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A lei da transformação de espécies Jean-Baptiste Lamarque

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Por:   •  26/11/2014  •  Artigo  •  1.195 Palavras (5 Páginas)  •  419 Visualizações

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Lamarck

Jean-Baptiste Lamarck era um botânico reconhecido e colaborador no Museu de História Natural de Paris. A propósito dos seus trabalhos de sistemática, Lamarck enunciou a lei da gradação, segundo a qual os seres vivos não foram produzidos simultaneamente, num curto período de tempo, mas sim começando pelo mais simples até ao mais complexo. Esta lei traduz a ideia de uma evolução geral e progressiva.

Lamarck defendia a evolução como causa da variabilidade, mas admitia a geração espontânea das formas mais simples. Observando os seres vivos à sua volta, Lamarck considerava que, por exemplo, o desenvolvimento da membrana interdigital de alguns vertebrados aquáticos era devida ao esforço que estes faziam para se deslocar na água. Assim, as alterações dos indivíduos de uma dada espécie eram explicadas por uma ação do meio, pois os organismos, passando a viver em condições diferentes iriam sofrer alterações das suas características.

Lamarck afirmava que ao fazerem força para alcançar alimento em árvores altas, as girafas esticavam seu pescoço e com o tempo os pescoços ficavam mais compridos. Essa característica é passada às gerações seguintes, que nascem gradativamente com o pescoço mais comprido. Atualmente, essa ideia de Lamarck é rejeitada.

A lei da transformação das espécies considera que o ambiente afeta a forma e a organização dos animais, de tal modo que quando o ambiente se altera, no decorrer do tempo, produz modificações correspondentes na forma do animal. Essa lei utiliza o princípio do uso e desuso, considerando que o uso de um dado órgão leva ao seu desenvolvimento e o desuso conduz a sua atrofia e, eventual, desaparecimento. Todas estas modificações seriam depois transmitidas às gerações seguintes – lei da transmissão dos caracteres adquiridos. Assim, os filhos de um homem moreno pela exposição ao sol nasceriam com a pele mais escura; o filho de um atleta com músculos desenvolvidos adquiriria, por sua vez, melhor estrutura muscular.

Sobre a teoria da transmissão dos caracteres adquiridos, Lamarck estava errado. De fato, o ambiente provoca mudanças de fenótipo nos organismos, porém foi comprovado experimentalmente que as mudanças adquiridas não passam à prole.

Em resumo, o mecanismo evolutivo proposto por Lamarck considera que as variações do meio ambiente levam o indivíduo a sentir necessidade de se adaptar; a lei do uso e desuso; e a lei da transmissão dos caracteres adquiridos.

Segundo Lamarck a evolução ocorre por ação do ambiente sobre as espécies, que sofrem alterações na direção desejada num espaço de tempo relativamente curto. Alguns aspectos desta teoria são válidos e comprováveis como o caso do uso e desuso de estruturas. Sabe-se que a atividade física desenvolve os músculos e que um organismo sujeito a infecções desenvolve imunidade. Do mesmo modo, uma pessoa que fique paralisada, sofre atrofia dos membros que não utiliza.

Denomina-se como neo-lamarckistas aqueles que defendem que o meio realmente modela o organismo. A teoria de Lamarck foi um importante marco na história da Biologia, mas não foi capaz de explicar o mecanismo da evolução.

Darwin

O inglês Charles Darwin, biólogo, tinha um enorme interesse na natureza. Ele viajou por 5 anos (1831-1836) no navio cartográfico Beagle, na época tinha apenas 22 anos, numa expedição ao redor do mundo. Nessa viagem, Darwin reuniu uma imensa quantidade de informações, além do material biológico coletado em suas observações e pesquisas; decisivos para elaboração de suas ideias sobre o mecanismo da evolução e a origem das espécies. Seis anos, foi o tempo que Darwin levou para classificar e organizar os dados de sua viagem. Baseou-se em um ensaio de Thomas Malthus, Principles of population, de 1838, para junto com seus dados elaborar a teoria da seleção natural. Contudo, Darwin demorou a publicar sua teoria, pois temia o impacto que poderia causar, já que a época era muito influenciada pela religião e conceitos fixistas. Em 1858, recebeu uma inesperada carta do naturalista Alfred Russel Wallace, que descrevia

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