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Biogênese x Abiogênise

Por:   •  21/11/2016  •  Projeto de pesquisa  •  1.266 Palavras (6 Páginas)  •  470 Visualizações

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Biogênese X Abiogênese

Abiogênesi

Vários filósofos e cientistas como René Descartes, Isaac Newton, Santo Agostinho e Aristóteles, apoiavam a teoria da Abiogênese ou Teoria da Geração Espontânea. Naquela época, a maioria da população acreditava que os seres simplesmente surgiam e desconheciam a reprodução. Aristóteles, como o grande pensador daquela época, influenciou muitas pessoas a aceitarem essa teoria. Para ele, os seres vivos surgiam por meio da matéria não viva. Como por exemplo, sapos poderiam brotar dos pântanos, gansos surgiam de carapaças de crustáceos e vermes de frutas.

Um médico chamado Jan Baptista van Helmont (1577-1644) chegou a escrever uma receita de como obter certos animais de forma espontânea. Sua “receita” consistia em colocar grãos de trigo em camisas sujas em um canto escuro e sossegado. Em alguns dias “surgiriam” ratos naquele local.

Queda da Abiogênese:

No século XVII, procurando outra explicação para a origem da vida na terra, o médico italiano Francesco Redi (1626 - 1697) realizou alguns experimentos que comprovaram que a teoria da Abiogênese estava errada. Ele acreditava que os vermes (larvas) que surgiam nos cadáveres humanos e de alimentos podres eram o princípio do ciclo de vida das moscas. O médico afirmava que estas larvas surgiam por meio dos ovos que eram depositados pelas moscas e não por um processo de geração espontânea.

Redi escreveu um livro chamado Experimentos Sobre a Geração de Insetos, relatando seu experimento com larvas. Seus estudos foram baseados no poema épico Ilíada (poema provavelmente escrito por Homero na Grécia durante o século VIII e IX). Isso pode explicar que os gregos já sabiam da existência de larvas que surgiam em ovos colocados nos cadáveres.

Em seu experimento, Redi colocou pedaços de carne e cadáveres de animais em alguns frascos, sendo alguns deles vedado por uma gaze fina e outros foram mantidos abertos. Nos frascos vedados, não houve formação de larvas, mas nos que foram mantidos abertos, muitas larvas se desenvolveram, pois as moscas entravam e saíam com liberdade.

Mesmo depois de sua experiência comprovar que a Teoria da Abiogênese era um equívoco, alguns cientistas ainda a defendiam. Como, por exemplo, John Needham, que em 1745 afirmou que os seres vivos surgiam por geração espontânea graças a uma força vital. Para comprovar sua teoria, Needham realizou um experimento onde preparou um caldo nutritivo e o colocou em alguns frascos. Depois, ferveu-o por 30 minutos e os vedou com rolha de cortiça. Acreditando ser o suficiente para impedir a entrada de micro-organismos. Porém, depois de alguns dias apareceram alguns micro-organismos no caldo.

Lazzaro Spallanzani, 25 anos depois, repetiu os experimentos de Needham, mas com mais tempo de fervura, obtendo o resultado do não aparecimento destes micro-organismos. Concluiu então que a vedação utilizada e o tempo de fervura eram insuficientes para matar os micróbios. Needham defendeu-se afirmando que o tempo prolongado da fervura havia destruído a força vital* da substância e acabado com o ar do recipiente, impossibilitando o surgimento da vida.

  • Força Vital: a Teoria da Força Vital sugeria que a síntese de compostos orgânicos poderia ser feita apenas a a partir de organismos vivos.

Biogênese

Já no século XVIII, as pessoas passaram a duvidar de que os seres vivos haviam sido criados de forma espontânea ou por criação divina. Durante o século XIX, com os experimentos de Louis Pasteur (1822 – 1895), refutaram a teoria da geração espontânea e outras teorias sobre a evolução humana.

Em 1860 (aproximadamente 100 anos depois das experiências de Spallanzani e Needham), a Academia Francesa de Ciências ofereceu um prêmio para quem conseguisse exemplificar a origem dos micro-organismos. Em seu experimento, Pasteur adicionou um caldo nutritivo em alguns balões de vidro com os gargalos alongados (semelhantes ao pescoço de um cisne). Posteriormente, os caldos foram fervidos até o momento em que o vapor chegasse aos gargalos e saísse por sua borda. Ele deixou-os esfriar e os manteve em repouso por alguns dias observando-os para se certificar de que nenhum organismo brotaria deles. Pasteur percebeu que o líquido permanecia sem a presença de germes. Concluiu que estes ficaram presos nas gotículas de água formadas na superfície interna da longa curvatura do gargalo durante a condensação do vapor, emitido pelo aquecimento e resfriado quando em repouso.

Ao quebrar alguns dos gargalos, deixando o caldo em contato com o ar, o cientista observou o desenvolvimento de microorganismos no caldo em apenas algumas horas depois.

Pasteur comprovou que os micro-organismos estão em todas as partes, inclusive no ar, e que nada poderia surgir por geração espontânea, somente através de outro ser vivo.

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Pasteurização

Louis Pasteur, além de contribuir para o fim da Teoria da Abiogênese, também desenvolveu a técnica de pasteurização que é muito utilizada para conservação dos alimentos.

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