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A FRATURA LE FORT II

Por:   •  26/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  911 Palavras (4 Páginas)  •  242 Visualizações

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Somos do jornal da UNA e hoje iremos falar um pouco sobre as classificações das fraturas da face, estudadas pelo cirurgião francês René Le Fort. A localização e duração do estudo não foram mencionadas. Aparentemente, naquela época não houve registros concretos, e ao que tudo indica, foi um trabalho solitário com a ajuda de alguns anônimos e colegas de trabalho. René  Le Fort estudou as fraturas da maxila em cadáveres, os atirando ao solo e, posteriormente, os dissecando. Observou onde as fraturas do terço médio ocorreram, devido a áreas de fraqueza que foram atravessadas ​​por forças, e chegou à conclusão que existem três acidentes vasculares cerebrais que ocorrem com mais frequência, denominados assim como Le Fort I, II e III. Enquanto Le Fort conduziu este estudo a partir do ponto de vista do trauma, é extremamente importante e útil aplicar também a partir do ponto de vista terapêutico.

A FRATURA TIPO LE FORT I ocorre imediatamente acima dos ápices dos dentes e se estende posteriormente até a parte inferior do processo pterigoide do esfenoide.

A FRATURA TIPO LE FORT II, que é uma fratura piramidal, se assemelha à Le Fort I, na região lateral e posterior. Contudo, ela se dirige superiormente na face anterior da maxila, fraturando a margem inferior da órbita e mantendo íntegro o osso zigomático. Além de passar pela margem medial da órbita e fratura o processo frontal da maxila e o osso nasal, próximo ao frontal, separando assim o viscerocrânio do neurocrânio na região da raiz do nariz. Os três pilares de sustentação da maxila são fraturados, os pilares pterigóideo e zigomático no mesmo ponto que na Le Fort I ou um pouco acima, e o pilar canino se fratura quando este alcança a base do crânio e ainda se quebra a margem infra orbital à viga horizontal que une o pilar canino ao zigomático.

A FRATURA TIPO LE FORT III, é a fratura mais alta, e ocorre a disjunção completa entre o viscerocrânio e o neurocrânio.

Hoje, vamos apresentar uma vítima da Fratura Le Fort II: Um paciente do gênero masculino, de 46 anos, que deu entrada num serviço de emergência do Hospital Geral do Estado da Bahia, vítima de acidente automobilístico. Dois dias após a data do trauma, apresentou-se clinicamente estável, e foi solicitada uma avaliação da equipe de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da unidade. O paciente negou alergias, patologias de base e uso crônico de medicamentos.
Ao exame clínico, foi possível observar perda de projeção em região zigomática direita, crepitação à manipulação dos ossos próprios do nariz, mobilidade em maxila e mobilidade atípica à manipulação mandibular. Foi solicitada uma tomografia computadorizada, onde foi possível observar sinais sugestivos de fraturas dos complexos naso-órbito-etmoidal e órbito-zigomático-maxilar bilateral, conforme às imagens a seguir:
Após os cuidados iniciais com as lesões em tecido mole, o paciente deve ser encaminhado  ao especialista em CTO MF para redução cirúrgica e fixação das fraturas. Sangramentos de grandes proporções devem ser contidos, e a aplicação de curativos compressivos e suturas devem ser realizadas. A face e a cavidade oral são estruturas altamente vascularizadas e mesmo que sejam pequenas lacerações, provocam grandes sangramentos, dificultando a avaliação inicial. O momento ideal para o tratamento definitivo das injúrias da face depende de diversos fatores. Em geral, é melhor tratar as fraturas o mais cedo possível, evitando infecções e perda de contorno anatômico, porém em muitos casos, é necessária a completa estabilização do paciente.
As variações epidemiológicas observadas em relação ao acontecimento desse tipo de trauma dependem de fatores socioeconômicos, culturais e ambientais. Dentre os fatores etiológicos, destacam-se os acidentes automobilísticos, ciclísticos, por armas de fogo e agressões físicas. Alguns estudos epidemiológicos mostraram 68% das fraturas de face acometiam  homens e 32% mulheres.

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