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As Células Tronco e Clonagem

Por:   •  27/11/2022  •  Trabalho acadêmico  •  3.240 Palavras (13 Páginas)  •  82 Visualizações

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Introdução

Nesse trabalho iremos abordar e discutir a cerca de células-tronco e a relação com a clonagem, levando em consideração tanto os aspectos éticos e religiosos.

As células-tronco têm a capacidade de se transformar em qualquer célula do organismo e, portanto, são capazes de se replicar várias vezes, ao contrário de outras células do corpo. Células desse tipo são encontradas em células embrionárias e em várias partes do corpo, como sangue, placenta, cordão umbilical, medula óssea etc. Além disso, essa capacidade de renovação através da divisão celular pode ocorrer de forma induzível após um período de inatividade das células-tronco. Portanto, atualmente, a pesquisa em engenharia genética tem feito grandes progressos, pois os cientistas usam células-tronco para fins terapêuticos, cura e recuperação de certas doenças degenerativas e crônicas, traumas e tecidos danificados.

Quanto ao uso das células-tronco embrionárias para fins de clonagem humana, não temos um consenso entre a comunidade cientifica e entidades religiosas, uma vez que para os cientistas um embrião não é um ser vivo, entretanto religiosamente falando a vida é vida desde a concepção, e fazer uso dessas células resultaria em uma interrupção proposital de uma vida humana.

Discussão

Um breve histórico sobre células-tronco:

Houve no ano de 1939 o primeiro transplante de medula óssea, que ocorreu com o objetivo de tratar um paciente com anemia aplástica. Infelizmente o procedimento fracassou, à medida que o paciente morreu cinco dias após o transplante, isto desacreditou vários cientistas, fazendo com que os estudos nesta área acabassem por certo tempo.

 Somente no final da década de 1960 notamos grandes avanços, que possibilitaram termos um maior entendimento do processo imunológico dos transplantes, com a criação da tipagem dos antígenos de histocompatibilidade. Outras descobertas como antibióticos para o tratamento das infecções em pacientes imonossuprimidos, avanços no entendimento na proliferação das células tronco hematopoiéticas. O primeiro Transplante de Medula Óssea realizado com sucesso foi em 1939, em que um paciente que recebeu 18 ml de medula óssea de seu irmão, com o objetivo de tratar a anemia aplástica.

 No decorrer da década seguinte (1970) houve alguns procedimentos realizados com sucesso, esse contexto fez com que o transplante de medula óssea não limitar-se às tentativas de tratamento, mas iniciar uma nova etapa de grande avanço científico. Logo, vemos que esse procedimento era indicado como primeira opção no tratamento em diversos pacientes. Consequentemente após um período prospero no estudo dessa área, pesquisadores descrevem alguns métodos para crescerem células-tronco embrionárias de camundongos em laboratório no ano de 1981.

 Logo em seguida houve o primeiro relato do uso de sangue de cordão umbilical humano em transplante, esse procedimento foi realizado pela doutora Eliane Gluckman, na cidade de Paris, França no ano de 1988. Depois desse relato, notamos que esse tipo de procedimento é amplamente utilizado para obter células tronco hematopoiética para transplante em pacientes que não apresentam doadores na família.

 Na cidade de Nova York criaram o primeiro banco de sangue de cordão umbilical humano, no edifício New York Blood Center com iniciativa do Dr. Pablo Rubinstein. Notamos a grande popularidade dessa área de estudo e isso resultou num maior número de estudos, gerando novos avanços e descobertas como no ano de 1998, pela primeira vez, pesquisadores isolaram estas células de embriões humanos e conseguiram crescê-las em laboratório: James Thomson isolou células do blastocisto e desenvolveu a primeira linhagem de células tronco embrionárias humanas, na mesma época vemos John Gearthart relatar a primeira derivação de células-tronco germinativas humanas, isoladas de uma população de tecido gonadal fetal. Células germinais primordiais destinadas a tornar-se óvulo ou espermatozoides.

Sobre as células-tronco:

Células-tronco de maneira geral trata-se de uma modalidade celular com vasta versatilidade morfológica, podendo esta assumir quase a forma de qualquer tecido do organismo humano,temos células que assumem o papel de qualquer tecido e algumas que tem restrições como explicado abaixo.

As células-tronco possuem dois principais tipos: as células-tronco embrionárias e as células tronco adultas.

Suas principais diferenças são que as embrionárias(células primitivas) têm a capacidade de transformar-se em praticamente qualquer as células do organismo uma vez sendo definida como células pluripotentes.

Quanto as células-tronco adultas as células-tronco adultas são derivadas do tecido adulto e têm a capacidade de se regenerar em todos os tipos de células do órgão de onde são originárias

As células-tronco são células com a capacidade de se transformar (diferenciar) em qualquer célula especializada do corpo, ou seja, células características de uma mesma linhagem. Elas são capazes de se renovar por meio da divisão celular mesmo após longos períodos de inatividade e induzidas a formar células de tecidos e órgãos com funções especiais.

Diferente de outras células do corpo, como as células musculares, do sangue ou do cérebro, que normalmente não se reproduzem, células-tronco podem se replicar várias vezes. isso significa que a partir de uma cultura de células-tronco é possível produzir milhares. Contudo, os pesquisadores ainda não têm conhecimento vasto do que induz a proliferação e autor renovação dessas estruturas.

Outro enigma que desafia os cientistas é a questão da diferenciação: como células indiferenciadas simplesmente passam a ter funções especializadas, como os gametas e células sexuais? Sabe-se que, além dos sinais internos controlados por genes, o processo é ativado também por sinais externos, incluindo a secreção de substâncias químicas por outras células, o contato físico com células vizinhas e a influência de algumas moléculas.

Embora muitos laboratórios de pesquisa consigam induzir a diferenciação pela manipulação de fatores de crescimento, soro e genes, os mecanismos detalhados que regem o processo não são claros. Entretanto, encontrar a resposta para o problema pode ampliar o potencial terapêutico das células-tronco, já que células, tecidos e órgãos poderiam ser produzidos em laboratório ou recuperados no próprio corpo. Além disso, forneceria uma compreensão bem maior sobre doenças como o câncer, desencadeadas pela divisão anormal das células.

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