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O Fichamento Crítico: “O Verdeamarelismo”

Por:   •  1/3/2024  •  Resenha  •  1.409 Palavras (6 Páginas)  •  28 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - UFCG

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS – CCJS

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

DISCENTES: Kaillany Bezerra Lopes;

                   Michele Maria Araújo de Sousa.

FICHAMENTO CRÍTICO:

“O verdeamarelismo”

Sousa/PB

 Outubro, 2023

CHAUÍ, Marilena de Souza. Brasil: mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2000.

Resumo:

O capítulo “Sobre o Verdeamarelismo” do livro “Mito Fundador e Sociedade Autoritária”, de Marilena Chauí, trata da construção da identidade nacional brasileira a partir de uma imagem celebratória do país como essencialmente agrário, representado pelas cores verde e amarelo. A autora discute como essa imagem foi criada pela classe dominante brasileira para legitimar a hegemonia dos latifundiários durante o Império e o início da República, e como permaneceu uma representação internalizada da população brasileira, mesmo quando as condições reais do país a contradiziam. Chauí analisa também a dualidade ambígua do verde-amarelismo, que representa simultaneamente um dado (um presente de Deus e da natureza) e algo que precisa ser feito (um Brasil avançado, grande e moderno). A autora também discute como o verde-amarelismo tradicional era visto pelos promotores do nacional-desenvolvimentismo como um obstáculo ao desenvolvimento econômico e social, que seria obra da moderna burguesia industrial nacional e das classes médias conscientes, responsáveis ​​por conscientizar as massas.

“1958, quando a seleção brasileira de Futebol ganhou a Copa do Mundo, músicas populares a afirmavam que a copa o mundo e nossa porque com brasileiro não há quem possa”, e o brasileiro era descrito como “bom no couro” e “bom no samba”.” (Chauí: 31)

Nessa citação O capítulo verdeamarelismo se inicia falando sobre a exaltação da seleção brasileira.

“Em contrapartida, quando a seleção, agora chamada de “Canarinha”, venceu o torneio mundial em 1970, surgiu um verdadeiro hino celebratório, cujo início dizia: “Noventa milhões em ação/ Pra frente, Brasil, do meu coração”.” (Chauí: 31)

 Nesse trecho, Chauí mostra uma outra face da torcida brasileira, que com o passar dos anos, mais precisamente na copa de 1970 essa exaltação diminuiu um pouco.

“Em 1958, sob o governo de Juscelino Kubitschek, vivia-se sob a ideologia do desenvolvimentismo, isto é, de um país que se industrializava voltado para o mercado interno, para “o brasileiro”, (...)” (Chauí: 31)

Neste governo, houve um foco econômico voltado para o que se produzia no Brasil, denominado desenvolvimentismo. Nesse modelo, era buscado condições do país equiparar seu poder econômico com as demais potências, trazendo o capital desses países, de modo que esses investimentos agiriam como um estopim para dar-se início a esse processo.

“O verdeamarelismo foi elaborado no curso dos anos pela classe dominante brasileira como imagem celebrativa do “país essencialmente agrário” (...)” (Chauí: 32)

Nesse trecho, o conceito do verdeamarelismo se deu durante o processo colonial, e que durante o fim do império e início da República perdeu sua força. Logo, esse conceito buscava retomar esse legado da colônia e mostrar que os donos de terras que detinham todo o prestígio.

  FURTADO, Celso. “Além disso, como lembra Celso Furtado, (...) há uma expansão econômica cujo excedente não é investido em atividades produtivas e sim dirigido ao consumo das classes abastadas, que faziam do consumo de luxo um instrumento para marcar a diferença social e o fosso que as separava do restante da população.” (Chauí: 34)

Nesse trecho, Celso Furtado critica a falta de interesse na elite brasileira em investir no desenvolvimento do país e, se preocupando exclusivamente em enriquecer cada vez mais e mais, mostrando para os demais que só eles detêm o poder financeiro e diplomático no país.

“(...)deveríamos presumir que desaparecesse por ocasião do processo de industrialização e de urbanização.” (Chauí: 34)

Nesse trecho, a autora fala da ideia do verdeamarelismo ter se mantido conservada com o passar do tempo, mesmo com a chegada da industrialização, trazendo consigo uma reorganização da elite brasileira, deixando os donos de terra e se tornando os empresários. Porém, segundo o autor, não foi isso que se viu, o verdeamarelismo se manteve intacto.

“(...) a fabricação da ideologia nacional-desenvolvimentista se dá no momento da passagem da “dependência consentida” para a “dependência tolerada”, (...).” (Chauí: 35)

Nesse trecho, a autora fala dessa passagem explicando que, na visão dos brasileiros, a dependência do país a investimentos de países maiores seria só enquanto o Brasil se erguia e, logo, acabaria.

“Essa permanência não é casual nem espontânea, visto que a industrialização jamais se tornou o carro-chefe da economia brasileira como economia capitalista desenvolvida e independente.” (Chauí: 36)

Nessa passagem, vemos que a única saída para esse desprendimento do Brasil desse conceito do patriotismo não conseguiu se tornar o centro da economia brasileira, mantendo o Brasil dependente dos países desenvolvidos e permanecendo a imagem de um país agrário.

“Num governo de estilo fascista e populista, o Estado passou a usar diretamente os meios de comunicação, com a compra de jornais e de rádios (como a Rádio Nacional do Rio de Janeiro) e com a transmissão da “Hora do Brasil”.” (Chauí: 37)

Nessa passagem, a autora fala da manipulação do governo as mídias, buscando informar as glórias do país e reacender o sentimento patriota na população brasileira.

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