A História Da Nutrição

A NUTRIÇÃO: HISTÓRIA E EVOLUÇÃO

HISTÓRICO E PANORAMA ATUAL DA CARREIRA DE NUTRICIONISTA NO BRASIL

No início da década de 1940, a profissão de dietista surgiu no Brasil com a responsabilidade de prestar assistência ao paciente por meio da alimentação, sendo, somente em 1962, reconhecida com a condição de curso de graduação, por meio de um parecer do Conselho Federal de Educação. Apenas em 1967, a profissão, que passou a ser chamada de nutricionista, foi regulamentada 1,6,9.

Em diferentes países, a profissão assume interpretações distintas, principalmente em relação à legislação que estabelece a forma de atuação do profissional e a fiscalização de suas atividades 4.

De acordo com Vasconcelos (2002), a trajetória da profissão de nutricionista, no Brasil, adota um recorte em quatro fases distintas. A primeira, denominada de Fase da Emergência da Profissão (1939 a 1949), marcada pela criação do primeiro curso de Nutrição na Universidade de São Paulo. A segunda fase, chamada de Consolidação da Profissão (1950 a 1975), caracteriza-se tanto pela ampliação do número de cursos, de nutricionistas e de áreas de atuação, quanto pela luta para regulamentação da profissão. A terceira fase, conhecida como Evolução da Profissão (1976 a 1984), se destaca pela instituição do 2° Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (PRONAN) e pela criação dos Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas. A quarta e última fase, da Reprodução Ampliada (1985 a 2000), se caracteriza pelo crescente processo de mobilização e politização da categoria, que resultou na realização de importantes eventos técnico-científicos10.

O campo de atuação do nutricionista tem se ampliado consideravelmente nos últimos anos. Esse profissional conquistou espaço no mercado e, cada vez mais, se insere em setores e serviços diferenciados, exercendo papel fundamental na promoção da saúde e na qualidade de vida 7.

Os cursos se encontram em rica expansão, contribuindo na diversificação das áreas de atuação. Atualmente, são 60.554 profissionais no Brasil, formados por 383 faculdades de nutrição, distribuídos em sete grandes áreas de atuação: Nutrição Clínica, Nutrição e Saúde Pública, Nutrição e Alimentação Coletiva, Nutrição e Ensino, Nutrição e Marketing, Nutrição e Esporte e Indústria de Alimentos3.

De acordo com a pesquisa do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN, 2005), a maioria dos profissionais atua nas capitais brasileiras, sendo que 96,5% são do sexo feminino, encontrando-se na faixa etária dos 26 aos 40 anos. A área de atuação em nutrição clínica concentra o maior percentual de profissionais (41,7%), seguida da área de nutrição coletiva, onde atuam 32,2% dos nutricionistas 8. Estes achados corroboram com os de outros autores que avaliaram o perfil dos nutricionistas egressos em diferentes regiões do Brasil2,7,9.

Ao mesmo tempo, verifica-se que os programas de pós-graduação na área de nutrição, ainda são poucos e recentes, conforme avaliação realizada por Kac et al (2006)8.

O que se observa, pela jovialidade da profissão e pela sua organização na sociedade, é que a nutrição encontra-se em expansão e tem ainda espaços a ocupar, uma vez que o mercado