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Revisão De Literatura- Distribuição Do Nervo Trigemeo Em Animais

Trabalho Escolar: Revisão De Literatura- Distribuição Do Nervo Trigemeo Em Animais. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  22/5/2013  •  4.183 Palavras (17 Páginas)  •  1.042 Visualizações

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Revisão de literatura

Análise comparativa da origem e distribuição do nervo trigêmeo em equinos, felinos e bovinos.

Introdução e justificativa:

A literatura apresenta trabalhos escassos sobre o nervo trigêmeo e as vias de acesso para procedimentos anestésicos em distintas espécies animais. Este fato suscitou a análise de questões não compreendidas em sua totalidade pela comunidade científica.

Para a avaliação e diagnóstico eficiente de algum distúrbio neurológico, a primeira questão a ser formulada é: qual a localização da lesão? Para responder a essa indagação, é essencial conhecer fundamentos de neuroanatomia clínica que provêem o profissional de informações sobre o funcionamento do sistema nervoso central e, conseqüentemente, auxiliam no a identificar as estruturas envolvidas no processo. Tais informações permitem que medidas diagnósticas e terapêuticas sejam adotadas com maior margem de segurança, pois as possibilidades de sobrevivência do paciente aumentam quando se possui conhecimento da neuroanatomia do sistema nervoso.

Os ramos do nervo trigêmeo quando lesados ou comprometidos por alguma doença produzem deficiências sensoriais em seus territórios e algumas vezes, manifestam se por irritação facial crônica; alguns ramos são freqüentemente bloqueados para pequenas cirurgias na cabeça. Lesões destrutivas do nervo mandibular produzem paralisia dos músculos levantadores da mandíbula; quando a lesão é unilateral, a atrofia resultante pode ser mais obvia que qualquer impotência motora. Uma paralisia bilateral idiopática temporária da musculatura trigêmea, caracterizada por queda da mandíbula, foi relatada em cães.

O nervo trigêmeo por ser o maior nervo craniano e por ser um dos mais acometidos por lesões e patologias de interesse veterinário será o foco principal dessa revisão. Por ser impossível apresentar uma descrição completa da origem e distribuição do nervo trigêmeo em todas as espécies, essa pesquisa só será realizada em eqüinos, felinos e bovinos, que julgamos serem as espécies com maior importância econômica e por ser uma revisão de literatura, serem as espécies com mais dados disponíveis. Para ser avaliado se há ou não diferenças, os critérios utilizados serão a quantidade e origem de cada um dos ramos provenientes dos três ramos do nervo trigêmeo.

Objetivos:

Segundo a literatura pesquisada verificamos muitas diferenças nos relatos entre as espécies. Estas diferenças estão relacionadas ao tipo de conformação anatômica craniana que varia nas espécies, mostrando desta forma origem e distribuição especifica do nervo trigêmeo.

Material e métodos:

Os artigos científicos da pesquisa foram encontrados no banco de dados PubMed, durante os meses de agosto a novembro de 2006.

As palavras chave utilizadas foram:

- nervo trigêmeo

- V par de nervo craniano

- trigeminal nerve

- raiz mandibular do trigêmeo

raiz maxilar do trigêmeo

raiz oftálmica do trigêmeo

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Distribuição do nervo trigêmeo em bovinos

O nervo trigêmeo origina-se do lado dorsolateral da ponte e é composto de uma raiz sensitiva e uma raiz motora. A raiz sensitiva está situada dorsolateralmente à raiz motora. Ela corre rostralmente e, após curta distância, une-se ao gânglio trigeminal.

Do nervo trigêmeo originam-se os nervos oftálmico, mandibular e maxilar.

O nervo oftálmico surge do gânglio trigeminal, num tronco comum com o nervo maxilar. Na saída do forame órbito-rotundo o nervo oftálmico divide-se nos seguintes ramos:

O ramo zigomaticotemporal. É constituído por dois fascículos um tanto grandes, que se original do lado lateral do nervo oftálmico, na saída do forame órbito-rotundo,os fascículos ascendem a órbita, na superfície lateral do músculo reto lateral, passando sobre a artéria oftálmica externa, em determinados casos o fascículo medial passa sob a artéria oftálmica externa,os dois fascículos unem-se um ao outro. O ramo zigomaticotemporal, dobra lateralmente perfurando a periórbita .Ao deixar a órbita ele corre caudal, dorsal e um pouco medialmente atravessa a almofada de gordura retrorbitária e passa sob o músculo frontoscutular.

O ramo zigomático temporal então divide-se em diversas ramificações que suprem a pele da região temporal. Algumas dessas ramificações ligam-se às ramificações do ramo zigomático do nervo facial. Nos espécimes com cornos a maioria das fibras do ramo do zigomático temporal correm no sentido do corno como ramos cornuais, terminando na superfície laterolateral de sua base.

Em determinados casos o nervo lacrimal surge diretamente do nervo oftálmico. Algumas de suas ramificações atravessam a glândula e atingem a pele da porção lateral da pálpebra superior, onde terminam.

O nervo frontal ascende à órbita, passando quer sobre a artéria oftálmica externa ou sua rede. A seguir, corre com a artéria lacrimal e passa sobre a glândula lacrimal, na qual algumas de suas finas ramificações aparentemente terminam. Ao deixar a órbita ele atinge a porção lateral da pálpebra superior e área adjacente, onde se distribui.

O ramo do seio frontal corre dorsalmente na órbita, entre o músculo reto lateral e o músculo reto dorsal e, finalmente, penetra num pequeno forame na parede medial da órbita,atinge o referido seio em cuja mucosa se distribui.

O nervo nasociliar próximo a sua origem emite o nervo ciliar longo, que corre rostralmente e logo se divide em duas ramificações. Estas podem atravessar o plexo venoso oftálmico e a rede admirável oftálmica e finalmente penetrarem na esclera. No ápice orbitário o nervo nasociliar passa entre o músculo retrator do bulbo e músculo reto dorsal., a seguir passa entre o músculo reto medial e o músculo oblíquo dorsal, onde se divide nos nervos etmoidais e infratrocleares.

O nervo etmoidal, após dobrar medialmente, corre com a artéria etmoidal no sentido do forame etmoidal,

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