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Arquitetura Renascentista

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Por:   •  7/11/2014  •  4.010 Palavras (17 Páginas)  •  355 Visualizações

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Berço da Arquitetura Renascentista

O Renascimento iniciou-se na Itália, particularmente em Florença, e foi precedido por uma fase de transição, que, pelos fins do século XIII, já paulatinamente ia substituíndo a arte gótica. Foi, sobretudo, um fenômeno urbano, produto das cidades que floresceram no centro e no norte da Itália, como Florença, Ferrara, Milão e Veneza, resultado de um período de grande expansão econômica e demográfica dos séculos XII e XIII. Os principais traços do renascimento foram a imitação das formas clássicas da antiguidade greco-romana e a preocupação com a vida profana, o humanismo e o indivíduo.

O fiorentino Filippo Brunelleschi (1377-1446) foi quem apresentou a nova concepção renascentista na arquitetura. Ele assimilara, durante longo tempo, as formas clássicas e góticas e adaptara-as à sua época, edificando as igrejas do Espírito Santo, de São Lourenço e a cúpula da Catedral de Santa del Fiore, em Florença. Contudo, não foi na época de Brunelleschi que a arquitetura renascentista atingiu seu ponto culminante, foi um pouco mais tarde, na primeira metade do século XVI. Também não foi em Florença, onde nascera, mas em Roma, que atingiu a sua plenitude.

Catedral de Santa Maria del Fiore

Florença

Em Roma, durante toda a primeira metade do século XVI - a Alta Renascença -, um arquiteto talentoso como Giuliano de Sangallo (1445-1516) uniu seu gênio ao do pintor Rafael Sanzio (1483-1520) para, juntos, dirigirem os trabalhos da Basílica de São Pedro.

Basílica de São Pedro

Vaticano, Roma

Ainda em Roma, o arquiteto Bramante, cujo verdadeiro nome é Donato D'Agnolo (1444-1514), criou um tipo todo original de abóbada para a Igreja de Santa Maria das Graças, e ainda deu lições ao escultor, pintor e arquiteto Michelangelo Buonarroti (1475-1564). Vignola - como se chamava artisticamente Giocomo Barocchio (1507-1573) - edificou a Igreja de Jesus, que, pelo movimento de suas linhas e pela abundância de adornos, já prenunciava o barroco, estilo que vigorou no século seguinte.

Embora o centro fosse Roma, a arquitetura renascentista não se restringia à antiga cidade. Em Mântua, o arquiteto Leon Battista Alberti (1404-1472), autor de uma tratado - De Re Aedificatoria (A Arte de Edificar), onde define a beleza como harmonia e proporção -, procurava resolver o conflito entre a igreja de plano direcional e a igreja de plano central, acrescentando uma nave a uma estrutura central, na Igreja de Santo André.

Alberti reinvidica em seu De Re Aedificatoria que se mantenha um estilo padronizado nas fachadas dos edifícios e que sua altura seja regular, para se obter uma cidade mais bonita e harmoniosa, num claro ressurgimento do urbanismo clássico.

No norte da Itália, Andrea Palladio (1518-1580) realizava um trabalho tão importante e original que acabou influenciando a arquitetura inglesa dos séculos XVII e XVIII.

Todos eles dedicavam-se, sobretudo, à edificação de construções religiosas, das quais a mais ambiciosa é, sem dúvida, a Catedral de São Pedro, em Roma. Foi iniciada por Bramante em 1506, continuada por Michelangelo, acrescentada por Carlos Maderno (1556-1629) e adornada de colunas externas por Giovanni Lorenzo Bernini (1598-1680).

As duas formas arquitetônicas - gótica e renascentista - conviveram durante mais de duzentos anos, após o que seriam de certa eclipsadas pelo barroco. Se no princípio rivalizavam entre sí, logo mais passaram a completar-se. Os adornos, os elementos decorativos, a forma das colunas góticas desapareceram, em favor da decoração renascentista. contudo, muitas das grandes obras renascentistas não poderiam ter surgido sem o conhecimento da técnica do gótico.

O arco ogival ou em ponta é típico do estilo gótico e permitia sustentar abóbadas elevadas.

O arco renascentista, ao contrário do arco gótico, tinha a forma curvilínea, de pura inspiração romana clássica.

A coluna gótica, constituída de feixes de pilares, devia servir de sustentáculo à estrutura da abóbada.

A coluna renascentista, simples, com capitéis coríntios, foi empregada na construção de pórticos e arcadas.

Nas abóbadas góticas, arcos ogivais encontram-se no alto e se apoiam em colunas: é a abóbada de nervuras.

A bóbada renascentista tem a forma de um semi-círculo formando um teto liso ou ainda em quadros.

A janela gótica, alta e estreita, tem vitrais coloridos e frontões bastante pontiagudos.

A janela renascentista, quadrada e mais ampla que a gótica, tem o vidro transparente e incolor, dando maior claridade.

Em suma, pelo Renascimento adentro, o que preponderou nas construções religiosas e leigas da Itália foi o estilo renascentista, mas a técnica da construção gótica foi de grande valia para os feitos dos grandes arquitetos italianos.

Arquitetura Renascentista

Renascimento é o nome que se dá ao período da história européia, caracterizado por um renovado interesse pelo passado grego-romano clássico, que vai do século XV ao século XVI. Fundamentado no conceito de que o homem é a medida de todas as coisas, o renascimento significou um retorno às formas e proporções da antiguidade greco-romana. Este movimento artístico começou a se manifestar na Itália, no século XIV, mais precisamente em Florença, cidade que a esta altura já tinha se tornado um estado independente e um dos centros comerciais mais importantes do mundo, e difundiu-se por toda a Europa, durante os séculos XV e XVI.

Em poucos anos, o renascimento difundiu-se pelas demais

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