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TRATAMENTO E PREVENÇÃO CANCELAM INFANTIS

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Por:   •  1/12/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.156 Palavras (9 Páginas)  •  183 Visualizações

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1. TRATAMENTO E PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA

1.1 Prevenção do câncer de mama

O câncer constitui um problema de saúde pública, cuja prevenção e controle deverão continuar a ser priorizados em todos os estados da União, mesmo naqueles onde, aparentemente, a população ainda apresenta um menor risco de adoecer dessa doença.( OLIVEIRA E FERREIRA, 2005)

As informações processadas pelos Registros de Câncer de Base Populacional, disponíveis em 16 cidades brasileiras, mostram que na década de 90, o câncer da mama foi o mais freqüente no país. As maiores taxas de incidência foram observadas em São Paulo, no Distrito Federal e em Porto Alegre. ( OLIVEIRA E FERREIRA, 2005)

O câncer da mama representa a primeira causa de morte, por câncer, entre as mulheres, com uma variação percentual relativa de mais de 80% em pouco mais de duas décadas em que a taxa de mortalidade padronizada por idade, por 100.000 mulheres, aumentou de 5,77 em 1979 para 9,74 em 2000. ( OLIVEIRA E FERREIRA, 2005)

Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) evitar a obesidade, através de dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos, é uma recomendação básica para prevenir o câncer de mama, já que o excesso de peso aumenta o risco de desenvolver a doença. A ingestão de álcool, mesmo em quantidade moderada, é contra-indicada, pois é fator de risco para esse tipo de tumor, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior aos 35 anos. Ainda não há certeza da associação do uso de pílulas anticoncepcionais com o aumento do risco para o câncer de mama. Podem estar mais predispostas a ter a doença mulheres que usaram contraceptivos orais de dosagens elevadas de estrogênio, que fizeram uso da medicação por longo período e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez. A prevenção primária dessa neoplasia ainda não é totalmente possível devido à variação dos fatores de risco e as características genéticas que estão envolvidas na sua etiologia.

O controle de câncer de mama deve priorizar a prevenção e a detecção precoce. A prevenção não deve focalizar apenas os fatores de risco associados ao câncer de mama mas também os fatores de proteção. Alguns fatores que aumentam o risco de desenvolver o câncer de mama, como obesidade na pós-menopausa, exposição à radiação ionizante em altas doses, exposição a pesticidas/organoclorados e tabagismo são passíveis de intervenção; outros fatores como sexo feminino, avanço da idade, menarca precoce, menopausa tardia, primeira gestação tardia, história de câncer de ovário ou de mama ou história de doença mamária benigna, alta densidade mamária, mutações genéticas (BRCA1 e BRCA2) e história familiar de câncer de mama não podem ser modificados. A maioria destes fatores encontra-se associada com um moderado aumento no risco (cerca de 2 ou 3 vezes), o que sugere que múltiplos fatores contribuem para a gênese da doença e que podem existir fatores ainda desconhecidos. (THULER, 2003)

Por outro lado, há duas estratégias principais para a detecção precoce do câncer de mama: a educação para promover o diagnóstico precoce e o rastreamento. As evidências obtidas de ensaios clínicos sugerem uma diminuição de 25% da mortalidade por câncer de mama com o rastreamento mamográfico de rotina. Além disso, há evidências indiretas de que o rastreamento por exame clínico das mamas reduza o número de mortes por este câncer. (THULER, 2003)

O câncer de mama é a principal neoplasia maligna que acomete o sexo feminino no Brasil, apresentando taxa bruta de incidência estimada, para 2003, de 46,35 casos por 100 mil mulheres. Entre os Estados brasileiros, o Rio Grande do Sul, é um dos que apre-senta maiores taxas de incidência de câncer de mama em mulheres (52,2 casos por 100 mil mulheres em 2003). Taxas de incidência maiores são encontradas no Rio de Janeiro (103,89), São Paulo (78,69) e Distrito Federal (53,15). Essa patologia vem atingindo progressivamente um número maior de mulheres, em faixas etárias mais baixas, e com taxa de mortalidade também crescente no País. (SCLOWITZ et at.)

A mamografia é apontada como o principal método diagnóstico do câncer de mama em estágio inicial, capaz de detectar alterações ainda não palpáveis e favorecendo, assim, o tratamento precoce, mais efetivo, menos agressivo, com melhores resultados estéticos e eventos adversos reduzidos. Entretanto, embora vários estudos mostrem redução da mortalidade por câncer de mama por meio do rastreamento mamográfico em massa, ele também é alvo de controvérsias quanto a sua efetividade, sobretudo em mu-lheres abaixo dos 50 anos. Apesar disso, o rastreamento mamográfico em massa tem sido estimulado e praticado em mulheres a partir dos 40 anos, e de suas limitações, ainda é o melhor método de rastreamento do câncer mamário disponível. (SCLOWITZ et at.)

A ultra-sonografia mamária diagnóstica e intervencionista tem grande participação como exame complementar à mamografia e à clínica, tornando-se método valioso e bem estabelecido no diagnóstico das doenças mamárias. Por se tratar de um exame sem radiação ionizante, de execução simples e rápida, e por não utilizar compressão, é bem tolerado e aceito pelas pacientes. Além disso, por ser o único método por imagem em tempo real amplamente acessível na atualidade, a ultra-sonografia representa ótimo guia para direcionamento dos procedimentos invasivos, permitindo a escolha do menor trajeto da pele até a área de interesse, com maior rapidez e mínimo desconforto para a paciente. ( CALAS et at., 2007)

Segundo Calas et at. a utilização de uma padronização na descrição das lesões mamárias é importante, pois possibilita análise das imagens de maneira mais objetiva, cria nomenclatura uniforme, capaz de indicar o grau de suspeição para malignidade de acordo com a morfologia dos sinais ecográficos encontrados e, conseqüentemente, permite orientar de forma mais precisa a conduta a ser seguida.

O INCA não estimula o autoexame das mamas como método isolado de detecção precoce do câncer de mama. A recomendação é que o exame das mamas pela própria mulher faça parte das ações de educação para a saúde que contemplem o conhecimento do próprio corpo.

Evidências científicas sugerem que o autoexame das mamas não é eficiente para a detecção precoce e não contribui para a redução da mortalidade por câncer de mama. Além disso, traz consequências negativas, se feita de modo inadequado como aumento do número de biópsias de lesões benignas, falsa sensação de segurança nos exames

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