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O Câncer e Apoptose

Por:   •  27/5/2016  •  Seminário  •  1.890 Palavras (8 Páginas)  •  703 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES

CÂNCER E APOPTOSE

Gabriela Thaís Theisen

Maiara Porto

Michele Korthuis

Mônica Wlach

Disciplina de Biologia Celular

1º semestre, 2016

Resumo

O corpo humano contém milhões de células, e cada uma delas está programada para se multiplicar e morrer, preservando as funções e o formato dos tecidos. Este ciclo ordenado é controlado pelo núcleo da célula, o qual contém cromossomos com muitos genes feitos de DNA. Quando um desses genes sofre mudanças, o núcleo envia ordens anormais e a célula sofre uma mutação. Ela se multiplica descontroladamente, prolifera-se desordenadamente e forma um tumor, que consequentemente pode formar um câncer. Apesar da enorme variabilidade do câncer, evidências demonstram que a resistência à apoptose é uma das características mais marcantes da maioria dos tumores malignos, pois ao inibir esse processo de morte celular programada, as células não conseguem morrer, com isso, não parar de reproduzir-se. Apoptose é um processo essencial para o desenvolvimento dos seres vivos, sendo importante para eliminar células dispensáveis ou defeituosas. Então além de desempenhar um papel importante no controle de diversos processos vitais, está associado ao câncer. A demonstração de que a apoptose é um mecanismo inato de defesa antineoplásica e que vários agentes quimioterápicos agem através da indução desse tipo de morte celular levou a uma intensa investigação dos mecanismos moleculares da apoptose e sua aplicação no tratamento do câncer.

Introdução

Os cânceres podem ser causados por diferentes fatores de risco e hoje é bem conhecida a sua etiologia. É uma doença de diversas causas, como os fatores ambientais, culturais, socioeconômicos, estilos de vida ou costumes, com destaque para: fumo e álcool, maus hábitos alimentares, exposição a radiações e poluição, alguns compostos químicos, alguns vírus, baixa imunidade crônica, fatores genéticos e o próprio processo de envelhecimento. As neoplasias (tumores) têm crescido em todo o mundo e ocupam a segunda causa de morte na maioria dos países. No Brasil, uma em cada 80 pessoas tem câncer. Existem mais de 100 tipos diferentes de câncer, e dentre esses, os tipos prevalentes no Brasil são: pele não melanoma, intestino, pulmão, próstata no homem, e mama na mulher.

Mais de 60 trilhões de células compõem o corpo humano. E quando o corpo precisa, nossas células dividem-se em duas e substituem as que estão defeituosas ou que chegaram ao fim de sua vida útil. Isso possibilita que nossos tecidos preservem o seu formato e as suas respectivas funções no passar do tempo. Toda célula, portanto, está programada para se multiplicar e morrer. Esse programa ordenado, porém complexo, é controlado pelo centro da célula, o núcleo, o qual contém cromossomos com genes feitos de DNA. Por vezes, alguns desses genes passam por mudanças, fazendo o núcleo, então, enviar ordens anormais, dessa forma e a célula sofre uma mutação. Ela se multiplica descontroladamente e toma rumo próprio, e cada nova célula produzida possui o mesmo defeito. As células se proliferam desordenadamente e formam um tumor. Esse processo pode ser curto, mas, em geral, é longo, dez a trinta anos podem separar o nascimento da primeira célula anormal do surgimento de um tumor com cerca de 1 cm cúbico.

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Embora o câncer exiba características muito heterogêneas, todos os tumores malignos adquiriram a propriedade de crescer além dos limites impostos às células normais. A expansão clonal de uma célula transformada depende de um descontrole da sua capacidade proliferativa e de uma progressiva incapacidade de morrer por apoptose. Portanto, apesar da enorme variabilidade do câncer, evidências demonstram que a resistência à apoptose é uma das características mais marcantes da maioria dos tumores malignos. Por isso que a compreensão dos mecanismos apoptóticos permitiu o desenvolvimento de novas estratégias no tratamento do câncer. Tais estratégias são embasadas na indução da morte nas células tumorais e em uma maior resposta aos tratamentos com radiação e agentes citotóxicos.

Por que a célula se torna cancerosa? 

Existem muitos fatores que acarretam a ocorrência de mutação em uma célula, que podem ser de diferentes graus: anomalias genético-hereditárias; exposição a alguns vírus (HIV, hepatite B, C, D, papiloma vírus e vírus de Epstein-Barr); exposição de alguns agentes tóxicos (produtos químicos, radiação, sol...); comportamentos não saudáveis, como o consumo de álcool e tabaco, ou uma dieta muito rica em gorduras e pobre em vegetais e frutas.

Como o tumor sobrevive?

O tumor forma vários vasos sanguíneos, que irão suprir o tumor com oxigênio e nutrientes, permitindo-o viver e crescer. A isso chamamos de fenômeno da angiogênese. O tumor, entretanto, só se torna perigoso quando as células cancerosas começam a invadir, através dos vasos, as áreas próximas e a se espalhar pelos órgãos vizinhos. Essas células podem, então, invadir outras partes do corpo, multiplicar-se e produzir novos tumores. Metástase é o termo usado para esse processo de disseminação.

A membrana plasmática das células tumorais

A fluidez membranária pode aumentar, ela depende de um aumento da instauração dos fosfolipídios e de uma queda da quantidade de colesterol membranário. Já as junções intercelulares, como os desmossomos, se desestabilizam, com isso a adesividade diminui e desaparece. As células cancerosas se tornam móveis, mas não se deslocam graças a movimentos ameboides, e sim, graças às membranas ondulantes, isso facilita o seu deslocamento pela corrente sanguínea, e a disseminação por outras partes do corpo. A antigenicidade se modifica, o que decorre das mudanças da organização molecular do núcleo. A identidade antigênica da célula é modificada pelo aparecimento de novos antígenos, enquanto outros antígenos desaparecem ou não se exprimem mais. As células neoplásicas se tornam, então, estranhas para o organismo, que põe em funcionamento os mecanismos imunológicos de rejeição, porém normalmente sem sucesso. Então, ao perderem a inibição de contato e a sua adesividade, as células cancerosas se propagam pelo organismo e criam metástases.

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