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O Serviço Social sob a Perspectiva do Investimento Social Privado: Tendências e Oportunidades.

Por:   •  20/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.900 Palavras (8 Páginas)  •  282 Visualizações

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RELATÓRIO

O Serviço Social sob a perspectiva do investimento social privado: Tendências e oportunidades.

De acordo com a Assistente Social Aletea, que trabalha como coordenadora de projetos da Fundação André e Lúcia Maggi, a responsabilidade social emerge geralmente á partir da filantropia, sendo essas ações pontuais que não geram responsabilidade social pois não estão vinculadas a um planejamento estratégico da empresa, porém, são ações que possuem em sua característica envolvimento com a comunidade. A fundação André e Lucia Maggi inicia então o envolvimento com a comunidade através da filantropia.

Através da linha do tempo trazida para a roda de conversa pela Assistente Social contratada pela fundação, vemos que em 1990 inicia-se o discurso sobre responsabilidade social dentro da empresa. Para possuir uma marca de responsabilidade social, faz-se necessária a formação de compromissos com a comunidade, exige-se uma postura por parte da empresa, isso faz parte da estratégia de mercado, pois através dessa postura gera-se de certa forma um compromisso.

 Em 1997 a fundação constrói então um hospital em sapezal e passa então a financiar esse, trazendo o investimento social privado que é a transferência de recurso privado para o fundo público. Vieira, 2007[1] argumenta que ao longo da historia a sociedade passa por modificações e a empresa passa a ser chamada para participar como cidadã da vida da comunidade, até porque a sociedade de hoje está cada vez mais entendida de seus direitos, como consequência têm se tornado exigente e isso têm trazido maior competitividade no mercado.

Em 2004 iniciam-se os primeiros projetos da fundação. Nessa época foi introduzida a Usina de bebida a base de soja, um projeto que não obteve os resultados esperados, e novas estratégias passaram a ser então utilizadas em substituição deste. De 2007 á 2011 a empresa passa a ser cobrada a falar de responsabilidade social tanto em seu interior como fora dela, através disso a empresa continua conseguindo financiamento para seus próprios investimentos.

De 2011 – 2016 a fundação define sua missão e começa a separar a relação da empresa com a fundação, passando a empresa a ser apenas o investidor financeiro e a fundação emancipada. Foi nesse período que definiram as estratégias para a execução dos projetos na comunidade. Vemos nesse breve histórico que a responsabilidade social exige visão estratégica e que se bem definida ela é capaz de gerar emancipação social e desenvolvimento humano, Oliveira[2] relata que o empreendedorismo social tem desenvolvido consciência e postura no enfrentamento das questões sociais.

A fundação busca junto das comunidades a qual abrange transformar a realidade e acredita que toda transformação exige um processo, pra que essa transformação aconteça utiliza-se da principal ferramenta para que a responsabilidade social ocorra de modo eficaz, é através do diálogo que inicia esse processo, nessa relação da empresa com a comunidade verificamos o aspecto inter-humano comentado Vieira, 2007. O aspecto inter-humano está baseado em uma relação do eu e tu que viabiliza o diálogo entre os indivíduos, nessa relação se reforça o respeito ás diferenças e o consenso advindo do diálogo. Nessa relação à empresa adquire um caráter humanitário, que reflete em interesses além do caráter mercadológico, avaliando também o seu papel social.

        Outro aspecto interessante também que a fundação realiza e que é muito importante para o desenvolvimento local é o fortalecimento das redes próximas à comunidade, essas são realizadas através das capacitações técnicas especificas, além de abrir editais para apoio financeiro á projetos.

Assim como referido por Vieira, a fundação André e Lucia Maggi têm seus projetos focalizados em locais onde a empresa está inserida, pois assim consegue responder pelos impactos causados. No que se refere à relação de responsabilidade social do empresariado, a comunidade pode ser vista como a localidade em que a empresa se situa bem como toda as suas proximidades. As contribuições sociais são diferenciadas em nível de abrangência, pois são proporcionais ao tamanho da empresa e sua representatividade, outro fator como a consciência do seu papel social também pode interferir.

Essa comunidade é indispensável para a empresa, pois nela congregam indivíduos que mantêm relações diretas ou indiretas com a empresa, como: consumidores, fornecedores e até mesmo funcionários. Algo importante citado pela Assistente Social Aleteia, foi que os projetos acabam atingido às famílias dos funcionários que pararam de pedir apoio financeiro da empresa, pois os projetos já têm sido de grande subsídio.

Algo bem visível na fala da Assistente Social, foi o inconformismo, a inquietação e a indignação existente dentro de si quando entrou na empresa, a vontade de fazer acontecer, de mudar a realidade posta é algo comentado por Oliveira em seu artigo ele faz a reflexão de que o empreendedorismo social/responsabilidade social vai além de racionalidade política e ideológica, envolve emoção, postura ética e engajamento político. É essa vontade de mudar e acreditar que isso é possível que possibilita a transformação social, a emancipação e desenvolvimento humano.

A Fundação André e Lucia Maggi mantem alguns projetos como o Potencializa, que auxilia no desenvolvimento sustentável dos municípios, trabalhando na articulação e mobilização das pessoas e órgãos que exercem liderança nas comunidades locai.s A Casa Magica também é um projeto que visa à arte a educação que têm como parceira as escolas públicas do município de Rondonópolis.

Os programas sociais do Instituto Desportivo da Criança e seus aspectos que proporcionam aprendizagem para a vida.

Os programas sociais do Instituto desportivo da Criança atende o quesito transformação social gerada através da responsabilidade social, seu atendimento é na mesma linha que a casa mágica, porém o seu carro chefe é o esporte com ênfase na saúde e meio ambiente. O diferencial do Instituto é por ele ter surgido por iniciativa de alguns profissionais da área de educação física e não através da iniciativa de uma empresa do setor privado, como no caso da fundação André e Lucia Maggi.

O Instituto é uma forma de responsabilidade social, pois visa emancipação e desenvolvimento humano através de ações que vão muito além de jogar vôlei e praticar atividades musicas, possui uma visão estratégica ancorada na formação de cidadãos para a vida.

Com o auxílio de vários parceiros e financiadores o instituto se mantêm e apoia várias escolas públicas nas proximidades das empresas parceiras, auxiliando também no apoio á família dos funcionários.

 As empresas vêm agindo de forma responsável para com a comunidade que integra, colaborando no seu desenvolvimento. Pois como é discutido por Vieira, 2007 As empresas privadas necessitam oferecer mais que bons produtos e serviços, pois além de outros fatores a imagem institucional têm sido um grande critério para se manter.

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