Genetica

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Roteiro INDIVIDUAL

AULA PRÁTICA DESENVOLVIDA PARA OBSERVAR A MITOSE EM RAIZ DE CEBOLA.

INTRODUÇÃO:

        As raízes que brotam do bulbo da cebola comum (Alium cepa) constituem um excelente material para observar células em mitose. Perto da extremidade das raízes localiza-se um conjunto de células responsável pelo crescimento, o tecido meristemático ou meristema, onde ocorre intensa atividade mitótica. Nesse tecido é possível observar grande número de células em mitose, nas diversas fases da divisão.

        A técnica de preparação de lâminas de raiz de cebola é simples e pode ser realizada até mesmo em um pequeno laboratório, dotado de microscópio de qualidade apenas razoável.

        Deve-se escolher cebolas novas, e delas raspar levemente com uma faca as raízes secas, eliminando-as sem ferir o bulbo. Em seguida, mergulha-se apenas a parte inferior da cebola em um frasco de boca larga com água, mantendo-o em local sombreado. Em cerca de uma semana ou mais aparecerão diversas raízes.

        A técnica de preparação de lâminas consiste simplesmente em ferver as pontas das raízes em corante, esmagando-as em seguida, entre a lâmina e a lamínula de vidro para romper a parede celular e corar as células. Quando aquecemos a raiz de cebola em orceína, isto faz com que a célula inche e ocorra leve separação das células em crescimento, ficando assim mais fácil para serem observadas.

        Para observar a divisão mitótica em raiz de cebola, são essenciais um microscópio, lâminas e lamínulas de vidro para microscopia e corante orceína acética. Os outros itens podem ser improvisados. Por exemplo, a pinça de madeira pode ser feita de um pregador de roupa, os estiletes podem ser feitos de agulhas fixadas a um cabo de madeira e a placa de Petri pode ser substituída por um pratinho. Antes de começar, providencie o seguinte material:

1. cebolas com raízes recém-cortadas;
2. tesoura pequena;
3. tubo de ensaio;
4. pinça de madeira;
5. orceína acética a 70% (corante orceína diluído em ácido acético a 70%);
6. bico de bunsen ou lamparia de álcool;
7. placa de Petri;
8. um par de estiletes;
9. conta-gotas;
10. Lâminas e lamínulas para microscopia;
11. papel de filtro (mata-borrão ou qualquer papel absorvente como coador de café);
12. microscópio.

Com a tesoura, corte as pontas de algumas raízes a uns 2 ou 3 mm da extremidade e coloque-as no tubo de ensaio, juntamente com 0,5 a 1 mL de orceína acética a 70% (com conta-gotas ou pipeta);

Aqueça a lateral do tubo na chama da lamparina, perto do corante, até que este comece a ferver. Nunca coloque o fundo do tubo diretamente na chama, nem aponte a boca do tubo para seu rosto ou para o de outra pessoa, pois a orceína fervente pode espirrar. Deixe que o corante atinja a fervura por 3 a 4 vezes e despeje o conteúdo do tubo na placa de Petri ou em recipiente semelhante.

        Com o auxílio dos estiletes, transfira uma ou duas pontas de raiz para a parte central da lâmina. Com o conta-gotas, acrescente uma gota de orceína fria sobre as raízes, e pique-as com os estiletes.

        Coloque a lamínula sobre o material, evitando a formação de bolhas de ar. Isso pode ser conseguido encostando primeiramente uma das bordas da lamínula na gota de corante, para só então, cobrir, devagar, o material.

        Dobre ao meio um pedaço retangular de papel absorvente (10 x 15 cm) de modo que ele fique com o formato de uma carteira. Coloque-o sobre a mesa e ponha a lâmina, com a lamínula para cima, entre as duas metades do papel dobrado. Com o polegar, esmague levemente a lâmina entre o papel absorvente. Evite pressionar demais, e também não deixe a lamínula deslizar sobre a lâmina, pois isso estragaria a preparação.

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