Movimentos Estéticos

Cubismo

Começou em Paris, durante as duas primeiras décadas do século XX. As primeiras pinturas cubistas surgiram em 1912, o quadro “Les demoiselles d’Avignon”, de Picasso, é conhecido como o marco inicial do cubismo. Considerado o movimento mais influente desse século foi liderado por Pablo Picasso e George Braque. Durante esse período foi feitas imagens de pessoas, objetos domésticos e lugares, neste estilo os artistas pintaram objetos achatados e eliminando a sensação de tridimensionalidade, era um tipo de arte considerada mental, ou seja, desligava-se totalmente da semelhança com a natureza. As naturezas mortas urbanas e os retratos são temas recorrentes nesse movimento. Uma obra de Braque que chama atenção pelas suas formas geométricas é o “Homem com violão” o qual exemplificou a fase do cubismo analítico, que mostrava as obras com várias formas geométricas, o cubismo em sua forma mais pura. O prazer e o otimismo passaram a fazer parte do cubismo com a chegada das obras de Fernand Léger, que cria uma série de composições baseadas em cores primárias, mais parecidas com desenhos que com pinturas. O Cubismo chegou ao Brasil somente após a semana de arte moderna de 1922, entre os artistas principais podemos citar Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Rego Monteiro e Di Cavalcante. O uso constante de colagem também era uma característica forte do movimento cubista, caracterizando a fase do cubismo sintético, introduzindo nos quadros elementos da vida cotidiana, foi essa característica que antecipou o surgimento do Dadaísmo, Surrealismo e finalmente o Pop-Art.

Barroco

Barroco vem das palavras disforme, absurdo e grotesco. O movimento teve inicio no século XVII e durou até o século XVIII, foi marcado pela dramaticidade, realismo, dinamismo e contrastes fortes, esse movimento buscava captar a realidade em pleno movimento e embelezar portas e janelas como anjos, flores, cobertas de ouro. A arte barroca mistura a espiritualidade da Idade Media com a racionalidade do renascimento, O homem se vê colocado entre o céu e a terra, consciente de sua grandeza, mas atormentado pela ideia de pecado e, nesse dilema, busca a salvação de forma angustiada. Os artistas italianos Michelangelo Merisi da Caravaggio e Annibale Carracci foram os principais responsáveis pelo inicio deste movimento. O barroco tem uma presença forte dentro das igrejas, já que muito das suas obras foram encomendadas pela igreja católica, que davam a ilusão de movimento e ampliação do espaço, muitas vezes a pintura dava a impressão de realidade. O movimento barroco foi caracterizado pela decoração pesada e o uso abundante de luzes e sombras em suas obras dando maior realismo as pinturas. Um grande exemplo disso são as obras de Diego Velázquez, pintor espanhol que era responsável por pintar retratos da corte e da família real. Em sua obra “As meninas”, Diego usa técnicas de luz e textura para ressaltar a beleza da filha do Rei Felipe IV. O barroco também influenciou aos artistas a pintarem naturezas mortas e o interior das casas, refletindo os gostos burgueses nos quadros. Foi o movimento barroco, trazido por intermédio dos Jesuítas, que deu início a arte no Brasil, com nomes como Antônio Francisco Lisboa ou Aleijadinho e suas belíssimas esculturas, Gregório de Matos ou boca do inferno com seus poemas satíricos e religiosos e o Padre Antônio Vieira com seus lindos e famosos sermões. Na literatura, o barroco abusou de antíteses, paradoxos e interrogações, palavras rebuscadas, nela os sentimentos se exaltavam, a paixões não eram mais regadas de razão, buscavam por meio das figuras de linguagem exprimir esses estados de alma. Temas bastante abordados nos texto são arrependimento, castigo, como decorrência do pecado, erotismo, morte e o apelo pela religião.

Impressionismo

O impressionismo é símbolo de modernidade, usando cores intensas, procurava demostrar cenas da vida cotidiana em tons vivos e ousados. O movimento surgiu na Europa durante o século XIX a partir de um comentário do critico de arte, Louis Leroy, sobre a obra “impressão, sol nascente”, de Claude Monet. No impressionismo as cenas eram mais espontâneas, os artistas costumavam retratar a vida cotidiana em suas obras, o mais importante para eles era a impressão imediata da pintura, o instante único. Os artistas da época são conhecidos por romper completamente com o passado e serem contra a cultura tradicional, foi uma reação ao Romantismo. Entre os pintores da época estão Claude Monet, Édouard Manet, Camille Pissaro, Renoir, Frédéric Bazille, Gauguin, Van Gogh, eles pintavam ao ar livre e deixavam suas esculturas inacabadas, para mostrar certo desleixo, esse era a grande característica das obras do movimento. Nas obras do impressionismo é como ver ilusões de ótica, sombras luminosas e coloridas, ausência de contorno, borrões de tinta, pinceladas soltas e cores intensas e ousadas, tudo isso por causa da chegada da fotografia, em que a pintura perdia seu espaço, por isso os impressionistas tentaram reproduzir em seus quadros efeitos como se fossem fotografias, pode-se ver varias obras com vultos. Uma grande fonte de inspiração dos impressionistas foram as gravuras japonesas que surgiram na França em 1950. O impressionismo marcou a arte moderna com suas pincelas ousadas e efeitos vibrantes de luz.

Expressionismo

O expressionismo procurava retratar os sentimentos e as emoções dos autores, fugia da retratação certa e objetiva da realidade, ele levava o movimento Impressionista mais além. Desenvolveu-se principalmente na Alemanha. Esse movimento revela o lado pessimista da vida, desencadeado pelas circunstancias históricas do momento, como a modernização, o isolamento, a alienação, a massificação, com isso eles revelavam os sentimentos mais profundos do ser humano, a angústia existencial. As forças psicológicas estão retratadas nas cores fortes e puras, nas formas retorcidas e na composição agressiva, a luz e a perspectiva não importam muito, tanto que são propositalmente alteradas. As raízes desse movimento podem ser encontradas nas pinturas negras de Goya e nas técnicas de pintura e profundidade psicológica das obras de Gauguim e Van Gogh. Os maiores representantes foram Much com seu quadro famoso, “O grito” e o Belga