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Funções do sistema imunológico

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Por:   •  28/10/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.445 Palavras (14 Páginas)  •  833 Visualizações

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RESUMO

O sistema imune do nosso corpo é de grande eficiência no combate a microorganismos invasores. É responsável pela limpeza do organismo, ou seja, a retirada de células mortas, a renovação de determinadas estruturas, rejeição de enxertos, e memória imunológica Quando o sistema imune percebe que um agente patógeno está produzindo toxinas e causando lesões as células do tecido, ele irá tratar de combater o agente patógeno e inativar as toxinas, para que não venha mais causar problemas.

Para que ocorra a produção de anticorpos e outras moléculas para a defesa do organismo, deve-se primeiro haver as células do sistema imune, que são geradas a partir da diferenciação celular de linhagens precursoras, ou seja, células que ao receber uma sinalização externa, alteram sua expressão gênica para ser especialista em determinada função.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 6

2 NEUTRÓFILOS........................................................................................... 7

2.1 ESTRUTURA.............................................................................................. 7

2.2 FUNÇÃO..................................................................................................... 7

2.3 NEUTROPENIA.......................................................................................... 8

2.4 NEUTROFILIA............................................................................................ 9

3 EOSINÓFILOS............................................................................................ 10

3.1 ESTRUTURA.............................................................................................. 10

3.2 FUNÇÃO..................................................................................................... 11

3.3 EOSINOPENIA............................................................................................ 11

3.4 EOSINOFILIA.............................................................................................. 11

3.4.1 Síndrome hipereosinofílica idiopática................................................................... 12

3.4.2 Síndrome de eosinofilia-mialgia.......................................................................... 13

4 BASÓFILOS............................................................................................... 14

4.1 ESTRUTURA.............................................................................................. 14

4.2 FUNÇÃO..................................................................................................... 14

4.3 BASOPENIA................................................................................................ 15

4.4 BASOFILIA.................................................................................................. 15

5 MONÓCITOS.............................................................................................. 16

5.1 ESTRUTURA.............................................................................................. 16

5.2 FUNÇÃO..................................................................................................... 17

5.3 MONOCITOPENIA...................................................................................... 17

5.4 MONOCITOSE............................................................................................ 17

6 PLASMÓCITOS.......................................................................................... 19

6.1 ESTRUTURA.............................................................................................. 19

6.2 FUNÇÃO..................................................................................................... 19

7 LINFÓCITOS.............................................................................................. 20

7.1 ESTRUTURA.............................................................................................. 20

7.2 FUNÇÃO..................................................................................................... 20

7.3 LINFÓCITOS T........................................................................................... 20

7.3.1 TCD4............................................................................................................ 21

7.3.2 TCD8............................................................................................................ 21

7.4 LINFÓCITOS B........................................................................................... 21

7.5 CÉLULAS NK (Natural Killer)...................................................................... 22

7.6 LINFOPENIA.............................................................................................. 22

7.7 LINFOCITOSE............................................................................................ 23

8 CÉLULAS-TRONCO.................................................................................. 24

9 CONCLUSÃO............................................................................................. 25

10 REFERÊNCIAS........................................................................................... 26

1. INTRODUÇÃO

As células do sistema imune são denominadas leucócitos, pois são células brancas do sangue. O número de leucócitos por milímetro de sangue no adulto normal é de 5.000 a 10.000. Ao nascimento, o sangue da criança contém 20.000 leucócitos/mm³ de sangue e vai decrescendo com a vida e aos 12 anos atinge a faixa do adulto. Isso ocorre porque a criança ainda não tem as barreiras naturais do organismo completamente desenvolvidas, tendo mais facilidades de contrair infecções de diversas naturezas. Por essa razão é necessário que haja uma população de leucócitos maior para a proteção da criança. Denomina-se leucocitose o fenômeno em que o número destas células sobe acima de 10.000/mm³ de sangue e leucopenia quando desce abaixo de 2.000/mm³ de sangue. Na leucemia (câncer de leucócitos) encontramos mais de 100 mil leucócitos/mm³ de sangue. As células derivadas exclusivamente da medula são nomeadas de acordo com a sua coloração pelo corante universal hematoxilina-eosina. São eles os leucócitos granulócitos: neutrófilos; eosinófilos e basófilos.

