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Separação De Misturas

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Por:   •  30/8/2014  •  2.084 Palavras (9 Páginas)  •  204 Visualizações

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O PRINCIPE-NICOLAU MAQUIAVEL

A história da humanidade foi marcada por obras e idéias marcantes e de grande impacto, especialmente após a decadência do feudalismo na Europa, entre os séculos XIII E XV,período esse de uma grande efervescência cultura e política, onde Nicolau Maquiavel, um pensador,escritor,diplomata e político de origem relativamente modesta,nascido em Florença na Itália escreveu “O PRINCIPE” . Obra esta citada e lembrada até os dias atuais pela frieza de suas analises, mas polemica de suas idéias.

Essa obra foi escrita de 1513 a 1516, porem só foi publicado em 1532 após a sua morte. Apesar de amplamente criticado pelas suas idéias, em função de pregar o autoritarismo como forma de governo ideal não pode esquecer o contexto em que esse autor desenvolveu suas idéias.

Basicamente “O Príncipe” se constitui em um apanhado de conselhos dedicados a Lourenço de Medicis, de como se deve governar um povo de forma autoritária, colocando sempre em primeiro lugar o interesse do Estado. Essa obra ao contrario que possa parecer não originou ou incentivou a criação de estado absolutista, forte e centralizado, apenas, e tão somente, deu fundamentação teórica a instituição deste. Uma Idéia que encontrou boa repercussão no meio político em uma sociedade que vinha sofrendo com a fragmentação do poder, que caracteriza a idade média, encontrando respaldo na classe burguesa emergente na época.

Porem outros autores renascentistas, também descontentes com a estrutura social da idade média passaram a questionar o modelo de governo defendido por Maquiavel em sua obra “O Príncipe”.

O autor defende abertamente a organização do estado em Republica ou principados, desde que sejam amplamente centralizados, fortes autoritários, pois dessa forma, dificilmente poderão ser derrubados, conservando uma organização política mais duradoura, o que seria beneficio para o Estado.Para tornar o Estado forte, centralizado e absoluto, Maquiavel sugere, por exemplo, em caso de invasão de outras nações e eliminação de linhagens de nobres que os dominava, não autorização da organização de leis e impostos preexistentes, instalações de colônias ou a mudança do novo dominador para o local conquistado, alem de buscar o apoio(pela força se necessário) dos povos dominados.

Cita como exemplo de governos eficientes ao longo da historia o reino de Dario, ocupado por Alexandre o Grande que não se revoltou contra seus sucessores após sua morte, por ter um governo centralizadora força de monarquia absoluta, contrastando este caso com territórios ocupados pela França, onde o Rei governava ao lado de senhores e nobres, que exerciam influencia sobre os servos, o que poderia dar aberturas para futuras revoltas ou golpes do estado.

Ao referir-se as causas do fracasso do Governo de Luis XII, descreve “É coisa muito natural e comum o desejo de conquistar e, sempre, quando os homens pode fazê-lo, serão louvados ou, pelo menos, não serão censurados; mas quando não tem possibilidade e querem fazê-lo de qualquer maneira, aqui esta o erro e conseqüentemente a censura. S e a frança, pois, podia assaltar Nápoles com suas forças, devia fazê-lo; se não podia, não devia dividir esse reino. E se a divisão que fez com que os venezianas sobre a Lombardia mereceu desculpa por ter com ela firmado pé na Itália, aquela merece censura em razão de não ser justificada por essa necessidade.Tinha, pois, Luiz, cometi,do cindo erros : eliminou os menos fortes ;aumentou na Itália o prestigio de um poderoso;ai colocou um estrangeiro poderosíssimo;não veio habitar no pais;não instalou colônias.”

Outra característica marcante de Maquiavel nessa obra é a forma com que ele sugere o tratamento dispensado ao povo que, quando precisar ser insultado ou sacrificado que seja feito rapidamente ou de uma só vez, para que marque menos e no caso de benefícios ao povo que sejam dados ao poucos para que possam ser melhores saboreados.

Com relação à origem do poder Maquiavel descreve os principados Civis, dominados por príncipes (que pode ser um cidadão comum) que conquistam a simpatia de seus cidadãos para governar e os principados ecleseásticos que são mantidos pela tradição religiosa , o que mantém o príncipe no poder independente de seu comportamento ou maneira e governar. O principado eclesiástico é o mais forte e seguro em função do poder que a religião exerce sobre os súditos, como se vê no texto original.

“Resta-nos somente agora, falar dos principados eclesiásticos, nos quais todas as dificuldades existem antes que os possuam. Eis que são adquiridos ou pela virtude ou pela fortuna, e sem uma e outra se conservam, porque são sustentadas pelas ordens de há muito estabelecidas na religião, estas se tornam tão forte e de tal natureza que mantém os seus príncipes sempre no poder, seja qual for o modo por que procedam e vivam. Só estes possuem estados e não os defendem; súditos e não os governam; os Estados, por serem indefesos, não lhe são tomados; os súditos por não serem governados, não se preocupam, não pensam e nem podem separar-se deles. Somente esses principados, pois são seguros e felizes”

Maquiavel destaca ainda a importância dos exércitos ou corpo de guardas para manterá lei e a ordem, que são à base de sustentação de todo governo, sendo que a lei e o exercito devem estar ligados entre si para garantir esta sustentação, destacando que exercito tem que ser bem preparado ( a arte da guerra deve ser sempre exercida) e ser fiel ao príncipe para evitar golpes.

Após delinear, na sua concepção, o modelo ideal de Estado, na última parte do livro de Maquiavel procura destacar as características ideais ara um bom governante. O autor sugere que o governante não deve ter aquelas qualidades consideradas boas, pois a sensibilidade humana não permite que sejam todas distintas e acrescentem muito a opinião dos súditos a seu respeito, mas se concentrar em absorver aquelas que se garantam a manutenção do estado, sem no entanto despertar o ódio e o desprezo de seus súditos.O governante segundo Maquiavel, deve ser também generoso, mas não muito, pois numa sociedade de classe quando é generoso para um grupo, normalmente outro grupo pede se prejudicado, gerando um descontentamento de um ou de outro. Deve-se estar atento ao equilíbrio no nos julgamentos e no equilíbrio financeiro do Estado.

Bastante polemica também é a discussão em torno da natureza da autoridade de um governante, quando ele sugere entre ser cruel ou piedoso, e melhor que o governante seja cruel, pois o povo teme aquele que desperta medo, do que aquele que se ama,devendo manter a fama de cruel não só entre súditos mas também e, principalmente com seu exercito, que

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