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Cancer De Mama

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Por:   •  18/9/2013  •  3.755 Palavras (16 Páginas)  •  1.147 Visualizações

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Câncer de Mama

Trabalho apresentado à Professora Solange Madjarof da disciplina Epidemiologia, turno matutino do curso de Saúde.

UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL – OUTUBRO DE 2011

Introdução

A palavra câncer tem origem do latim, cujo significado é caranguejo. Tem esse nome, pois as células doentes atacam e se infiltram nas células sadias como se fossem os tentáculos de um caranguejo.

Cerca de 80% dos casos de câncer de mama é do tipo carcinoma ductal. O carcinoma lobular é bilateral (acomete as duas mamas) em 30% dos casos. Os outros tipos de câncer de mama menos freqüentes, como doença de Paget, carcinoma mucinoso, medular, tubular e papilar correspondem a menos de 10% de todos os casos. O carcinoma inflamatório constitui de 1 a 3% dos cânceres de mama, sendo uma das formas mais agressivas do câncer de mama.

Câncer de mama

Representa nos países ocidentais uma das principais causas de morte em mulheres. As estatísticas indicam o aumento de sua frequência tanto nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento. Os homens também podem desenvolver C.A de mama, porém é raro, constituindo menos de 1% dos casos.

No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.

Estimativa de novos casos: 49.240 (2010) segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Número de mortes: 11.860, sendo 11.735 mulheres e 125 homens (2008).

Fatores de risco para o Câncer de Mama

Tendo em vista a história natural do câncer de mama, isto é, os fatores que levam à iniciação, promoção e progressão da doença, estabelecem-se uma relação entre alguns hábitos adquiridos, mutações genéticas adquiridas ou hereditárias, influências ambientais e comportamentais com a evolução da malignidade, ou seja, fatores internos e externos x evolução do câncer.

Para se conhecer a verdadeira história natural de qualquer câncer, inclusive do mamário, seria necessário que, frente ao diagnóstico de uma neoplasia, médico e paciente em nada interferissem para que a doença fosse controlada. Somente assim, seria possível conhecer o modo como o câncer age e reage em cada organismo e se espalha, levando vários órgãos à falência e causando distúrbios eletrolíticos (desequilíbrio de íons, como cálcio, potássio e sódio, fundamentais para o funcionamento do organismo), tão comuns nas pacientes portadoras de metástases ósseas. Na impossibilidade de se avaliar a história natural do câncer, abandonando a paciente à própria sorte, os dados disponíveis referem-se a pacientes que descobriram o câncer de mama já num estágio bastante avançado, no qual as terapêuticas disponíveis surtem pouco ou nenhum efeito. Dessa maneira, é possível que se tenha uma idéia dos fatores que contribuem para o aparecimento e a evolução da doença maligna mamária: estudando cada caso separadamente, para depois agrupar casos semelhantes em grupos também com características parecidas, como: idade; paridade, uso de hormônios, história familiar, tipo histológico do carcinoma mamário, comprometimento axilar, comportamento biológico da doença, entre outros.

Os fatores de risco para o carcinoma mamário são vários e diz-se que se trata de uma doença multifatorial. Isto significa que não é possível encontrar apenas uma causa para a doença. Mesmo as mulheres que apresentam mutação do gene BRCA 1 não estarão fadadas a apresentar o câncer. Para isso, outros fatores têm que estar presentes e a doença poderá aparecer em algum momento em que houver um desequilíbrio entre seus fatores protetores (sistema imunológico, genes supressores, fatores ambientais e emocionais) e agressores (protooncogenes) amplificados, mutações genética adquirida de genes supressores, ativação de receptores hormonais em células malignas hormônios-dependentes, entre outros).

FATORES DE RISCO ESTABELECIDOS

Entende-se por fator de risco para o câncer de mama toda situação que eleva o “risco relativo” de um indivíduo de vir a apresentar este câncer, ao longo de sua vida. O risco relativo é a probabilidade de se desenvolver um carcinoma mamário, quando o indivíduo é exposto a determinado fator. Por exemplo, para saber se um determinado fator é capaz de elevar a chance de aparecimento de certa doença, é necessário comparar um grupo de pessoas expostas ao fator ‘x’ (este grupo é chamado de grupo de estudo) com um grupo semelhante ao primeiro, mas sem exposição ao fator ‘x’ (grupo controle). Se houver um número maior de casos da doença no grupo de estudo em relação ao grupo controle, então, o ‘fator x’ é um fator de risco para o desenvolvimento dela. Este princípio é aplicado aos estudos clínicos randomizados duplo-cego – aqueles que determinam se um medicamento é eficaz na prevenção, controle ou tratamento de doenças, como é o caso do câncer de mama.

O principal e mais relevante fator de risco para o câncer de mama é pertencer ao sexo feminino. Como este fator é inerente ao indivíduo e decidido aleatoriamente no momento da fecundação, nem será discutido. Os fatores de risco reconhecidos, no caso do carcinoma mamário, são:

Idade: as mulheres acima dos 60 anos de idade são as mais comumente afetadas pelo carcinoma mamário. Em verdade, há alguns picos de incidência relacionados com determinadas faixas etárias. Desse modo, entre 40 e 50 anos de idade ocorre o primeiro pico e entre 51 e 60 anos, o segundo pico, sendo este mais importante. Atualmente, nota-se um aumento lento e progressivo do número de casos de câncer em mulheres jovens e este aumento iniciam-se a partir dos 30 anos de idade. Para entender melhor, o gráfico abaixo mostra a incidência do câncer de mama por faixas etárias.

Incidência do câncer de mama no Brasil, de acordo com

faixas etárias, nas mulheres*

* INCA, 2007

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