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Fisiologia Renal Caso Clínico

Por:   •  13/11/2020  •  Monografia  •  690 Palavras (3 Páginas)  •  259 Visualizações

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1) No início do caso foi levantada a hipótese de abuso de álcool para explicar os sinais e sintomas da paciente. Em uma pessoa sob ação do álcool, quais alterações são esperadas nos parâmetros: volume urinário, osmolaridade plasmática e urinária, e sede? Justifique. (PISTA 1: investigação pessoal)

        O álcool é capaz de inibir a liberação do hormônio antidiurético (ADH) que aumenta a reabsorção de água, formando uma urina concentrada. Sem a liberação do ADH, o volume urinário será maior e consequentemente menos concentrado. Por causa do volume urinário alto ocorre grande perda de água, e a osmolaridade plasmática fica elevada. Então, os osmorreceptores centrais detectam essa alteração na osmolaridade, aumentando a produção de potenciais de ação e ativando o córtex cingulado anterior que participa do centro da sede, provocando a sensação de sede com intenção de aumentar a ingestão de água para corrigir a osmolaridade.

 2) Qual diagnóstico diferencial, associado com poliúria e polidipsia, foi descartado pela ausência de glicose na urina? Justifique. (PISTA 2: exames laboratoriais)

        Diabetes Mellitus tipo II, porque pacientes que tem essa doença apresentam poliúria e polidipsia, mas também a glicosúria. Em situações de normalidade, de toda a quantidade de glicose filtrada, 100% é reabsorvida. Neste caso, a quantidade de glicose filtrada é muito alta e ultrapassa o seu transporte máximo, que é o número de carreadores disponíveis nos túbulos renais para carregar uma substância. Desse modo, como não ocorre a reabsorção de toda a glicose ela é excretada na urina, atraindo mais água por osmose e aumentando a produção de urina (poliúria). Além disso, por causa da poliúria, se observa uma elevação na osmolaridade do plasma que vai estimular os osmorreceptores centrais desencadeando a sensação excessiva de sede (polidipsia).

3) Quais achados laboratoriais foram essenciais para exclusão do diagnóstico diferencial de polidipsia primária? Quais seriam os valores desses achados se a paciente tivesse esse distúrbio? (PISTA 2 e PISTA 3)

        O achado essencial para exclusão do diagnóstico foi a osmolaridade plasmática alta. Já que, por conta da ingestão compulsiva de água que seria causada por polidipsia primária, a osmolaridade plasmática e da urina deveriam estar baixas. Além disso, mesmo com o teste da privação de água a urina continuou pouco concentrada, sendo que nesta situação deveria ter ficado mais concentrada se o caso fosse de polidipsia primária.

4) Explique como foi feita a confirmação do diagnóstico de diabetes insipidus de origem central, diferenciando-o do diabetes insipidus nefrogênico. (PISTA 3: teste de privação de água)

        No diabetes insipidus nefrogênico existe um distúrbio nos rins impossibilitando que eles respondam ao ADH, já no diabetes insipidus central há uma deficiência na produção deste hormônio. Para a confirmação do diagnóstico foi realizado o teste de privação de água por 2 horas e uma injeção de desmopressina, que é um análogo ao ADH. Como resultado, ocorreu uma correção na osmolaridade do plasma e da urina, indicando se tratar de diabetes insipidus central, já que, com a injeção da desmopressina na corrente sanguínea simulando a secreção de ADH pela neurohipófise, ocorreu a reabsorção de água. Se a desmopressina não tivesse corrigido a osmolaridade e a concentração da urina estaríamos diante de um diabetes insipidus nefrogênico, já que os rins não estariam respondendo à ação do análogo ao hormônio.

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