Os linfócitos, monócitos e plasmócitos são agranulócitos (sem grânulos no citoplasma), que são identificáveis pela microscopia óptica pela sua imensa massa nuclear que toma quase todo o citoplasma. São células indiferenciadas entre si pela microscopia óptica, entretanto podem ser diferenciadas pelas técnicas imunocitoquímicas que detectam o CD (cluster differenciation) é possível saber que tipo de linfócito está se observando. Os linfócitos são divididos em linfócitos T, linfócitos B e linfócitos NK, sendo o LT responsável principalmente pelo auxílio ao sistema imune e resposta imune celular, o linfócito B responsável pela resposta imune humoral e os linfócitos NK pela resposta imune inespecífica. Os LT e os LB produzem resposta imune específica, pois ambos são estimulados a partir de epítopos de antígeno específico. Neste caso formarão populações monoclonais específicas para atacar o antígeno em questão.

2. NEUTRÓFILOS

Os Neutrófilos ou polimorfonucleares são células sanguíneas leucocitárias responsáveis pela defesa do organismo, sendo sempre as primeiras a chegarem nas áreas de inflamação. Possuem um núcleo formado por dois a cinco lóbulos (bilobulado ou pentalobulado), sendo mais comuns três (trilobulado). Quando está célula é jovem, possui um núcleo não-segmentado em lóbulos, passando a receber o nome de bastonete (nesta fase, o formato do núcleo assemelha-se a um bastonete curvo).

2.1 ESTRUTURA

O citoplasma dos neutrófilos apresenta granulações: os grânulos específicos (muito finos) e os grânulos azurófilos (maiores e mais eletro-densos). São encontrados também, algumas organelas, como retículo endoplasmático rugoso, muito raramente, ribossomos livres, algumas mitocôndrias e um rudimentar complexo de Golgi.

2.2 FUNÇÃO

São as primeiras células a chegarem ao local da lesão. Exercem, a função de defesa através do processo de fagocitose. Significa que estas células possuem a capacidade de englobar e digerir partículas estranhas. Quando detectam a presença de invasores no organismo, ou até mesmo, moléculas produzidas por tecidos danificados. As células endoteliais expressam suas moléculas de adesão (selectinas), acarretando o rolamento dos neutrófilos pela superfície endotelial e em seguida, há a ativação dos neutrófilos ao expressarem suas integrinas (presentes na superfície desta célula). Em seguida há a migração dos neutrófilos para fora dos vasos sanguíneos, sob a influência de substâncias quimiotáticas, que guiam os neutrófilos até o local de inflamação. O processo de fagocitose é dividido em três fases. Primeiro vem a aderência à partícula e sua opsonização; em seguida vem a ingestão dessas partículas e, por último, a destruição delas. Possuem um tempo de vida curto, e morrem no local da inflamação formando pus.

2.3 NEUTROPENIA

A neutropenia existe quando a contagem de neutrófilos maduros (soma dos bastonetes e segmentados) é inferior a 1500/mm3. O paciente neutropênico está mais predisposto a adquirir infecção, seja por bactérias ou por fungos. Existem três classificações de gravidade da neutropenia, baseado na contagem absoluta de neutrófilos, e o risco de infecção é maior quanto menor for a contagem de neutrófilos:

• Neutropenia leve (1000 < neutrófilos <1500) - mínimo risco de infecção.

• Neutropenia moderada (500 < neutrófilos <1000) - moderado risco de infecção.

• Neutropenia severa (neutrófilos <500) - alto risco de infecção.

