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Os Tópicos da Psicologia da Educação

Por:   •  17/5/2019  •  Resenha  •  4.982 Palavras (20 Páginas)  •  120 Visualizações

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UNIVERSIDAD COLUMBIA DEL PARAGUAY

Mestrado em Ciências da Educação– DE UC 1.2-15 – 4º MÓDULO

TÓPICOS DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

2018


TÓPICOS DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO[pic 2]

RESUMO

O presente trabalho, de cunho eminentemente teórico propõe-se a analisar a importância da psicologia como ciência no âmbito escolar, com o intuito de provocar questionamentos e reflexões para a atuação do profissional da Psicologia no ambiente educacional. Como o tema sugere que os conhecimentos de que a psicologia dispõe constituem saberes necessários à docência, à aprendizagem e formação do indivíduo, é no contexto do atual movimento de mudanças referentes a globalização, que busca redefinir as relações entre o conhecimento e a atividade do educador, que analisaremos e discutiremos os conhecimentos e aplicação do saber psicológico no sistema Educacional.

Palavras-chave: psicologia da educação; psicologia escolar; aprendizagem; educador; educando; psicologia na formação dos educadores.

  1. Introdução

A educação pode ser compreendida como uma prática social humanizadora, intencional, que tem como finalidade transmitir a cultura construída historicamente pela humanidade. Ao nascer, o homem tem sua mente como uma página em branco, assim como afirma o filósofo John Locke com a teoria da tabula rasa, onde a experiência vai preenchendo a mente do indivíduo. Ainda para John Locke, o conhecimento é produzido através das sensações proporcionadas pelos sentidos e das reflexões que sistematizam os resultados dessas sensações. O homem torna-se humano a partir de seu pertencimento ao mundo e através da incorporação desse mundo em si mesmo. Processo este que, segundo Antunes (2008) para o qual concorre a educação, a historicidade e a sociabilidade são constitutivas do ser humano; a educação é, nesse processo, determinada e determinante.

Ao longo da história, a história adotou diversas formas, em função das necessidades da sociedade, tendo sido destinada, por um bom período, a uma parcela privilegiada da população, a quem caberia desempenhar funções específicas, articuladas aos interesses dominantes de uma dada sociedade. Antunes (2008) afirma que essa realidade deve ser, no entanto, compreendida também a partir de suas contradições, sobretudo a concepção de escola como instância que se coloca hoje como uma das condições fundamentais para a democratização e o estabelecimento da plena cidadania a todos, e que, embora não seja o único, é certamente um dos fatores necessários e contingentes para a construção de uma sociedade igualitária e justa.

A escola constitui um contexto diversificado de desenvolvimento e aprendizagem, isto é, um local que reúne diversidade de conhecimentos, atividades, regras e valores e que é permeado por conflitos, problemas e diferenças (Mahoney, 2002 apud Dessen et al. 2007). É nesse espaço físico, psicológico, social e cultural que os indivíduos processam o seu desenvolvimento global, mediante as atividades programadas e realizadas em sala e no contexto socioambiental do sujeito. O sistema escolar, além de envolver uma gama de pessoas, com características diferenciadas, inclui um número significativo de interações contínuas e complexas, em função dos estágios de desenvolvimento de cada aluno. Para Oliveira (2000 apud Dessen et. al., 2007) Trata-se de um ambiente multicultural que abrange também a concretização do princípio da afetividade nas relações e o preparo para inserção e convívio na sociedade.

O cotidiano escolar, enfim, caracteriza-se como um campo de interseção entre sujeitos individuais que levam seus saberes específicos para a construção da escola. Nestes espaços incorporam-se e tornam-se significativos numerosos elementos não previstos na realidade, nas categorias tradicionais da realidade escolar. Como um microssistema da sociedade, ela não apenas reflete as transformações atuais como também tem que lidar com as diferentes demandas do mundo globalizado. Uma de suas tarefas mais importantes, embora difícil de ser implementada, é preparar tanto alunos como professores e pais para viverem e superarem as dificuldades em um mundo de mudanças rápidas e de conflitos interpessoais, contribuindo para o processo de desenvolvimento do indivíduo.

Dessa forma, se faz necessário adotar diversas formas de atuação, neste trabalho será apresentado tópicos acerca da Psicologia Escolar e Educacional apresentando as dimensões fundamentais do seu estatuto como área de conhecimento articulada a um campo de prática social. A psicologia educacional como um dos fundamentos científicos da educação e da prática pedagógica e a psicologia escolar como modalidade de atuação profissional que tem no processo de escolarização seu campo de ação, com foco na escola e nas relações que aí se estabelecem. A partir do cotidiano escolar e através da observação participante, o psicólogo escolar terá acesso às representações sociais (conjunto de significados que os indivíduos estabelecem para a sua realidade, significados esses que são expressos pela linguagem) que influenciam nas relações dentro e fora do ambiente escolar.

  1. Contexto Histórico

A Psicologia enquanto área do conhecimento científico somente se constituiu muito recentemente, há pouco mais de 100 anos, desenvolveu- se no final do século XIX, com a inauguração do Laboratório de Psicologia na Alemanha, por Wilhelm Wundt. Este médico, fisiologista, interessava-se por desenvolver estudos sobre os processos elementares da consciência. Seu estudo “apresenta-se como o marco que ensejou o estudo do comportamento humano sob a ótica das ciências físicas e biológicas, desconsiderando os estados subjetivos na compreensão do homem e suas relações” (YAZLLE,1990 apud LIMA, 2005).

Em 1869, foram realizados vários trabalhos tendo como objetivo principal medir a capacidade intelectual e provar a determinação hereditária das aptidões humanas, para que fosse possível selecionar os mais capazes, aprimorando a espécie humana. Em 1905, foi desenvolvida por Binet a primeira escala métrica de inteligência infantil. De acordo com Patto (1984 apud Lima, 2005) a passagem para o laboratório de pedagogia experimental, foi um passo decisivo na constituição do primeiro método em psicologia escolar, do qual até hoje não se libertou: a psicometria. Essa como método, tinha o objetivo de desenvolver instrumentos que possibilitassem a seleção, adaptação, orientação e classificação de crianças que necessitassem de educação escolar especial em normais e anormais

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