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O Assistência Farmacoterápica

Por:   •  2/10/2018  •  Tese  •  8.885 Palavras (36 Páginas)  •  131 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Polifarmácia é o uso de três ou mais medicamentos. Embora não

haja uma quantidade determinada que exprima a polifarmácia, estando definida, basicamente, pelo uso de vários fármacos concomitantes ou um número de

fármacos maiores que foram prescritos (SPINA, 2007). A administração de vários medicamentos ao mesmo paciente, medicação em excesso, tempo de uso prolongado (60-90 dias), ou mesmo o uso de um medicamento

desnecessariamente é reconhecido como polifarmácia (SOUSA et al., 2008).

A polifarmácia tem sido apontada como um fator gerador de doenças

iatrogênicas (SPINA, 2007). Sendo amplamente praticada, seja por prescrição

médica ou por ingerir medicamentos sem orientação, a polifarmácia beneficia o acontecimento de efeitos adversos e interações medicamentosas (SECOLI, 2010).

Muitas vezes as reações adversas não são interpretadas corretamente levando à prescrição de novos medicamentos, expondo o paciente a efeitos prejudiciais ainda maiores com tratamento medicamentoso desnecessário (SOUSA et al., 2008).

Acrescentando a polifarmácia pode induzir a uma modificação no efeito do

medicamento por influência de um dos medicamentos na farmacocinética ou

farmacodinâmica de outra droga (interação). Em pacientes idosos, a polifarmácia

tem sido mencionada por diversos autores, que consideram que as interações

tendem a se agravar nesse grupo de pacientes, pois o envelhecimento pode

interferir no funcionamento do fígado e dos rins, diminuindo o tempo de

eliminação do fármaco pelo organismo. Pacientes que estão sendo tratados por

diversos profissionais médicos podem ter problemas quando estes profissionais

desconhecem as prescrições uns dos outros, aumentando ainda mais o risco

quando não são fornecidas as devidas orientações sobre os medicamentos

(HUSSAR, 2010).

A facilidade aos medicamentos é uma referência da condição e

resolutividade do regulamento de saúde e categórico do

cumprimento do tratamento prescrito. Os medicamentos de uso contínuo

admitem ampla relevância na terapia de doenças crônico-degenerativas, quanto a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus (PANIZ et al., 2008).

Entretanto, existem diversos modos que evidenciam prescrição impropria de 13 medicamentos como: emprego inapropriado de antibióticos, utilização excessiva de fármacos injetáveis, uso excessivo de medicamentos relativamente seguros, uso de combinações de remédios (nas quais muitas vezes são associados fármacos antagônicos ou de efeito similar), e uso dispensável de remédios de muito caro, determinado pela relevância de nomes comerciais conhecidos. Outro elemento que afeta a prescrição e o uso racional de medicamentos é a maneira quanto permanecem dispostas as interferências no processo saúde-doença (COLOMBO et al., 2004).

O Brasil, desde a Constituição Federal de 1988 vem passando por

várias mudanças no modelo de assistência à saúde, sendo que o contemporâneo interpõe a assistência básica, alterando-o em uma abertura para todos os níveis no sistema de saúde. Uma das iniciativas de reorganização do modelo assistencial foi a criação do Programa Saúde da Família (PSF), em 1994, sendo esta a estratégia prioritária da atenção básica, onde estabelece a divisão dos municípios por grupos populacionais geograficamente definidos, assistidos por equipes multiprofissionais (BRASIL, 2009).

Através dos anos, com a identificação de medicamentos como uma

modalidade terapêutica básica, diversos desempenhos são concretizados afim de originar a utilização coerente, enfraquecendo os valores pertinentes com as determinações inadequadas, efeitos adversos e utilização incorreta. Uma consideração embutida pela OMS nos anos 1970 considera a adoção de listagens de medicamentos essenciais conforme com as precisoes locais (COLOMBO et al, 2004).

Com o intuito de racionar o uso dos fármacos atuais, o Ministério da Saúde instituiu uma classificação de fármacos designada de Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), que visa orientar o uso de produtos seguros, eficazes e com possibilidade de solucionar a maior parte dos problemas de saúde da população brasileira (BRASIL, 2010).

A inserção do profissional farmacêutico no PSF incorpora ações

positivas, evidenciando benefícios tanto para a equipe quanto para usuários,

como: oferecer informações sobre o uso correto dos medicamentos; acompanhar o paciente em seu tratamento, promovendo a educação para a saúde; informar sobre prevenção e cuidados com a pressão arterial, diabetes, entre outras; planejar, supervisionar, comprar, armazenar, distribuir e dispensar medicamentos; colaborar com os outros profissionais da saúde para o adequado atendimento à 14 comunidade; participar das discussões sobre políticas de medicamentos e assistência à saúde da comunidade; participar das discussões sobre os medicamentos a serem oferecidos nas farmácias do setor público (SEVERINO, 2008).

Com o uso cada vez mais frequente da polifarmácia na medicina

moderna, o conhecimento acerca das interações medicamentosas é fundamental, pois pode prevenir ou mesmo impedir as reações indesejadas provenientes destas. Este trabalho objetivou descrever a ocorrência de polifarmácia (oriunda de prescrição médica ou automedicação) e interações medicamentosas em usuários do PSF, utilizando-se polifarmácia referindo-se ao uso de três ou mais medicamentos (SPINA, 2007).

Também visa transmitir informações tanto para profissionais da saúde quanto a usuários de medicamentos, demonstrando a relevância deste tema e os benefícios que se pode obter com o uso racional de medicamentos, sendo este o papel do profissional farmacêutico. (SPINA 2007)

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 HISTÓRICO

O crescimento da população

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