Alguns grupos populacionais podem ter, normalmente, uma contagem mais baixa de neutrófilos, como negros e pacientes com neutropenia benigna crônica (não costumam apresentar infecção, apesar de níveis baixos de neutrófilos). Além disso, uma variedade de doenças pode causar neutropenia, que podem ser classificadas em:

• Neutropenia por defeito na fabricação (causas medulares) - a análise da medula óssea demonstra alteração na produção dos neutrófilos, seja porque a medula foi substituída por outro tipo de célula (exemplos: leucemias, linfomas, mieloma), seja porque a produção das células dos sangue está reduzida (aplasia de medula, agranulocitose) ou porque apresenta um defeito que impede a maturação e diferenciação adequada (mielodisplasia)

• Neutropenia por aumento na destruição (causas periféricas) - quando a análise da medula óssea se mostra normal, a neutropenia pode ser devida a destruição imunológica (anticorpos) periférica, sepse (infecção generalizada) ou hiperesplenismo (aumento da atividade de retirada de células do sangue pelo baço). Também pode ser associada a distúrbios clonais de linfócitos T. A Síndrome de Felty é uma neutropenia imune (mediada por anticorpo) associada a atrite reumatóide e aumento do tamanho do baço.

2.4 NEUTROFILIA

Neutrofilia é a elevação da contagem absoluta de neutrófilos acima do desejado em um indivíduo sadio de mesmo sexo, idade, raça e estado fisiológico. Os recém-nascidos sadios têm uma contagem de neutrófilos acima do que normalmente é encontrado em outros estágios da vida, e também têm desvio a esquerda. De maneira análoga, as mulheres em idade de reprodução apresentam contagens de neutrófilos um pouco mais altas do que os homens, a contagem varia com o ciclo menstrual. Durante a gravidez, há considerável aumento na contagem de neutrófilos, que se acentua ainda mais durante o trabalho de parto e no período pós-parto; além disso, há um desvio à esquerda (aparecendo no sangue mielócitos e até mesmo raros promielócitos), com granulações tóxicas e corpos de Dohle.

3. EOSINÓFILOS

Estas células, que modulam as respostas inflamatórias alérgicas, são capazes de sintetizar mais de 28 substâncias, cujos mRNAs e proteínas, já foram totalmente identificados. Os eosinófilos são células capazes de estocar a maioria destas substâncias em seus grânulos cristalóides e em pequenas vesículas secretórias, liberando-as rapidamente no meio circundante após serem recrutados e estimulados. Após deixar a medula óssea, os eosinófilos circulam brevemente (meia-vida de 3 a 8 horas) na corrente sangüínea, e então migram para vários tecidos, onde após vários dias são destruídos pelos macrófagos. Para cada eosinófilo na circulação existem de 100 a 300 eosinófilos nos tecidos.

São distribuídos em vários órgãos, pele, glândulas mamárias, útero, vagina e preferencialmente em tecidos com interface aérea, como tubo gastrointestinal, e trato respiratório.

3.1 ESTRUTURA

O eosinófilo humano típico apresenta de 12 a 17 mm de diâmetro, com um núcleo bilobado, sem nucleolo, ocupado parcialmente por cromatina (complexo de DNA e proteínas), mitocôndrias, microtubos, corpúsculos lipídicos (principal depósito de ácido araquidônico), retículo endoplasmático, aparelho de Golgi e grânulos citoplasmáticos intactos.

3.2 FUNÇÃO

Uma vez formados os eosinófilos na medula óssea, entram na circulação sanguínea, mas permanecem ali apenas algumas horas antes de emigrarem para os tecidos do organismo. Quando uma substância estranha entra no corpo, é detectada pelo linfócitos e pelos neutrófilos, que libertam substâncias que atraem os eosinófilos para essa área. A seguir os eosinófilos libertam substâncias tóxicas que atacam os parasitas e destroem as células humanas anormais.

