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O Fichamento Nativo Relativo

Por:   •  3/8/2022  •  Relatório de pesquisa  •  415 Palavras (2 Páginas)  •  62 Visualizações

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Viveiros de Castro prossegue seu artigo iniciando um novo tópico, “No limite”, sendo este iniciado com a observação da inquietação, demonstrada pelos antropólogos nos últimos tempos, acerca da identidade e do destino da antropologia. Tal inquietação gera, como mostrado pelo autor, uma série de questões; dentre estas, aponta-se para a questão do objeto, devido ser esta a que implica as outras. Para responder tal questão, observa-se as noções de cultura, sociedade e natureza, sendo estas que noções que designam o objeto da antropologia, logo, o assunto desta disciplina e não seu objeto. Visto isto, o autor aponta para mais uma “tradição” a ser levada em conta, sendo está a que “conta mais”: a do nativo.

Aponta-se a socialidade humana como a “matéria privilegiada” da antropologia, sendo esta correspondente às “relações sociais”, e com base na aceitação de que a cultura não existe sem as atualizações de tais relações, Viveiros de Castro aponta para um ponto importante que deve ser analisado, sendo este o fato de as relações sofrerem mudanças no espaço e no tempo; com base nisto, o autor define que a “cultura” é a nomenclatura dada por tal disciplina à “variação relacional”. Ao analisar tal variação e questionamentos decorrentes desta, o autor afirma que não há variação nas relações, mas que na verdade são as variações que relacionam; e deste modo, a essência imaginada das variações (natureza humana) têm sua função completamente mudada, ou seja, deixa de ser uma substância e torna-se verdadeiramente uma função. Deste modo, aponta o autor, a natureza deixa de ser uma substância auto semelhante e torna-se um “puro limite” (no sentido matemático do termo); logo, compreende-se que a natureza humana se define como uma interação teórica de “passagem ao limite”, que teria como função indicar a capacidade dos seres humanos. Viveiros de Castro aponta para que, tal qual diziam os estruturalistas, a cultura é um sistema de diferenças, logo, a natureza também é. Por fim aponta-se como o objeto da antropologia a variação das relações sociais, ressaltando para o fato de serem todas as variações de todos os fenômenos possíveis enquanto relações sociais e atenta-se também para não abordar tais relações somente pela perspectiva dominada pela doutrina ocidental. Conclui-se este tópico com a demonstração de que a antropologia se distingue dos outros estudos sobre a socialidade humana por ter uma inicial ideia “vaga” acerca do que é uma relação; algo devido ao problema característico desta disciplina consistir em perguntar-se o que é uma relação social na perspectiva do seu objeto.

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