  1. RELAÇÃO COM A MATÉRIA DE POLÍTICA SOCIAL

Ao relacionar o conteúdo encontrado com estudos feitos na matéria de Política Social, podemos constatar que no contexto das perdas da liberdade democráticas, da censura, prisão e tortura das vozes discordantes o bloco militar-tecnocrático-empresarial buscou adesão e legitimidade por meio da expansão e modernização de políticas sociais. Em contra ponto os movimentos sociais se articulavam com argumentos deslegitimar essa adesão reivindicando a liberdade e os direitos perdidos. As medidas tomadas em relação a economia e a modernização trouxeram para ditadura um caráter de “avanço” nessas áreas, avanços esses que mais tarde viera a se tornar problemas.

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