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Cancer De Mama

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Por:   •  18/4/2013  •  6.401 Palavras (26 Páginas)  •  1.082 Visualizações

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Revista Brasileira de Cancerologia 2012; 58(2): 209-222 209

Artigo Original

Autoavaliação de Saúde e Câncer de Mama

Artigo submetido em 27/10/11; aceito para publicação em 12/1/12

Autoavaliação de Saúde e Câncer de Mama em Mulheres de Cidade

do Sul do Brasil

Self-Exam of Health and Breast Cancer in Women from a City in Southern Brazil

Autoevaluación de la Salud y el Cáncer de Mama en Mujeres de una Ciudad del

Sur de Brasil

Doroteia Aparecida Höfelmann1; Juliana Cristine dos Anjos2

Resumo

Introdução: A autoavaliação da saúde representa importante preditor de morbidade e mortalidade. Objetivos: Avaliar

frequência de autoavaliação de saúde negativa e fatores associados em mulheres com câncer de mama atendidas por um

serviço de referência no Sul do Brasil, controles da vizinhança e da unidade de saúde. Método: Análises desenvolvidas

a partir dos dados de um estudo caso-controle em mulheres com câncer de mama. Para cada caso, um controle da

vizinhança e um controle da unidade de saúde foram selecionados. A associação entre o desfecho e as demais variáveis foi

investigada por meio das razões de chances (RC ) e intervalos de confiança de 95% (IC 95%), pela análise multivariável

de regressão logística não condicional, estratificada para cada um dos três grupos investigados. Resultados: Avaliadas

170 mulheres com câncer de mama, e o mesmo número para cada tipo de controle. A frequência de autoavaliação de

saúde negativa entre os casos (38,8%) foi inferior àquela observada entre os controles da unidade de saúde (61,2%), e

similar àquela verificada entre os controles da vizinhança (41,2%). Observaram-se diferenças marcantes na direção e

magnitude da associação das variáveis com o desfecho para os grupos estudados. Para os casos, variáveis socioeconômicas

(maior idade, renda e escolaridade) e psicossociais (apoio social) apresentaram maior relevância. Entre os controles,

destacaram-se comportamentos relacionados à saúde, adoção de condutas preventivas e variáveis ligadas à situação de

saúde. Conclusão: Doença e condição socioeconômica influenciaram os fatores associados à autoavaliação de saúde.

Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Neoplasias da Mama; Auto-Avaliação Diagnóstica; Fatores Socioeconômicos;

Estudos de Casos e Controles; Mulheres

1 Professora do Curso de Nutrição da Universidade do Vale do Itajaí. Mestre em Saúde Pública e Doutoranda em Saúde Coletiva pela Universidade Federal

de Santa Catarina (UFSC ). SC , Brasil.

2 Nutricionista. Mestranda em Saúde Coletiva pela UFSC . (SC ), Brasil.

Endereço para correspondência: Doroteia Aparecida Höfelmann. Rua Uruguai, 458 - Centro. Itajaí (SC), Brasil. Caixa Postal 360 – CEP: 88302-202.

E-mail: doroaph@yahoo.com.br.

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Höfelmann DA, Anjos JC

Revista Brasileira de Cancerologia 2012; 58(2): 209-222

INTRODUÇÃO

A autoavaliação de saúde representa importante

preditor de morbidade e mortalidade1-2, mesmo após

ajuste para diversos fatores de prognóstico clínico.

A variável contribui significativamente para explicar

morbidade e mortalidade, e vai além de medidas mais

objetivas de saúde. A autoavaliação de saúde representa

uma percepção integrada do indivíduo que engloba

aspectos subjetivos como bem-estar, satisfação e controle

sobre a vida1.

Em estudo dinamarquês com pacientes sobreviventes

de diferentes tipos de câncer participantes de um programa

de reabilitação, os autores observaram que mais da metade

referiu autoavaliação de saúde boa/excelente, enquanto

40% selecionaram a categoria “regular”3. Estudo2 verificou

que, em pacientes ambulatoriais com câncer avançado,

a autoavaliação de saúde representou um preditor de

sobrevivência válido, confiável e responsivo a mudanças

no estágio da doença. Além disso, a qualidade de vida

relacionada à saúde, que inclui autoavaliação de saúde

física e mental, foi um preditor independente do benefício

e toxidade do tratamento quimioterápico4.

O câncer de mama é provavelmente o mais temido

pelas mulheres, devido à sua frequência e, sobretudo pelos

efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade

e a própria imagem pessoal. Ele é relativamente raro antes

dos 35 anos de idade; mas, acima dessa faixa etária, sua

incidência cresce rápida e progressivamente. Esse tipo de

câncer representa nos países ocidentais uma das principais

causas de morte em mulheres5.

Em estudo realizado em Santa Catarina, observou-se

uma taxa de sobrevida

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