3.3 EOSINOPENIA

A redução do número de eosinófilos circulantes (eosinopenia) ou até mesmo a ausência deste tipo de leucócitos (aneosinofilia) ocorre especialmente em condições nas quais há liberação endógena ou administração exógena de corticóides, tais como:

• Fase aguda dos processos inflamatórios;

• Estresse emocional;

• Após exercício físico intenso;

• No parto;

• Na presença de toxemias, por exemplo, no coma diabético, uremia ou processo hemolítico agudo;

• Choque e outras situações de anóxia;

• Cólicas de qualquer tipo;

• Síndrome de Cushing - hiperadrenocorticismo.

Os eosinófilos são inibidos pelos corticóides, pois estes agem como anti-histamínicos.

3.4 EOSINOFILIA

A eosinofilia é uma quantidade anormalmente alta de eosinófilos no sangue. Não é uma doença, mas pode ser uma resposta a uma doença. Uma quantidade elevada de eosinófilos no sangue habitualmente indica uma resposta apropriada perante a presença de células anormais, parasitas ou substâncias que causam uma reação alérgica.

3.4.1 Síndrome hipereosinofílica idiopática

A síndrome hipereosinofílica idiopática é uma perturbação em que a quantidade de eosinófilos aumenta para mais de 1500 células por microlitro de sangue durante um período superior a 6 meses sem uma causa evidente.

A síndrome hipereosinofílica idiopática pode aparecer em qualquer idade, mas é mais frequente nos homens com mais de 50 anos. Uma quantidade elevada de eosinófilos pode lesar o coração, os pulmões, o fígado, a pele e o sistema nervoso. Por exemplo, o coração inflama-se numa doença chamada endocardite de Löffler, que origina a formação de coágulos de sangue, insuficiência cardíaca ou mau funcionamento das válvulas do coração.

Os sintomas desta síndrome dependem dos órgãos lesados. Pode haver perda de peso, febre, suores noturnos, fadiga geral, tosse, dor no peito, inflamação, dor de estômago, erupções cutâneas, mal-estar geral, fraqueza, confusão e coma. A síndrome diagnostica-se quando se detecta o aumento persistente dos eosinófilos nas pessoas que apresentam estes sintomas. Antes de começar o tratamento, deve assegurar-se que a eosinofilia não é causada por uma infecção parasitária ou uma reação alérgica.

Sem tratamento, geralmente mais de 80 % dos doentes com esta síndrome morrem ao fim de alguns anos; com tratamento, mais de 80 % sobrevivem. A lesão cardíaca é a principal causa de morte. Algumas pessoas não precisam de tratamento e só exigem controle durante 3 a 6 meses, mas a maioria necessita de tratamento com prednisona ou hidroxiureia. Se este tratamento não for eficaz, podem usar-se outros medicamentos, combinados com um procedimento que elimina os eosinófilos do sangue.

3.4.2 Síndrome de eosinofilia-mialgia

A síndrome de eosinofilia-mialgia é uma perturbação pela qual a eosinofilia se combina com dor muscular, fadiga, inflamação, dor articular, tosse, falta de ar, erupções e anomalias neurológicas.

Embora pouco frequente, esta síndrome apareceu nos princípios dos anos 90 em pessoas que tomavam grande quantidade de triptofano, um artigo popular nas lojas de produtos naturais e por vezes recomendado pelos médicos para facilitar o sono. Uma impureza no produto, mais que o triptofano em si, é a causa provável da síndrome.

Esta síndrome pode durar entre semanas e meses depois da interrupção do triptofano e pode causar lesões neurológicas permanentes e, raramente, a morte. Não se conhece qualquer cura, recomenda-se a fisioterapia.

4. BASÓFILOS

Os basófilos são granulócitos encontrados no sangue em pequena quantidade, variando entre 0 a 1% dos leucócitos. Esta célula é grande, com núcleo volumoso, geralmente em forma de "S" e possui grânulos grandes no citoplasma.

