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Nervo Trigêmeo

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Por:   •  8/5/2013  •  1.783 Palavras (8 Páginas)  •  2.156 Visualizações

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NERVO TRIGEMEO: APLICAÇÃO CLÍNICA

NERVO TRIGEMEO: APLICAÇÃO CLÍNICA

Trabalho apresentado para avaliação na disciplina de Cirurgia Oral I, do curso de Odontologia, turno integral, da Universidade Unig sob orientação do professor Paulo César.

Nervo trigêmeo

O nervo trigêmeo é em grande parte o nervo que leva as informações de sensibilidade geral da cabeça, por isso o seu estudo é de fundamental importância em Odontologia, sobre tudo na sua aplicação em anestesiologia e cirurgia.

O trigêmeo é um nervo misto, possuindo uma raiz sensitiva (maior) e uma raiz motora (menor), que acompanha o Nervo Mandibular.

A raiz sensitiva possui fibras exteroceptivas e proprioceptivas. As fibras da raiz sensitivas são classificadas como aferentes somáticas gerais, e dividem-se ainda em:

Fibras exteroceptivas – levam os impulsos de dor, tato, pressão e temperatura originados da pele da face e fronte, mucosa oral, nasal e dos seios paranasais, dentes e periodonto, 2/3 anteriores da língua, soalho oral, grande parte da duramáter, bulbo do olho, conjuntiva, saco e glândula lacrimais.

Fibras proprioceptivas – levam os impulsos inconscientes de pressão profunda, para a regulação reflexa da atividade muscular e impulsos conscientes para percepção e regulação dos movimentos das articulações. Os estímulos proprioceptivos são originados do periodonto, ATM, dentes, palato duro e músculos da mastigação.

A raiz motora é responsável pela inervação motora dos músculos da mastigação (masseter, pterigoideo medial e lateral, temporal), tensor do véu palatino, tensor do tímpano, milo-hióideo e o ventre anterior do digástrico. As fibras da raiz motora são classificadas como eferentes viscerais especiais e não serão detalhadas neste capítulo, pois foram descritas no capítulo anterior.

Parte intracraniana

Tronco do trigêmeo

O tronco do trigêmeo tem sua origem aparente na parte lateral da ponte, entre esta e o pedúnculo cerebelar médio, na fossa posterior do crânio. A partir daí, o nervo dirige-se para a borda superior da parte petrosa do temporal, próximo ao seu ápice. O nervo penetra então em um pequeno forame da dura-máter (Lúnula de Albinus), passa pelo sulco trigeminal e penetra na fossa média do crânio, chegando ao gânglio trigeminal.

Gânglio trigeminal

O gânglio trigeminal representa o acúmulo dos corpos dos neurônios sensitivos aferentes. Estes apresentam um prolongamento periférico longo, e que está em contato com o receptor e um prolongamento central curto, que entra no tronco encefálico pelo tronco do nervo, onde faz sinapse com núcleos centrais do trigêmeo.

O gânglio trigeminal tem a forma de semilua, por isso denominado de semilunar, ou Gânglio de Gasser. Ele está situado numa depressão óssea na face anterior da parte petrosa do temporal, denominada impressão do trigêmeo. Nessa região, os dois folhetos da dura-máter se separam formando uma cavidade que aloja o gânglio, o cavo trigeminal. Na face côncava do gânglio, penetra o tronco do nervo. Na face convexa do gânglio, estão os três ramos terminais do trigêmeo:

-Nervo oftálmico: deixa o crânio pela fissura orbitalsuperior;

-Nervo maxilar: deixa o crânio pela forame redondo;

-Nervo mandibular: deixa o crânio pelo forame oval.

Raiz motora

A raiz motora acompanha o nervo trigêmeo desde sua emergência na ponte, passa direto pelo gânglio trigeminal para acompanhar o nervo mandibular. Os ramos da raiz motora foram descritos no capítulo anterior.

Nervo Oftálmico

O nervo oftálmico é essencialmente sensitivo. Antes de penetrar na órbita ele emite um pequeno ramo:

Ramo Meníngeo

Tem trajeto sinuoso para a tenda do cerebelo. Inerva grande parte da dura-máter.

Logo após emitir esse pequeno ramo, ele se dirige anteriormente, apoiado na parede lateral do seio cavernoso e entra na órbita pela fissura orbital superior onde se divide em três ramos principais: lacrimal, frontal e nasociliar.

Nervo Lacrimal

É o ramo mais lateral do nervo oftálmico. Ele se dirige para a glândula lacrimal, passando pela borda superior do m. reto lateral. Ele recebe um pequeno ramo, o ramo comunicante do nervo zigomático, que conduz as fibras do SNA para a glândula lacrimal.

Inervação – leva os impulsos aferentes originados da glândula lacrimal, conjuntiva e pele da pálpebra superior, através de seus ramos terminais.

Nervo Frontal

É intermediário entre o nervo lacrimal e o nervo nasociliar. Ele tem um trajeto anterior, passando por cima do m. levantador da pálpebra superior, onde se divide em dois ramos principais: Nervo supra-orbital, nervo supratroclear

Nervo Nasociliar

É o mais medial dos ramos do nervo oftálmico. Penetra na órbita pela fissura orbital superior, dentro do cone formado pelos músculos do bulbo do olho. É mais superior. O nervo nasociliar origina os seguintes ramos: ramo comunicante para o gânglio ciliar (SNA) e nervos ciliares curtos, nervos ciliares longos, nervo infratroclear, nervo etmoidal posterior e nervo etmoidal anterior.

Nervo maxilar

O nervo maxilar é essencialmente sensitivo. Antes de deixar o crânio pelo forame redondo, emite um pequeno ramo:

Ramo Meníngeo – Acompanha a artéria meníngea média, conduzindo sensibilidade de grande parte da dura-máter.

- Nervo Zigomático

É o ramo mais lateral do nervo

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