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O objetivo da teoria darwiniana

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Por:   •  29/12/2014  •  Artigo  •  1.410 Palavras (6 Páginas)  •  495 Visualizações

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James Lennox, autor deste texto, analisa a primeira edição do livro de Charles Darwin, A Origem das Espécies em 1859, focando-se no impacto e consequências das discussões filosóficas sobre a natureza da ciência durante a vida do naturalista, bem como o impacto do seu pensamento, escrita e pesquisa ciêntifica na filosofia.Contudo, Darwin não era filósofo, mas o que é importante aqui discutir é o impacto da filosofia no Darwinismo e o impacto do Darwinismo em temas de origem filosófica.

A teoria Darwinista tem como objectivo a explicação da história e a diversidade da vida com base num processo evolucionista. Inicialmente, o Darwinismo centra-se em cinco temas filosóficos: probabilidade e chance; a natureza, o poder e o alcance dos temas; adaptação e teleologia; nominalismo e essencialismo sobre as espécies e; o tempo e o modo da mudanças evolucionistas. A forma como Darwin expõe a sua teoria, centrado-se nestes temas, é a principal razão pela qual o Darwinismo se destaca de todas as outras abordagens da biologia evolucionista.

De acordo com Jean Gayon, Darwin não só influenciou vários debates, mas levantou também um problema isomórfico entre o Darwinismo de Darwin e Darwinismo histórico, e que este contribuio para limitar o desenvolvimento conceptual e empírico da biologia evolucionista. (Gayon 2003, 241)

Durante a viagem do Beagle, Darwin leu Os Principios da Geologia de Charles Lyell, um trabalho de visão filosófica e valor empírico, histórico e científico, usando os registos fósseis, que influenciou o naturalista. Darwin, através das suas observações e leitura, concluio que o registo fóssil e a distribuição das espécies só era possivel através de uma modifiação gradual de uma espécie para outra. Assim, Darwin decidiu elaborar uma teoria de acordo com os principios de Lyell.

Outra grande influência foi Hershel, este afirma que o começo de novas epécies é o grande mistério. Desta forma, e através desta afirmação, Darwin encontra uma justificação filosófica para a sua teoria. No entanto, Hershel não apoio algumas ideias chave na teoria Darwinista após a sua publicação.

A seleção natural é um processo de transformações graduais nas espécies, estas devem-se maioritariamente ao facto da escassez de recursos, doenças e perdadores, e são no fundo uma consequência da luta pela sobrevivência. Alguns individuos possuem caracteristicas mais vantagosas, tais como imunidade a doenças, e mecanismos de defesa contra predadores. Desta forma, estando os indiviuos mais aptos, existe uma maior probabilidade de deixarem descendência. Por sua vez, estas caracteristicas são transmitidas através da hereditariedade aos seus sucessores e, segundo Darwin, concedendo um longo periodo de tempo, a transmissão destas diferenças para os seus antepassados irão resultar numa nova espécie.

O primeiro problema filosófico da teoria Darwinista está relacionado com a linguagem de “tendências” e “frequências” e, como o autor refere,torna-se uma “teoria estatística”, baseada na chance e nas probabilidades. Não se consegue provar, através das variações vantagosas dos individuos que estes sobrevivam ou se reproduzem mais que os individuos menos adaptados, ou então, que todos os ambientes suportem todas as gerações futuras.

A seleção natural, desde o seu inicio, sempre levantou muitas questões. Uma das principais era claramente a pergunta: então e Deus? Bem, é aqui que começa o segundo problema, será a seleção natural uma “causa intermédia”, sustentada por um designer, ou seja Deus? Ou será o oposto? Será possivel criar novas espécies ou a natureza elimina aquilo que já foi criado por outra alternativa? Outra pergunta surge através de Wallace, pois segundo o autor: “(...) Wallace always felt that “selection” inappropriately imported anthropomorphic notions of Nature (...)” (James Lennox, 2010), ou seja, a atribuição de caracteristicas humanas a outras espécies. Assim, surge uma nova questão, será possível que a seleção natural, se extenda também aos humanos, sendo a razão pela qual nos diferenciamos das outras espécies?

Isto leva-nos ao problema filosófico centrado na teleologia. Será que a seleção natural é um conjunto de processos finalistas, estando já predestinados a acontecer com um determinado fim ou o contrário? Será que a seleção natural é algo benéfico ou prejudicial? Bem, Darwin acreditava que era benéfico, uma vez que a seleção natural permitia a descendência e adaptação da espécie ao meio.

Lyell no seu livro Princípios da Geologia afirma que o nominalismo não respeita a realidade das espécies, pois é preciso existir limites fixo, ou seja, limites pelos quais os descendentes de ancestrais comuns, nunca se desviam de uma determinada espécie, possuindo sempre um tipo estabelecido nos seus originais.Entao, sendo Darwin um naturalista, então é certo que Lyell se opõe à teoria evolociunista. Percebemos então que o problema aqui é a diferença entre naturalismo e essencialismo e, segundo Darwin, não existem limites fixos, mas que através de um processo gradual e lento, as variações podem dar origem a novas espécies, marcando o seu inicio.

Por fim, o quinto problema apontado à teoria Darwinista é o processo gradual das variações das espécies, mesmo que este argumento seja o mais influenciado pela leitura dos Princípios da Geologia de Lyell. Porquê? Bom, começaram a surgir perguntas e dabates na medida em que certos individuos podem ter um processo de evolução lento e gradual; um processo lento mas não gradual; e um processo acelarado, ainda que seja gradual. No entanto, Darwin insiste

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