4.1 ESTRUTURA

Possui forma esférica e núcleo irregular em forma de trevo. Tem tamanho de aproximadamente 10-15 µm (micrometros). Seu núcleo geralmente é segmentado ou bilobulado, raramente com três ou mais lóbulos. Seu citoplasma é levemente basofílico (cor azul) e quase sempre ofuscado pelos vários grânulos grosseiros corados de roxo. Os grânulos estão dispostos irregularmente cobrindo também o núcleo.

4.2 FUNÇÃO

Os basófilos tem função semelhante ao dos mastócitos. Possui os mesmos mediadores nos seus lisossomos, e possui também receptores de IgE. Participa de reações alérgicas da mesma forma que os mastócitos. A diferença básica entre os basófilos e os mastócitos está no fato de os basófilos serem encontrados no sangue e da estrutura morfológica.

A sua participação no choque anafilático é maior que o mastócitos, pois os basófilos são células que realmente estão presentes no sangue, e liberam os mediadores para a circulação.

4.3 BASOPENIA

Consiste na diminuição do número de granulócitos basófilos presentes no sangue, como acontece em determinadas doenças endócrinas (síndrome de Cushing, hipertiroidismo) e também ao longo do tratamento com medicamentos antitiróideos e determinados anticoagulantes (heparina).

4.4 BASOFILIA

É definida com mais de 150 basófilos por ml. Como na eosinofilia, pode estar associada a reações agudas de hipersensibilidade: Reações alérgicas associadas a urticárias.

Causas mais comuns de basofilia:

• Infecções virais como a varicela e influenza

• Infecções crônicas como tuberculose

• Estados inflamatórios como na artrite reumatóide e colite ulcerativa

• Deficiência de ferro

• Câncer

• Doenças mieloproliferativas

5. MONÓCITOS

O monócito é um leucócito que tem origem medular e é composto por uma série própria (monoblastos, promonócitos, monócitos, macrófagos), entretanto muito próxima da série glanulocítica. Ele é faz parte das células sanguíneas brancas, permanece no sangue cerca de um a três dias na corrente sanguínea antes de serem distribuídos para os tecidos (do baço, pulmão, fígado e medula óssea) evoluindo e dando origem ao macrófago.

Os monócitos podem combater tanto vírus como bactérias e podem receber outros nomes dependendo de sua localização tecidual, como por exemplo: no fígado (células de kupffer), no sistema nervoso (micróglia) e na epiderme (células de langerhans)

5.1 ESTRUTURA

O monócito é a maior célula circulante, tem núcleo irregular em forma de rim e cromatina com aspecto irregular.

• Tamanho ~ 10 – 20 μ.

• Núcleo volumoso, cromatina pouco densa e estrutura filamentosa.

• Com grande polimorfismo e muitas vezes reniforme.

• Citoplasma azul-cinza.

• Os vacúolos são freqüentes.

• 2 tipos de granulas: Maiores, contendo essencialmente enzimas lisossomiais e menores com funções menos conhecidas.

5.2 FUNÇÃO

• Remoção de células mortas, senescentes, estranhas ou alteradas;

• Remoção de partículas estranhas;

• Destruição de microrganismos e células tumorais;

• Participa da imunidade humoral e celular como célula apresentadora de antígenos aos linfócitos T

5.3 MONOCITOPENIA

Quando os valores dos monócitos estão baixos, ocorre uma condição chamada de monocitopenia, que podem ser causadas por: anemia aplástica, uso de corticoides, terapia com imunossupressores, leucemia aguda, infecções e estresse.

Os valores de referência dos monócitos são: 0 - 12% ou 90 - 900/mm3

Um estudo realizado em pacientes com infarto miocárdio submetidos a transplante autólogo de medula óssea mostrou que, embora não tenha demonstrado melhora significativa dos parâmetros ecocardiográficos após 6 meses de estudo, após uma comparação entre outros grupos notou-se que, houve uma melhora nos parâmetros de função sistólica global e segmentar no grupo que recebeu células por via intra-arterial.

