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Biologia

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Por:   •  10/10/2013  •  5.063 Palavras (21 Páginas)  •  877 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho, trata-se de uma pesquisa, que tem por objetivo principal, identificar os fatores que prejudicam a saúde dos enfermeiros que atuam nas Unidades de Terapia Intensiva, especialmente os fatores que geram o estresse.

Desde suas origens, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) se destina ao tratamento e cuidado de pacientes gravemente doentes, ficando vista como um local estressante, onde o profissional da saúde pode, a qualquer momento, lidar com o agravamento do quadro do paciente e até a morte.

Outras fontes geradoras de estresse são os fatos de o enfermeiro ter que conviver com limitações técnicas, pessoais e materiais em contraponto ao alto grau de expectativas e cobranças lançadas sobre este profissional pelos pacientes, familiares, equipe, instituição hospitalar e até mesmo dele próprio, além do fato de ter que tomar decisões rápidas em caso de emergência, o que causa-lhe medo e angústia. Outro fator de extrema relevância para o estresse, é o de que o enfermeiro enfrenta jornadas de trabalho cada vez mais extensas e, não raro múltiplas, onde se assumem plantões, enfermarias, ambulatórios, consultórios, clínicas, postos de saúde quase que simultaneamente, e onde, principalmente nos grandes centros urbanos, este profissional se vê obrigado a se deslocar rapidamente de um extremo a outro da cidade em tempo inviável para isso, comumente sacrificando a refeição, horas de sono, tempo de estudo e talvez, o mais importante, tempo para sua vida pessoal. A enfermagem compõe a maior força de trabalho dentro de uma unidade de terapia intensiva, nas suas diversas categorias profissionais, como enfermeiras, técnicas e auxiliares de enfermagem.A UTI se caracteriza como um dos ambientes mais tensos e traumatizantes do hospital. Os fatores de tensão atingem os pacientes e toda equipe que ali trabalha, afetando principalmente a enfermagem, que convive diariamente com cenas de pronto atendimento, internação de pacientes graves, isolamento, morte.

2. JUSTIFICATIVA

As instituições hospitalares, em geral, estão se modernizando, com a finalidade de prestar uma assistência cada vez mais qualificada ao indivíduo doente. Contudo, para tal realização, devem ter, além de uma eficiente estrutura física, recursos materiais, planejamento e organização, uma estrutura adequada em relação aos recursos humanos. Estes, aqui representados pelos trabalhadores, os quais devem sempre ter condições adequadas para suas atividades, viabilizando uma melhor qualidade de assistência, o que pode ser transformada ou entendida por produtividade.

O termo produtividade, nas áreas com clareza em sua linha de produção, é simples; porém, a nível hospitalar, esta conceituação não é tão clara. Desta forma, torna-se necessário realizar algumas considerações.

Podemos considerar como matéria prima o paciente, um ser humano que está apresentando algum distúrbio fisiológico e que necessita de assistência ou cuidado. Em relação ao produto final, esperamos uma melhora no estado fisiológico do mesmo, o qual pode ser conseguido através de assistência, cuidado, que no caso de uma instituição hospitalar, é realizado pela equipe multiprofissional. Podemos concluir então, que uma maior produtividade, implica em uma melhora da assistência de enfermagem prestada.

A assistência prestada pela equipe de enfermagem em área hospitalar é organizada, planejada e supervisionada pelo enfermeiro. Este profissional coordena a equipe, com embasamento técnico-científico, utilizando o processo assistencial, o qual tem por objetivo cuidar do ser humano de forma individual. Isto implica em uma atitude que requer inúmeras informações, conhecimentos, técnicas e equipamentos específicos. Enfim, uma estrutura hospitalar complexa. Tal conclusão pode ser encontrada na afirmação de Gerges (1994, p.47), onde "o hospital, sob o enfoque sistêmico, pode ser considerado como um sistema aberto, sociotécnico estruturado, que recebe ‘inputs’, processa-os e o devolve ao ambiente através dos ‘outputs’ reavaliando seus procedimentos através do feedback. Caracterizado como um sistema complexo de elementos em interação mútua".

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Realizar a avaliação ergonômica das condições de trabalho do enfermeiro de UTI e sugerir recomendações, visando minimizar o estresse e melhorar a qualidade de vida no trabalho.

3.2 Objetivo Específicos

. Identificar os agentes estressores atuantes sobre o enfermeiro da UTI.

. Propor uma filosofia de trabalho centrada na ergonomia em relação à estrutura física e material da UTI.

. Propor medidas preventivas quanto aos agentes estressores, buscando a melhoria na qualidade da assistência de enfermagem e de vida no trabalho do enfermeiro.

4. METODOLOGIA

O estudo foi realizado em duas Unidades de Terapia Intensiva de instituições públicas de saúde de Brasília, . A população deste estudo consistiu-se em 06 enfermeiros, 08 técnicos e 07 auxiliares de enfermagem, cada um tendo em média três anos de atuação em UTI. Empregou se a técnica da entrevista individual semi-estruturada.

5. PROFISSIONAIS DE UTI

Assim, enquanto não houver uma mudança na rotina do enfermeiro da UTI, não haverá prazer em se trabalhar no local. Muitos enfermeiros acabam tendo sérios danos psicológicos, que são conseqüências do trabalho desgastante e do convívio diário com pessoas que oscilam entre a vida e a morte.

O foco das instituições hospitalares é o doente, o trabalhador então muitas vezes não tem os recursos necessários para seu trabalho, e assim pode diminuir também a produtividade. O foco das instituições é sempre o cliente, assim deixa-se de lado o trabalhador, que sofre com a escassez de recursos, com os baixos salários e com os estresses que a profissão o expõem.

Os enfermeiros tentam humanizar o trabalho na UTI, porém esse se torna cada vez mais desgastante. É um dos locais mais críticos do hospital, onde o enfermeiro tem que se doar de corpo e alma, além de ter que ver o paciente como um todo, é necessário entender e visualizar da mesma forma seus familiares ali presentes que muitas vezes estão sensibilizados e são grosseiros com os funcionários, e como o enfermeiro é quem tem o papelde passar as informações

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