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Serviço social, novas tecnologias e gestão de coonhecimento

Por:   •  19/1/2016  •  Artigo  •  5.039 Palavras (21 Páginas)  •  645 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

Instituto de Educação,Letras, Artes, Ciências Humana e Sociais

Departamento de Serviço Social

Curso de Serviço Social

Docente: Drª Rosane A de Sousa Martins

Discente: Anatacia Maria da Silva  8º Período de Serviço Social

SERVIÇO SOCIAL, NOVAS TECNOLOGIAS E GESTÃO DO CONHECIMENTO

RESUMO

O presente artigo tem por objetivo discutir sobre o impacto que as Tecnologias de Informação (TI) têm causado no processo de trabalho e mais especificamente a sua incorporação pelo Serviço Social. Partindo do pressuposto que a Tecnologia é ainda revestida de um forte principio ideológico capitalista, são realizados reflexões no sentido de que é necessária uma apropriação crítica das novas tecnologias, o que mediará à implementação do projeto ético-político profissional do Serviço Social. Contextualizando o Serviço Social, desde a sua gênese aos tempos atuais, é possível verificar que a adequada apropriação das TI’s as atividades dos profissionais, quer seja como mediadora do trabalho em si, quer pela manipulação e organização de informações e conhecimento, é condição hoje básica para que o profissional consiga implementar de fato um projeto que considere as demandas sociais. Considere-se ao fim, que a tecnologia deve ser incorporada na rotina da profissão, desde que ela seja submetida aos princípios e valores profissionais, pautados na ética do Serviço Social, e não de maneira acrítica, que considera a tecnologia em si mesma e não as consequências do seu uso.

Palavras-chaves: Tecnologias da Informação, Serviço Social, Processos de trabalho e Gestão do Conhecimento.

ABSTRACT

This article aims to discuss the impact that Information Technology (IT) have caused in work processes and more specifically its incorporation by Social Services. Assuming that the technology is still covered with a strong capitalist ideological principle, reflections are made in the sense that it is necessary a critical appropriation of new technologies, which mediate the implementation of professional ethical-political project of Social Work. Contextualizing social work, from its genesis to the present times, it is possible to verify the proper appropriation of IT activities of professionals, whether as a mediator of the work itself or by the manipulation and organization of information and knowledge is today a basic condition so the professional can actually implement a project that considers the social demands. Consider the end, that technology should be incorporated into the profession routine, provided it is subject to the principles and professional values, guided by the ethics of social work, not uncritically, considering the technology itself and not the consequence of their use.

Keywords: Information Technology, Social Work, work processes and knowledge management.

 INTRODUÇÃO

        

        Tradicionalmente o trabalho foi e ainda é entendido de modo negativo por muitas sociedades. A etimologia da palavra nos remete ao vocábulo latino tripallium, que é um instrumento de tortura usado para atar condenados ou animais não domesticados. Na Grécia antiga o ócio era cultuado e almejado, diferentemente do trabalho, no qual teorias filosóficas justificavam o seu desprezo. A idade média, de maneira semelhante, o trata da mesma maneira, o que fica evidente ao dividir sociedade em clero, nobreza e campesinato. Esse cenário começa a ficar diferente com o advento da idade moderna e, juntamente com ela, a ascensão da burguesia ao poder e a revolução industrial.

Karl Marx (1818-1883) ao pensar novos contornos para a problemática trabalho, foi muito mais longe ao coloca-lo como fundamento ontológico do ser social, sendo o ser social entendido como aquele que efetivamente vive em sociedade, que é submetido ao imenso arcabouço de leis e regras pré-existentes, não estando fora da produção material de sua própria existência. A revolução industrial, iniciada a partir do século XVIII revolucionou o modo de produção até então vigente. A qualificação, rapidamente trazida pelo trabalho, se transformou num indicador da posição social do individuo.

O Fordismo (1914), voltado para o consumo em massa, teve seus princípios gerados após a 1º guerra (1914/1918), que ao impulsionar a produção em torno da indústria bélica estruturou seus fundamentos na produção em série, diminuição da carga horária, aumento do poder aquisitivo dos trabalhadores, o controle na linha produtiva e consequente racionalização do processo de produção. O taylorismo, praticamente dentro do mesmo objetivo, tinha como base a otimização do tempo, visando evitar o ócio e consequente atraso.

O mundo contemporâneo vive uma nova etapa do desenvolvimento do modo de produção capitalista, que aliado ao incremento técnico-científico, modificou a relação do homem/trabalho. A mudança se deu principalmente em decorrência do acelerado aperfeiçoamento das técnicas produtivas que culminou na criação de múltiplas formas de modelos de gestão, o que leva Antunes (1995), a questionar sobre o desaparecimento da classe trabalhadora. A diminuição do operariado tradicional, ao estilo do fordismo e taylorismo, fez com que houvesse uma perda significativa de referência relativa ao trabalhador.

        A sociedade sob o enfoque materialista é compreendida como o resultado de uma intrínseca interação entre a forma de satisfação das necessidades materiais humanas e sua própria consciência, ou seja, é por meio do trabalho que essa condição se estabelece concretamente. Essencialmente o trabalho é característica fundamental da espécie humana, pois é uma relação consciente com a natureza, sendo ele responsável não somente pelo domínio do mundo natural em si, mas também pelo fazer-se homem.

[..] Com o trabalho, o homem afirma-se como criador: não só como individuo pensante, mas como indivíduo que age consciente e racionalmente, visto que o trabalho é atividade prático-concreta e não só espiritual [..] Sob o ângulo subjetivo, é processo de criação e acumulação de novas capacidades e qualidades humanas, desenvolvendo aquelas inscritas na natureza orgânica do homem, humanizando-as e criando novas necessidades. Enfim é produção objetiva e subjetiva, de coisas materiais e de subjetividade humana”. (IAMAMOTO, 2001, pag. 41)

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