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Literatura

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Por:   •  18/3/2014  •  1.376 Palavras (6 Páginas)  •  741 Visualizações

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O papel da mulher Romântica

A mulher era vista pelos escritores românticos como um ser distante, que era idealizado por aquele que a amava. Esta idealização era expressa nos elogios de que era objeto e na sensação de que não se era digno de merecer o amor desta mulher. No período romântico a mulher vivia essencialmente no ambiente doméstico, ou como ajudante nos ambientes sociais, acompanhando o cavalheiro, servindo-lhe de adereço, para embelezar ou dar aspecto mais atraente a pessoas.

As leituras femininas restringem-se, em sua grande maioria, aos romances franceses, enquanto os homens aventuravam-se pela política, pela filosofia e pelas ciências em geral.

A Revolução Industrial trouxe uma série de transformações, inclusive na literatura. Trazendo para a sociedade aspectos muito bons e outros ruins. Um dos aspectos negativos foi à corrida imperialista entre as potências industrializadas, tendo como conseqüência as guerras geradas pelas disputas de territórios. O aspecto positivo é que, com as guerras, a mulher passou a ser novamente uma personagem importante nas nações beligerantes, já que foram a partir destes acontecimentos, em meio às guerras, que elas começaram a conquistar o seu lugar no mercado de trabalho. Mas infelizmente não foi fácil a luta que elas tiveram que enfrentar para que isso realmente acontecesse.

É dentro dessa conturbada atmosfera que se deve compreender o aparecimento do romantismo, expressão literária do recém-inaugurado ciclo ideológico. Enquadrado em momento tão crítico para a história de Portugal, entende-se porque a aceitação da reforma romântica não foi pronta nem calorosa: só a calma trazida pela Regeneração permitiria o florescimento do ideário romântico entre os letrados portugueses.

Neste período, de revolução romântica, a obra que mais marcou foi à novela Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco. Essa obra surgiu como forma de representar esta nova fase da literatura portuguesa podendo ser considerada como a obra-prima do chamado Ultra- Romantismo. Nesta novela Camiliana passional e exemplar pela temática, o escritor Camilo Castelo Branco levou as ultimas conseqüências a idéia de submeter à vida aos conselhos do sentimento. A obra trata do amor impossível, e discute a oposição entre a emoção e os limites impostos pela sociedade à realização dos ideais românticos. Na história o mesmo amor que redime resulta em morte, característica típica de um romance ultra-romântico.

Considerando que Camilo Castelo Branco escreveu a história em Portugal do século XIX e que a obra pertence ao Romantismo Português é importante salientar a existência de uma característica predominante para a época e que vem reforçar o papel da mulher na sociedade deste tempo. Atentando para a idealização da mulher que na obra estudada na época é feita por Teresa.

A mulher é indissociavelmente ligada ao conhecimento de amor ocupando um lugar de destaque. Ora a mulher era representada com graciosidade e delicadeza, em harmonia com os princípios árcades, ora sob o signo de um amor que parece ignorar a ordem racional, aproximando-se do romantismo. Nesse sentido, o sentimento amoroso vincula-se quase sempre ao sofrimento, natural da indiferença da mulher amada ou do ciúme que ela pode chegar à desperta.

Em todas as obras românticas, ultra-românticas, seja da primeira, segunda ou terceira geração, a mulher sempre é vista pelos sentimentos de dor ou sofrimentos, que segundo autores dizem ser as características da índole feminina, haja vista, para um anseio mais fino, apurado e sensível que transcende na literatura sendo o mais delicado objeto artístico.

A mulher no papel romântico não só na literatura romântica brasileira, mas como em outros países, como Portugal, transcende sua personagem cheia de ambigüidade, com certa maneira de lidar com tudo e com toda uma figura almejada e idolatrada pelos seus amados. Hoje, notamos que não só Castelo Branco conceituou em suas obras, como também, outros famosos autores formaram uma opinião sobre a posse da mulher amada, e posteriormente, o momento em que a separação seria fatal. Salientamos também que o caráter excepcional da personagem evidencia indiscutivelmente ao perfil feminino romântico.

Estilos Românticos

Existem dois tipos fundamentais para o estilo romântico: o egocentrismo e o nacionalismo.

O egocentrismo: também chamado de subjetivismo, ou individualismo. Evidencia a tendência romântica à pessoalidade e ao desligamento da sociedade. O artista volta-se para dentro de si mesmo, colocando-se como centro do universo poético. A primeira pessoa "eu" ganha relevância nos poemas.

O nacionalismo: corresponde à valorização

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