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Nomenclatura Da Administração De Enfermagem

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Por:   •  3/11/2014  •  1.860 Palavras (8 Páginas)  •  418 Visualizações

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Nomenclatura da administração de enfermagem

É de fundamental importância uma linguagem específica da profissão e a CIPESC® Classificação Internacional para as Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva tem como um dos objetivos desvelar a atuação dos enfermeiros na saúde coletiva. No Brasil, a ABEn, responsável pela classificação, encontrou na Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba - PR aliada para efetiva implantação. O objetivo deste artigo foi validar a nomenclatura dos 52 diagnósticos de enfermagem do pré-natal - base CIPESC® - Curitiba. É um estudo exploratório-descritivo, desenvolvido com enfermeiras assistenciais e com experts na área de gineco-obstetrícia e terminologia. Os resultados foram apresentados pelo Índice de Concordância por meio de frequência absoluta, todas as definições foram validadas, porém necessitam de adequações à linguagem cotidiana. As enfermeiras apresentam dificuldades para interpretar intervenção de enfermagem na promoção do bem-estar, sendo premente a discussão do conceito de promoção à saúde e o processo saúde-doença na saúde coletiva.

INTRODUÇÃO

A existência de uma linguagem específica para a profissão, contemplando o trabalho da enfermagem na saúde coletiva, que seja utilizada por profissionais em todo o mundo, é uma tentativa para visibilizar o enfermeiro no processo de trabalho em saúde.

A proposta para o desenvolvimento de uma Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem – CIPE® foi apresentada ao Conselho Internacional de Enfermeiros - CIE, durante o Congresso Quadrienal, em Seul-Coréia - 1989, justificada pela.

impossibilidade de designar os fenômenos específicos da Enfermagem, o que impedia o reconhecimento adequado da sua contribuição para a saúde e, consequentemente, para os cuidados de saúde.

e, desde então, o conselho realiza estudos para uma Classificação Internacional, agregando todas as classificações já desenvolvidas mundialmente.

Pode-se considerar o sistema classificatório da prática de enfermagem como uma busca na definição

de novos saberes/fazeres de intervenção, centrados nos conhecimentos da ciência da enfermagem que estão surgindo das descrições, explicações e prescrições dos investigadores da enfermagem em todo o mundo. Ciência esta que traz os paradigmas da integralidade do ser humano e da determinação social da saúde e da doença.

As primeiras edições da CIPE® já foram lançadas e sua construção trata-se de processo contínuo. Na revisão da versão Alfa da CIPE® percebeu-se um direcionamento da nomenclatura para a área hospitalar, o que determinou que o CIE orientasse a realização de um projeto internacional para o âmbito da saúde pública e coletiva, em 1994, na cidade de Tlaxcala/México.

No Brasil, como resultado da Reforma Sanitária, ocorreram mudanças paradigmáticas no campo da saúde, surgindo o Sistema Único de Saúde - SUS, avançado enquanto proposta e dependente de um novo esforço de todas as pessoas envolvidas à sua devida implantação. Por esta razão o país passa a ser considerado campo fértil para aplicação de modelos direcionados à Saúde Coletiva, justificando a escolha do mesmo como um dos contribuintes para a CIPE®.

A entidade responsável pela colaboração neste processo foi a Associação Brasileira de Enfermagem-ABEn por meio do projeto CIPESC-Classificação Internacional para as Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva, desenvolvido de 1996 a 2000, cujas principais propostas eram: o estabelecimento de mecanismos de cooperação para a classificação, uma revisita às práticas de enfermagem diante da realidade do SUS, assim como permitir a troca de experiências e interlocução nacional e internacional.

Para atender às demandas originárias do desenvolvimento do projeto, a ABEn propôs continuidade do Projeto CIPESC®, este seguimento tem como propósito promover a sensibilização dos profissionais de enfermagem para a reflexão do seu trabalho na perspectiva da resolutividade, equidade, integralidade e qualidade da atenção à saúde nos serviços de saúde utilizando, como instrumento de sistematização do trabalho, a CIPESC®. Deve-se apontar que dentre os objetivos do projeto pontua-se a validação da linguagem especial nas práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva.

Acredita-se que a continuidade da segunda fase do projeto CIPESC, após 2000, é trabalho contínuo da ABEn e de suas associadas ligadas à assistência, gerência, docência e pesquisa em saúde e enfermagem para alcançar oportunidade, efetividade e qualidade dos cuidados de enfermagem à população brasileira ligados ao trabalho em saúde no SUS.

A partir desta premissa, um grupo de enfermeiras da Secretaria Municipal da Saúde-SMS de Curitiba-PR percebeu o valor do trabalho desenvolvido pela Associação e concluiu que este seria o marco inicial e base estrutural para a Sistematização das Práticas de Enfermagem na rede. Adaptou, por meio de exaustivo trabalho coletivo, a classificação para o sistema informatizado utilizado no município.

Dentre as ações programáticas desenvolvidas na cidade, o Programa Mãe Curitibana propõe a garantia do suporte à saúde durante a gestação, parto e puerpério, tendo importante inserção da prática assistencial do enfermeiro. Por esta razão o grupo de construção da Sistematização das Práticas de Enfermagem de Curitiba decidiu começar seu constructo pela assistência à Mulher.

Em julho de 2004, o resultado deste trabalho foi implantado no prontuário eletrônico e enfermeiros da rede municipal usam a base CIPESC®, no tema saúde da mulher, totalizando 92 diagnósticos de enfermagem e 220 intervenções decorrentes destes, sendo que 52 diagnósticos são específicos do Pré-natal.

Após a implantação, desenvolveram-se oficinas de avaliação em sete distritos sanitários do município de Curitiba entre agosto e setembro de 2004, nas quais 109 enfermeiros (assistenciais e gerenciais) participaram e auxiliaram na identificação dos pontos positivos e dos que ainda precisavam ser aprimorados na implantação da CIPESC®- Curitiba, demonstrando uma análise coletiva do trabalho do enfermeiro com a utilização de um instrumento inovador, neste momento um dos assuntos abordados referia-se a necessidade do uso de uma linguagem unificada.

A validação de nomenclatura deste processo de construção é necessária, pois, os diagnósticos de enfermagem geralmente nascem de processos indutivos e dedutivos, sem o apoio de literatura(11). Cabe ressaltar que 54 novos termos identificados no projeto CIPESC®/ABEn (1996/2000) foram submetidos à validação de conteúdo e a metodologia utilizada

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