5.4 MONOCITOSE

Os valores de monócitos aumentam quando ocorre uma condição chamada: monocitose. Ela surge principalmente em casos de recuperação de infecções agudas (bom prognóstico), infecções crônicas, processos inflamatórios como lupus eritematoso e artrite reumatóide, tuberculose, colite ulcerativa, leucemia monocítica aguda, mieloma múltiplo, Doença de Hodgkin, febre.

6. PLASMÓCITOS

Os plasmócitos produzem anticorpos contra substâncias e organismos estranhos. São ricos em ergastoplasma, são células anti-inflamatórias que tem origem na diferenciação dos linfócitos B que chegam nos tecidos conjuntivos através do sangue, ou seja, são derivados de linfócitos B que durante uma resposta imunitária receberam instruções para se diferenciarem em plasmócitos.

6.1 ESTRUTURA

O plasmócito é uma célula agranulócita e pode ter dois formatos: esférico ou ovóide, cujo citoplasma é habitualmente basófilo em virtude da grande quantidade de ergastoplasma, tendo o citoplasma abundante, rico em Reticulo Endoplasmático Rugoso (RER) e o Golgi é proeminente, aparecendo como espaço claro junto ao núcleo, sendo pouco numerosa no tecido conjuntivo normal e bastante numerosa em locais que possam estar sujeitos a penetração de bactérias (como o intestino e a pele) e em locais com inflamação crônica.

6.2 FUNÇÃO

O plasmócito tem como função sintetizar e secretar ativamente grandes quantidades de proteínas – as imunoglobulinas de várias classes, mais conhecidas como anticorpos, sendo encontrados principalmente na medula óssea e linfonodos.

7. LINFÓCITOS

O linfócito é um tipo de célula branca do sangue (leucócito), produzido na medula óssea. No corpo humano de uma pessoa saudável existem entre 1 mil e 4 mil linfócitos por mililitro de sangue, quando uma pessoa está estressada ou deprimida esse número tende a cair e quando uma pessoa apresenta uma infecção, o número de linfócitos cresce, mostrando que o sistema imunológico está combatendo algum vírus ou bactérias.

7.1 ESTRUTURA

São células que possuem um núcleo esférico, que ocupa quase toda a célula. Células de tamanho entre 5 e 8 micrômetros.

7.2 FUNÇÃO

O linfócito tem como função realizar a defesa do organismo contra agentes infecciosos (vírus, bactérias, substâncias alergênicas e outros organismos estranhos que podem penetrar no corpo humano).

7.3 LINFÓCITOS T

Os linfócitos T são formados no timo e são responsáveis pela produção de anticorpos sanguíneos e também pela imunidade celular e se diferem em células T helper que estimula a transformação do linfócito B em plasmócito, T supressora que inibe a resposta humoral e celular e aceleram o término da resposta imunitária e T citotóxica, age diretamente sobre as células estranhas e infectadas por vírus.

Os linfócitos T se dividem em dois tipos: Linfócitos TCD4 e TCD8.

7.3.1 TCD4

São os controladores de toda resposta imunitária e decidem qual reação desenvolver a uma invasão, ativando ou inibindo todas as outras células imunitárias.

As células TCD4 auxiliares podem se diferenciar em subgrupos de células efetoras que produzem grupos limitados de citocinas que realizem funções diferentes.

7.3.2 TCD8

As células TCD8 reconhecem os peptídeos dos antígenos protéicos intracelulares (citoplasmáticos) e podem requerer auxílio das células TCD4 para se diferenciarem em CTLs efetoras. A função das CTLs é de eliminar as células produtoras de antígenos microbianos citoplasmáticos.

7.4 LINFÓCITOS B

Os linfócitos B têm origem de uma célula mãe na medula óssea e amadurecem até serem especialistas na produção de anticorpos. Após serem ativadas por antígenos, elas se proliferam e se diferem em plasmócitos, que são células produtoras de anticorpos, porém algumas células não se diferenciam em plasmócitos, dando origem a célula B da memória imunitária. Essas células tendem a reagir quando o corpo se expõe novamente ao mesmo antígeno.

