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Efeitos Do Alcool

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Por:   •  31/1/2013  •  1.428 Palavras (6 Páginas)  •  1.503 Visualizações

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Os efeitos do álcool

Apesar de o álcool possuir grande aceitação social e seu consumo ser estimulado pela sociedade, este é uma droga psicotrópica que atua no sistema nervoso central, podendo causar dependência e mudança no comportamento.

Quando consumido em excesso, o álcool é visto como um problema de saúde, pois este excesso está inteiramente ligado a acidentes de trânsito, violência e alcoolismo (quadro de dependência).

Os efeitos do álcool são percebidos em dois períodos, um que estimula e outro que deprime. No primeiro período pode ocorrer euforia e desinibição. Já no segundo momento ocorre descontrole, falta de coordenação motora e sono. Os efeitos agudos do consumo do álcool são sentidos em órgãos como o fígado, coração, vasos e estômago.

Em caso de suspensão do consumo, pode ocorrer também a síndrome da abstinência, caracterizada por confusão mental, visões, ansiedade, tremores e convulsões.

Classificação dos tipos de bebedores e doses:

1.Bebedor Discreto ("bebedor social"): Ingere memos de 212 gramas de álcool por mês.

2.Bebedor Moderado: Ingere de 212 a 540 gramas / mês.

3.Bebedor Excessivo: Ingere mais de 540 gramas / mês. a. Doses até 99mg/dl: sensação de calor/rubor facial, prejuízo de julgamento, diminuição da inibição, coordenação reduzida e euforia;

b. Doses entre 100 e 199mg/dl: aumento do prejuízo do julgamento, humor instável, diminuição da atenção, diminuição dos reflexos e incoordenação motora;

c. Doses entre 200 e 299mg/dl: fala arrastada, visão dupla, prejuízo de memória e da capacidade de concentração, diminuição de resposta a estímulos, vômitos;

d. Doses entre 300 e 399mg/dl: anestesia, lapsos de memória, sonolência;

e. Doses maiores de 400mg/dl: insuficiência respiratória, coma, morte.

Como o álcool ingerido chega até o cérebro ?

Quando ingerimos o etanol, ele é rapidamente absorvido no trato gastrointestinal, sendo uma quantidade substancial já absorvida ao nível do estômago. Atinge concentração sanguínea máxima em 1 hora e depois é oxidado no fígado por enzimas chamadas desidrogenases alcoólicas, transformando-se em aldeído acético. Ao atingir o sangue, circula até o sistema nervoso que inclui o cérebro, medula espinhal e nervos periféricos.

Qual a ação do álcool no cérebro?

O etanol possui ação puramente depressora sobre as células nervosas, diminuindo os impulsos nervosos. Pode causar efeitos mínimos quando a concentração sanguínea é mínima, em torno de 46 mg / 100 ml de sangue, pode levar ao coma com concentrações em torno de 300 mg / 100 ml e até mesmo à morte quando atinge concentrações em torno de 500 mg / 100 ml.

Se o álcool deprime o cérebro, porque quando bebemos, no início há desinibição, euforia?

Porque em pequenas quantidades o etanol inicialmente possui efeito depressor sobre os neurônios dopaminérgicos do sistema límbico ( região do cérebro responsável por nossos sentimentos e emoções). Esses neurônios inibem algumas de nossos sentimentos e emoções e portanto ação depressora do álcool sobre neurônios inibitórios leva à excitação, desinibição, euforia. Ao continuar ingerindo álcool o mesmo atinge também outras áreas do cérebro, com ação predominantemente excitatória e a partir daí começa haver inibição, sonolência, torpor e até coma.

O álcool pode alterar os reflexos neurológicos e portanto levar à acidentes, caso a pessoa dirija após beber?

O álcool tem ação depressora sobre o cérebro e pode causar sonolência, desatenção, desconcentração e eventualmente desmaios o que pode acarretar tragédias no trânsito caso a pessoa dirija após ingestão de bebidas alcoólicas. Em um estudo realizado nos eua em motoristas urbanos, envolvidos ou não em acidentes de trânsito, concluiu-se que:

– com dosagens sanguíneas de 80 mg / 100 ml há aumento de 4 vezes na probabilidade de ocorrer acidentes;

– com dosagens de 150 mg / 100 ml há aumento de 25 vezes na chance de ocorrer acidentes.

No reino unido, por exemplo, é ilegal dirigir com uma concentração sanguínea de etanol superior à 80 mg / 100 ml.

Quais as complicações que o álcool pode causar no sistema nervoso?

As complicações podem ser de 2 tipos:

– as agudas: que são decorrentes da ingestão excessiva e isolada de álcool;

– as crônicas: decorrentes da ingestão excessiva e freqüente (diária) de álcool ao longo de meses ou anos.

Dentre as complicações agudas que ocorrem no snc, podemos destacar a chamada intoxicação alcoólica aguda, que clinicamente pode se manifestar como:

1) intoxicação patológica: é uma situação onde o indivíduo após ingerir bebida alcoólica torna-se irracionalmente furioso, violento, destrutivo.

2) "blackout": ocorre uma lacuna de memória em que o indivíduo não se lembra de eventos e ações ocorridas durante um período de bebedeira, durante o qual o seu estado de consciência parecia adequado.

3) coma: emergência médica onde o indivíduo pode apresentar insuficiência respiratória sendo necessário entubação e ventilação mecânica para evitar lesões cerebrais definitivas e seqüelas.

Quais são as complicações neurológicas decorrentes do alcoolismo crônico?

Abstinência alcoólica: inicia-se 6 a 24 h após a abstinência absoluta ou relativa da ingestão de álcool. Caracteriza-se por ansiedade, inquietação, irritabilidade, insônia, tremor, aumento da frequ~encia cardíaca, aumento da pressão arterial, aumento da transpiração corporal e da temperatura. No segundo ou terceiro dia há alucinação, desorientação no tempo e espaço, confusão, delírio, agitação, taquicardia, sudorese, hipertermia, caracterizando o "delirium tremens (d.t.)", que

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