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Caracteristicas Gerais Dos Fungos

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Por:   •  25/3/2014  •  5.979 Palavras (24 Páginas)  •  560 Visualizações

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Características gerais. Os fungos constituem um grupo de organismos heterotróficos, sem clorofila, mas que historicamente tem sido comparados às plantas. Eles parecem plantas simples, nas quais, com poucas exceções, existem paredes celulares definitivas, são imóveis (apesar de poucas espécies terem células reprodutivas móveis) e se reproduzem por meio de esporos 1. Todavia os fungos não possuem caules, raízes ou folhas como as plantas superiores, e nem desenvolvem sistema vascular. Outra característica que separa os fungos das plantas é o fato de que o produto de armazenamento, um carbohidrato primário, é o glicogênio, e não o amido. Os fungos são geralmente filementosos e multicelular, seus núcleos, apesar de pequenos, podem ser visualizados de forma relativamente fácil; e suas estruturas somáticas, com poucas exceções, exibem pouca diferenciação e praticamente não há divisão de trabalho.

Um problema mais difícil que distinguir fungos de plantas é distingui-los de outros organismos com a mesma forma de crescimento, e são suas características moleculares que tem ajudado nesse aspecto. Iremos focalizar as diferenças entre os fungos, tanto quanto definir os outros grupos (Reinos Protista e Stramenopila).

Outra diferença entre os organismos tratados tradicionalmente como fungos e as plantas é a terminologia usada para descrever suas estruturas e funções. Mas isso já é esperado, já que os fungos evoluiram em seus próprios e surprendentes caminhos.

Muito dos termos obsoletos foi eliminado, mas não todos.

Os filamentos ou hifas constituem o soma (corpo) de um fungo, elongam por crescimento apical, mas a maior parte de um fungo é potencialmente capaz de crescer, e um pequeno fragmento de quase toda parte do organismo, usualmente é capaz de produzir um novo ponto de crescimento e começar um novo indivíduo. Estruturas reprodutivas são diferenciadas das estuturas somáticas e exibem uma variedade de formas, com base nas quais nós classificamos os fungos. Poucas espécies podem ser identificadas se seus estágios reprodutivos não estiverem presentes. Com pouquissimas exceções, as partes somáticas de um fungo parecem com a de outros. Este fato é muito evidente no estudo dos fósseis fúngicos.

Os fungos são heterotróficos e exibem nutrição absortiva. Isto faz simplesmente com que eles não fixem carbono e que os nutrientes que entram em seus corpos, devam passar pela membrana plasmática e parede celular. Essa característica tem levado alguns autores a descrever os fungos como organismos cujos “estômagos” são externos a seus corpos. No lugar de ingerir alimentos e então digerí-los, como os animais, os fungos primeiro devem liberar enzimas digestivas para o meio externo. Essas enzimas quebram moléculas grandes e relativamente insolúveis tais como carboidratos, proteínas e lipídios em moléculas menores e mais solúveis para então ingerí-las. Água livre deve estar presente como um meio para difusão de nutrientes solúveis para dentro das células. Sem alguma água livre, os fungos não podem realizar metabolismo normal.

Como um grupo, os fungos exibem uma habilidade extraordinéria para utilizar quase qualquer recurso de carbono como alimento. Diferentes espécies, todavia, tem diferentes requerimentos nutricionais (Griffin, 1994). Alguns são omnívoros e podem subsistir em virtualmente qualquer coisa que contenha matéria orgânica. Os comuns mofo verde (Penicillium) e mofo preto (Aspergillus) com um pouco de umidade irão crescer em qualquer coisa, desde o queijo cheddar até sapatos de couro. Outros fungos são mais restritos em suas dietas; uns poucos parasitas obrigatórios Não só requerem protoplasma vivo como alimento, mas também são altamente especializados a dadas espécies e mesmo a variedades de hospedeiros parasitados.

1. Esporo (Gr. spora =semente, esporo)

Concluindo, o(s) substrato (s)2 que uma dada espécie pode usar como alimento está governado em grande medida por quais enzimas digestivas ela é capaz de produzir e liberar no meio.

Aparte da disponibilidade de uma fonte de alimento apropriada, exemplos de outros fatores que influenciam o crescimento do fungo estão umidade, temperatura, pH e oxigênio. Devido a tremenda diversidade que existe entre os fungos e a organização de diferentes ambientes nos quais eles vivem, é difícil fazer generalizações sobre a importância relativa de cada um dos fatores apontados acima. Enquanto alguns fungos vivem na água, a maioria das espécies não cresce bem quando submergida em água devido a baixa disponibilidade de oxigênio. Todavia, as hifas de parede delgada que constituem o micélio de muitas espécies são suscetíveis à dissecação e requerem uma fonte mais ou menos contínua de água para crescerem. Algumas espécies são capazes de crescer em água salgada, e umas poucas formas osmofílicas podem crescer em substratos contendo altas concentrações de solutos. Tais fungos algumas vezes podem causar problemas em alimentos armazenados. Os fungos apresentam métodos especiais para manter o potencial de água baixo, para conservar água. Algumas espécies produzem manitol e outros compostos para regulação osmótica. Quando se considera a temperatura, o ótimo para a maioria das espécies está entre 25 e 300 C com limites, inferior e superior de 10 e 400 C.

2. Substrato refere-se a substância ou material no qual o fungo cresce.

Entretanto, certas formas termofílicas têm seu ótimo acima de 400 C, e algumas podem crescer sob temperaturas altas em habitats compostos. Por outro lado há os fungos psicrófilos ou amadores de frio, capazes de crescer abaixo do ponto de congelamento da água. Com relação à temperatura e umidade, é necessário enfatizar que enquanto certas espécies de fungos estão equipadas para crescer sob condições extremas, virtualmente todas produzem algum tipo de esporo ou estrutura especializada de resistência que assegura a sobrevivência durante condições extremas.

O pH ótimo que favorece o crescimento de diferentes tipos de fungos varia amplamente. Falando em geral, a maioria parece crescer melhor a níveis de pH de 4 - 7. Entretanto, devido a que os fungos digerem e consomem os materiais nos quais eles crescem e liberam produtos metabólicos para o ambiente, eles alteram, algumas vezes, signicativamente os níveis de pH no microambientes próximos aos seus somas. A maioria dos fungos é aeróbica, apesar de que inúmeras espécies incluindo, é claro, as leveduras são capazes de existência anaeróbica facultativa.

Uma poucas espécies de Chytridiomycota (Cap.4) são obrigatoriamente fermentativas e são incapazes de respiração oxidativa, mesmo com oxigênio disponível. Em fungos o produto final da respiração

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