7.5 CÉLULAS NK (Natural Killer)

Estas células não apresentam em sua superfície marcadores que apresentem as células B ou as que caracterizam as células T, porém de 10 a 15% dos linfócitos são NK.

As células NK têm como principal objetivo detectar e destruir células tumorais e alguns micróbios. Estes linfócitos libertam enzimas para o interior das células afetadas, levando-as à apoptose celular, impedindo que se multipliquem.

O reconhecimento das células cancerosas é feito com base nos marcadores no exterior da membrana celular. Os marcadores são proteínas que servem para o reconhecimento extracelular. Se a célula apresenta um número inferior de marcadores é considerada anormal e é destruída.

7.6 LINFOPENIA

A linfopenia é definida como uma contagem de linfócitos abaixo de 1.500/mm³, sendo grave quando abaixo de 700/mm³. Pode resultar de anormalidades na produção de linfócitos, na circulação deles, ou na sua perda e destruição.

A causa mais comum de redução na produção de linfócitos no mundo é a desnutrição protéico-calórica. As alterações imunológicas resultantes da desnutrição contribuem para a alta incidência de infecções em populações mal-nutridas. A radiação e agentes imunossupressores também inibem a produção de linfócitos. Existe também uma série de estados de imunodeficiência congênitos. Alguns vírus são capazes de induzir linfopenia por infectar linfócitos, como o do sarampo, o da pólio, da varicela e o HIV.

A redistribuição circulatória dos linfócitos é comum e geralmente representa respostas transitórias a uma variedade de eventos estressores, como infecções bacterianas, cirurgia, trauma e hemorragia. Essas respostas são provavelmente mediadas por altos níveis de corticoides endógenos que induzem a queda nos linfócitos circulantes.

Em pacientes hospitalizados com linfopenia, as principais causas são infecção, cirurgia e corticoterapia.

7.7 LINFOCITOSE

Linfocitose é o aumento no número de linfócitos, podendo ou não estar associada à leucocitose. Ocorre através de infecções virais, desde resfriados comuns até varicela ou hepatite, porém o aumento de linfócitos também pode aparecer em algumas patologias causadas por bactérias, como coqueluche e tuberculose, ou protozoários como a toxoplasmose.

8. CÉLULAS-TRONCO

As células-tronco são células que tem a melhor capacidade de se dividir e dar origem a duas células semelhantes às progenitoras. As células-tronco de embriões tem a capacidade de se transformar, isso ocorre através do processo de diferenciação celular, em outros tecidos do corpo, como ossos, nervos, músculos e sangue. E por ter essa característica, as células - tronco são muito importantes na aplicação terapêutica, sendo potencialmente úteis em terapias de combate a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, Diabetes Mellitus tipo I, acidentes vasculares encefálicos, doenças hematológicas, traumas na medula espinhal e nefropatias.

São encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como no cordão umbilical, na medula óssea, no sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico, conforme descoberta de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Wake Forest, no estado norte-americano da Carolina do Norte, noticiada pela imprensa mundial nos primeiros dias de 2007.

9. CONCLUSÃO

O sistema imune do nosso corpo é de grande eficiência no combate a micro-organismos invasores e responsável pela retirada de células mortas, a renovação de determinadas estruturas, rejeição de enxertos e memória imunológica.

REFERÊNCIAS

ABBAS, ABUL K. ELICHTMAN, ANDREW H. Imunologia Básica - Funções e Distúrbios do Sistema Imunológico, 2003.

Acesso em: 05/10/2014

ASMA BRÔNQUICA, Resposta tardia da asma, Eosinófilos

http://www.asmabronquica.com.br/medical/resposta_tardia_eosinofilos.html

Acesso em: 30/09/2014

BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE

http://www.bireme.br

Acesso em: 27/09/2014

BIOMEDICINA - Assistência á Saúde

http://relatoriobiomedicina.no.comunidades.net/index.php?pagina=1392

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