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DIAGNÓSTICO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

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Por:   •  10/1/2015  •  841 Palavras (4 Páginas)  •  833 Visualizações

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DIAGNÓSTICO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) representa níveis elevados e sustentados da pressão arterial (PA), que aumentam os riscos de doenças cardiovasculares. De maneira geral pode ser dividida em HAS primária (essencial, idiopática), responsável por 90-95% dos casos, quando a causa não é definida, havendo forte tendência familiar e uma complexa interação entre fatores genéticos e ambientais. Nos 5-10% restantes, temos a HAS secundária, em que uma causa específica pode ser identificada.

A medição da PA pelo profissional de saúde deve ser realizada obedecendo às orientações técnicas, e as medições extra-ambulatoriais devem ser realizadas em aparelhos reconhecidos como válidos em estudos clínicos.

Conceitualmente podemos definir como hipertenso aquele paciente que tem a média das aferições de PA no consultório acima do valor adotado como normal. Para definir-se essa média é recomendado que, na primeira avaliação, as medições sejam realizadas nos dois membros superiores, com as aferições posteriores sendo realizadas no braço com maior valor de pressão.

Os níveis de PA considerados elevados são definidos por grandes estudos populacionais, e a definição de HAS se aplica ao nível de PA em que, uma vez iniciado o tratamento, seja possível obter redução da morbimortalidade. Para a maioria dos indivíduos, níveis a partir de 140x90mmHg definem HAS, e ela é graduada de acordo com elevações sequenciais. As VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (2010) define os seguintes critérios de classificação para pacientes acima de 18 anos:

Aferições médias da PA no consultório PA sistólica

(mmHg) PA diastólica

(mmHg)

PA ótima < 120 < 80

PA normal < 130 < 85

PA limítrofe 130 – 139 85 – 89

HAS estágio 1 (leve) 140 – 159 90 – 99

HAS estágio 2 (Moderada) 160 – 179 100 – 109

HAS estágio 3 (grave) ≥ 180 ≥ 110

Hispertensão sistólica isolada ≥ 140 < 90

Ainda de acordo com as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão não há um número exato de consultas preconizado, e o diagnóstico da HAS depende do nível da PA e do risco cardiovascular. São indicadas as seguintes recomendações para o seguimento:

PA inicial (mmHg) Seguimento

Sistólica Diastólica

< 130

< 85 Reavaliar em 1 ano;

Estimular mudanças de estilo de vida.

130 – 139 85 – 89 Reavaliar em 6 meses;

Insistir em mudanças no estilo de vida.

140 – 159 90 – 99 Confirmar em 2 meses;

Considerar MAPA/MRPA.

160 – 179 100 – 109 Confirmar em 1 mês;

Considerar MAPA/MRPA.

≥ 180 ≥ 110 Intervenção medicamentosa imediata ou reavaliar em 1 semana

Observações e conceitos:

• Emergência / Urgência hipertensiva / PA ≥ 180x110mmHg: não há o que esperar, o diagnóstico de HAS está definido desde a primeira consulta. Se a PA estiver elevada, sem um quadro clínica de urgência/emergência hipertensiva, pode-se aguardar 1 semana.

• Lesão de órgão-alvo / diabetes: a partir da segunda consulta já está feito o diagnóstico.

• MRPA (Monitorização residencial da pressão arterial): é o registro da PA, obtido por medidas sistematizadas (3 medidas pela manhã e 3 a noite, durante 5 dias), em aparelhos validados em estudos clínicos. São consideradas anormais as médias acima de 130/85mmHg.

• MAPA (Monitorização ambulatorial da pressão arterial): medida automática da PA, geralmente a cada 20 minutos. É considerado o exame padrão ouro para o diagnóstico de HAS, embora só esteja indicado em casos duvidosos. Apresenta melhor correlação com lesões de órgão-alvo e identifica alterações do ciclo circadiano da PA. A PA tem valores

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