Produção de sais de ácidos graxos

Neste experimento foi realizada a preparação de sabão a partir de gordura animal. A obtenção do sal do ácido graxo (sabão) é resultante da hidrólise básica de ésteres de ácidos carboxílicos, que são as gorduras animais e vegetais.

O processo que realizamos em laboratório consiste basicamente na adição de hidróxido de sódio a uma determinada quantidade de banha de porco e o aquecimento em banho-maria dessa mistura. Enquanto isso foi adicionada solução de etanol e água, e depois misturou-se também uma solução de cloreto de sódio. Tudo isso resultou em uma suspensão que foi filtrada por gravidade.

Após a secagem do sabão obtido, pesamo-lo e foi possível calcular quanto sabão foi produzido a partir dos ingredientes que adicionamos ao longo do processo, que era o objetivo principal.

Pudemos calcular através da experiência, e dos valores encontrados o Índice de Saponificação (IS), que é definido como a massa de base necessária para saponificar 1g de óleo, muito útil na caracterização do óleo ou gordura.

2. INTRODUÇÃO

A indústria de produtos de higiene e limpeza movimenta cifras consideráveis, não só no Brasil como no mundo. A necessidade de assepsia e asseio pessoal é a principal força motriz da indústria de detergentes e sabões. (http://alkimia.tripod.com/saboes_detergentes.htm)

Uma vez que óleos e gorduras são ésteres, eles sofrem reação de hidrólise ácida ou básica. A hidrólise ácida produzirá simplesmente o glicerol e os ácidos graxos constituintes. Já a hidrólise básica produzirá o glicerol e os sais desses ácidos graxos. Esses sais são o que chamamos de sabão.

Figura 1 - Reação de Saponificação

Conforme mostrado na Figura 1, aquecendo gordura em presença de uma base, realizamos uma reação química chamada de saponificação (http://www.quimicasemsegredos.com/reacao-de-Saponificacao. php).

A manufatura do sabão constitui uma das sínteses químicas mais antigas; menos antiga, entretanto, que a produção do álcool etílico utilizado nas bebidas - os anseios de limpeza do homem são, na verdade, muito mais recentes que seus desejos de estímulo alcoólico. Ao ferverem o sebo de cabra com a lexívia potássica feita com as cinzas de madeira, as tribos germânicas, contemporâneas de César, realizaram a mesma reação química que o processo moderno de fabricação de sabão.

O sabão pode variar de acordo com a composição e segundo o método de fabricação: se preparado a partir do azeite de oliva, recebe o nome de sabão de Marselha; pode-se adicionar álcool durante o processo de fabricação para torná-lo transparente; por agitação, pode-se incorporar ar, fornecendo-lhe a propriedade de flutuar (princípio do sabão em pó); podem-se adicionar perfumes, corantes e germicidas; se for utilizado o hidróxido de potássio na síntese (ao invés do de sódio), tem-se o sabão mole. Entretanto, quimicamente o sabão permanece exatamente o mesmo, atuando do mesmo modo.

O processo de limpeza de superfícies protagonizado por sabões e detergentes é efetivado da seguinte maneira: uma molécula de sabão tem uma extremidade polar, -COO-Na+, e uma parte não polar, constituída por uma longa cadeia alquílica, normalmente com 12