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O Casaco De Marx

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Por:   •  8/9/2014  •  2.563 Palavras (11 Páginas)  •  510 Visualizações

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MODA E CULTURA

AULA 1: MODA, CULTURA E O TEMPO

Habitamos um tempo no qual nos é exigido repensar diversas categorias e pressupostos. um momento histórico, no qual noções de velocidade, tempo, espaço, trabalho e saúde - só para começar - se transformam profundamente, produzem mudanças nas percepções e interações do sujeito com seu corpo. É um tempo "sofrido" para o corpo, objeto de interesses diversos, foco excessivo de exposição na mídia e, até mesmo por isso, estrela do momento. Não só na Moda, mas também nas Artes Plásticas, na Fotografia, na Ciência, na Tecnologia. Suas inquietações ocupam lugar especial de discussão (página 62). MESQUITA, Cristiane. Moda contemporânea: quatro ou cinco conexões possíveis. São Paulo: Editora Anhembi Morumbi, 2010.

Desde o passado mais remoto o corpo não só é a forma do que conhecemos como ser humano, como tem sido objeto de adoração e de dor, meio de comunicação, instrumento de integração social ou suporte para rituais. Invólucro do sopro divino para inúmeras religiões é também visto pelos artistas como uma tela em branco pronta para ser modificada, como fez a artista francesa Orlan, que usa seu corpo como superfície para experimentações e reconstruções. No contexto urbano, tatuagens e piercings classificam grupos sociais, enquanto escarificações delimitam tribos indígenas até os dias atuais. Tão difícil quanto a compreensão social do corpo por sociedades alheias é classificá-lo fisicamente como belo ou feio (página 111).

HOLZMEISTER, Silvana. O estranho na moda: a imagem dos anos 1990. São Paulo: Estação das Lettras e Cores, 2010.

AULA 2: MODA, TEMPO E MULTIPLICIDADE

A Moda compõe-se e é composta no "espírito do tempo" de determinada sociedade. Cada época tece seus fios de determinada forma e os "desenhos do rosto e do corpo no mundo" se desfazem e se refazem incessantemente. E é principalmente sobre a pele, "uma subjetividade que ganhou o lugar privilegiado de estar ao mesmo tempo no corpo e no mundo" (SANT'ANNA, 1995), que se apresenta a forma comumente chamada de indivíduo, sujeito ou mesmo de "eu" ou de "você".

MESQUITA, Cristiane. Moda Contemporânea: quatro ou cinco conexões possíveis. São Paulo: AnhembiMorumbi, 2010. Página 15.

SANT'ANNA, Denise Bernuzzi de. (Org.) Políticas do corpo: elementos para uma história das práticas corporais. São Paulo: Estação Liberdade, 1995.

Podemos pensar que a mudança na aparência ou na superfície, ou ainda no corpo, acaba gerando aparência de mudança, pois sugere, incessantemente, novas ideias para o "eu". Novas roupas, novas cores e cortes de cabelo, piercings...Novo estilo, acessórios diferentes, marcas registradas, a "sua nova cara"...

A moda é terreno fértil para estes movimentos, especialmente ao romper com uma certa unidade estilística presente até a década de 1950, partindo para uma pulverização de propostas. Enquanto isso, as pessoas acreditam cada vez mais estar "criando identidades" com os seus looks.

MESQUITA, Cristiane. Moda Contemporânea: quatro ou cinco conexões possíveis. São Paulo: AnhembiMorumbi, 2010. Página 19.

Nossas vidas cotidianas tornaram-se cada vez mais comercializadas, há um número crescente de mercadorias em circulação e cada vez mais tentamos satirfazer nossas necessidades e desejos através do consumo de mercadorias e serviços. Que significa dizer que vivemos hoje numa 'sociedade de consumo"?

SVENDSEN, Lars. Moda: uma filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

Capítulo 7: Moda e consumo - p.127

AULA 3: CORPO MODA E SOCIEDADE:

Com o progresso das cidades, da vida pública e o desenvolvimento da fisiognomonia - estudos sobre as ligações entre aparência e essência do indivíduo -, o século XVI enfatiza a sensação de identidade pelo que é visível no corpo humano. Desde então, esse é um sentimento que só vai se acentuar com o correr do tempo: "a massificação do uso dos espelhos, o surgimento da fotografia e, em seguida, a democratização do retrato fazem parte dessa intensificação do gosto pela contemplação de uma subjetividade que se acredita estampada nas aparências (SANT'ANNA, em Corpo e história - Caernos de subjetividade - dossiê subjetividade, 1995).

Daí para cá, um longo caminho se fez na compreensão e modos de relação entre esses campos. Principalmente, após o advento da Psicanálise, no final do século XIX, o corpo biológico como 'verdade', como origem e causa de todos os males perde espaço enquanto seu lugar de depositário de conflitos da psiquê aparece.

O século XX vai privilegiar a ideia de corpo como linguagem, informação, meio e mensagem, além de nos trazer - no grande balaio de gatos no qual vivemos -, novamente, o aguçar da ideia de identidade individual a partir do corpo e os extremos da ânsia para torná-lo via de "expressão do eu". Isso tudo, além da ampliação das possibilidades de interferência, decoração, transformação e ainda a intensificação da via de tecnologização e mercantilização do corpo em várias instâncias: da compra de maiores peitos e bumbuns ao comércio de órgãos e óvulos (MESQUITA, 2010, p. 60-61).

NA CULTURA DA MODA, É PRECISO CONSIDERAR OS DETALHES VISUAIS QUE O CORPO EXPRESSA COMO TRAÇO IDENTITÁRIO, VEICULADO NO BINÔMIO LINGUAGEM-CULTURA

A moda se faz mais que embalagem do corpo, enuncia e implementa o vestuário para além da dimensão utilitária e/ou primordial.

COMO PARADOXO A SER OBSERVADO, O CORPO É UM ELEMENTO-CHAVE DE UM DESFILE DE MODA, CAPAZ DE PROPORCIONAR ESSE ENCONTRO FECUNDO ENTRE TECIDO E PELE, CONTAMINANDO O OLHAR DO PÚBLICO QUE CONTEMPLA E ADMIRA O DESLIZAR DA FORMA.

ROUPA SERVE PARA VESTIR O CORPO E MODA SERVE PARA COMUNICAR. (GARCIA, 2005, P. 62-65)

AULAS 4/5: O CORPO, A MODA E O TEMPO

ANOS 1980 - MODA "FETICHE":

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