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O CONHECIMENTO NEUROCIENTÍFICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM E SUAS DIFICULDADES

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Por:   •  23/3/2014  •  3.241 Palavras (13 Páginas)  •  926 Visualizações

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O CONHECIMENTO NEUROCIENTÍFICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM E SUAS DIFICULDADES

Resumo

Este artigo tem a finalidade de levar ao conhecimento de todos os profissionais da educação e áreas afins, como se dá a aprendizagem com foco neurocientífico em estudantes de fase escolar. Por qual motivo determinadas pessoas aprendem e outras não? A neurociência e o desvendar dos estudos dos cérebros na sala de aula podem, e muito, contribuir para uma educação mais justa e menos excludente, pois assim o educador tem a possibilidade de compreender melhor como ensinar, já que existem diferentes maneiras de se aprender. Neste caso, há uma importância muito grande do profissional ter uma boa capacitação para trabalhar na clínica ou instituição, pois deverá perceber e verificar as possíveis dificuldades apresentadas pela criança para intervir adequadamente durante o processo de ensino e aprendizagem.

Palavras-chave: Educação. Neurociência. Dificuldades. Aprendizagem.

1. INTRODUÇÃO

A escolha deste artigo foi devido às dificuldades que os profissionais apresentam em trabalhar com crianças e adolescentes no processo de aprendizagem tanto nas salas de aulas quanto nos consultórios. Sob a ótica neurocientífica, observa-se o funcionamento cerebral facilitando a identificação das possíveis dificuldades apresentadas. Os conhecimentos são construídos por meio da ação e da interação. Aprendemos quando nos envolvemos ativamente no processo de produção do conhecimento, por meio da mobilização de atividades mentais, e na interação com o outro.

O presente artigo abordará a ótica da neurociência, proporcionando o entendimento de que ensinar uma pessoa habilidades novas implica maximizar potencial de funcionamento de seu cérebro, estimulando as diferentes áreas cerebrais, a fim de desvendar com eficiência o desenvolvimento das potencialidades humanas e a capacidade de pensar.

2. CONCEITUANDO APRENDIZAGEM

A Aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido através da experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais. Portanto podemos dizer que é um processo neuropsicocognitivo. Deve-se destacar a influência que toda a nossa bagagem tem sobre o aprendizado, ou seja, nossas experiências passadas, nossos sentimentos, nossas vivências e as situações sociais e ambientais nas quais se desenvolve o aprender. Nossa estrutura psíquica dá sentido aos processos perceptivos, enquanto a organização cognitiva sistematiza toda a informação recebida de uma forma muito pessoal de acordo com as experiências vivenciadas e as situações sociais onde elas se desenvolvem. (RELVAS, 2010)

Os seres humanos precisam de contínuas aprendizagens que começam a ocorrer a partir da gestação. Aprender é vital para sobreviver. Frequentemente pensamos que o aprendizado está relacionado apenas em ler e escrever, mas sobre tudo o aprender é o caminho para atingir o crescimento, a maturidade e o desenvolvimento como pessoas num mundo organizado; as interações com o meio nos permitem a organização do conhecimento.

A educação como interatividade contempla tempos e espaços novos, diálogo, problematização e produção própria dos educandos. O professor exerce a função de mediador das construções de aprendizagem. E mediar é intervir para promover mudanças. Como mediador, o docente passa a ser comunicador, colaborados e exerce a criatividade do seu papel de coautor do processo de aprender dos alunos.

Na relação desse novo encontro pedagógico, professores e alunos interagem usando a responsabilidade, a confiança e o diálogo, fazendo a auto-avaliação das usas funções. Isto é fundamental, pois nesse encontro, professor e aluno vão construindo novos modos de se praticar a educação. (PEREIRA, Rafael Silva. Programa de Neurociências, Lisboa, 2012, p.12)

3 – CONHECENDO O CÉREBRO

O cérebro é o órgão mais complexo do corpo: uma massa esponjosa rosada composta de bilhões de células nervosas microscópicas reunidas em uma rede eletrônica. Cada parte tem seu próprio trabalho, mas a parte maior, chamada córtex cerebral, é a responsável pelos pensamentos e ações.

Ao aprender o cérebro entra em atividade e ocorre uma série de mudanças físicas e químicas. Para compreender seu funcionamento é importante conhecer sua estrutura e alguns fatores ambientais que influenciam o seu desenvolvimento. Os neurocientistas estudam a anatomia, a fisiologia, a química e a biologia molecular do sistema nervoso enfocando seu interesse na atividade cerebral relacionada com o comportamento e a aprendizagem.

O cérebro realiza muitas tarefas importantes como:

- controlar a temperatura corporal, pressão arterial, frequência cardíaca e a respiração;

- aceita milhares de informações vindas dos nossos vários sentidos (visão, audição, olfato);

- controla os nossos moimentos físicos ao andarmos, falarmos, ficarmos de pé ou sentarmos;

- deixa-nos pensar, sonhar, raciocinar e sentir emoções.

Todas estas tarefas são coordenadas, controladas e reguladas por um órgão que tem mais ou menos o tamanho de uma pequena couve-flor, o cérebro.

O estudo científico do cérebro e do sistema nervoso chama-se neurociência. (PEREIRA, 2012)

3.1 – ANATOMIA DA APRENDIZAGEM

Em uma visão neurobiológica da aprendizagem, pode-se dizer que, quando ocorre a ativação de uma área cortical, determinada por um estímulo, provoca alterações também em outras áreas, pois o cérebro não funciona como regiões isoladas. Isto ocorre em virtude da existência de um grande número de vias de associações, precisamente organizadas, atuando nas duas direções. Estas vias podem ser muito curtas, ligando áreas vizinhas que trafegam de um lado para outro sem sair da substância cinzenta. Outras podem constituir feixes longos e trafegam pela substância branca para conectar um giro a outro de um lobo a outro, dentro do mesmo hemisfério cerebral: são as conexões intra-hemisféricas. Por último existem feixes comissurais que conduzem a atividade

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