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O que é: clonagem e experiência em animais

Relatório de pesquisa: O que é: clonagem e experiência em animais. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  24/8/2014  •  Relatório de pesquisa  •  3.315 Palavras (14 Páginas)  •  326 Visualizações

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CAPÍTULO 1

O QUE É: CLONAGEM E EXPERIÊNCIA EM ANIMAIS

Testes em animais têm como definição todo e qualquer experimento realizado em animais cujo objetivo principal é a obtenção de um resultado: seja de comportamento, medicamento, cosmético ou ação de substâncias químicas em geral. Tais testes geralmente são feitos sem anestésicos, podendo ocorrer ou não o ato de vivissecção .

A clonagem é tida como um experimento onde é necessário o teste posterior em animais, uma vez que provém deles todas as células utilizadas.

Ela, portanto, pode ser dividida em dois tipos. A Reprodutiva tem como objetivo produzir uma duplicata de um organismo já existente.

É utilizada a técnica chamada de Transferência Nuclear (TN): Baseia-se na remoção do núcleo de um óvulo e substituição por um outro núcleo de outra célula somática. Após a fusão, vai havendo a diferenciação das células Após cinco dias de fecundação, o embrião agora com 200 a 250 células, forma um cisto chamado blastocisto. É nesta fase que ocorre a implantação do embrião na cavidade uterina. O blastocisto apresenta as células divididas em dois grupos: camada externa (trofoectoderma), que vai formar a placenta e o saco amniótico; e camada interna que dará origem aos tecidos do feto. Após o período de gestação surge um indivíduo com patrimônio genético idêntico ao do doador da célula somática.

Já na clonagem Terapêutica, os estágios iniciais são semelhantes àqueles obtidos na Reprodutiva, contudo a diferença está no fato de o blastocisto não ser introduzido num útero. Este é usado em laboratório para a produção de células-tronco, a fim de produzir tecido ou órgão para transplante.

As células-tronco são classificadas em dois tipos: células-tronco embrionárias e células-tronco adultas. As células-tronco embrionárias são particularmente importantes porque são multifuncionais, isto é, podem ser diferenciadas em diferentes tipos de células. Podem ser utilizadas no intuito de restaurar a função de um órgão ou tecido, transplantando novas células para substituir as células perdidas pela doença, ou substituir células que não funcionam adequadamente devido a um defeito genético. As células-tronco adultas não possuem essa capacidade de se transformar em qualquer tecido. As células musculares vão originar células musculares, as células de fígado vão originar células de fígado, e assim por diante.

CAPÍTULO 2

QUAL O DEBATE ÉTICO GERADO PELO TEMA

Diversos debates são gerados a partir dos temas Experiências em Animais e Clonagem. A seguir veremos as opiniões de cientistas, religiosos, da sociedade e do Estado.

2.1 A visão dos cientistas

Cientistas de todo o mundo acreditam que seja necessário os testes em animais, principalmente para a fabricação de remédios que possam, posteriormente, salvar vidas humanas. A clonagem também está incluída nesta opinião, pois, a partir das células-tronco embrionárias obtidas, eles poderão desenvolver qualquer órgão do corpo humano, descartando então a necessidade de transplantes. Contudo, essa opinião não é muito aceita perante o resto da sociedade, como veremos a seguir.

2.2 A visão dos religiosos

2.2.1 Cristianismo

Segundo o teólogo Gelci André Colli, durante muito tempo interpretou-se errado aquilo que dizia a Bíblia, onde o homem deve dominar sobre a criação, os peixes, animais domésticos, entre outros. Por um bom tempo, a interpretação desse mandato indicava que o homem podia explorar radicalmente todas as coisas em função de seu benefício próprio, sem se importar com a sustentabilidade. Hoje, no entanto, essa interpretação diz mais respeito a um homem que guarda e cultiva, do que um explorador. Nessas condições, pode-se dizer que a Igreja Católica é a favor dos experimentos em animais, desde que esse procedimento tenha o objetivo de salvar vidas humanas.

Contudo, em relação a clonagem, a Igreja defende que a existência de vida humana, desde a fecundação. Não é permitido, portanto, destruir um embrião para obter células-tronco, como tampouco abreviar a vida de um ser humano para extrair órgãos para transplante, como feito na clonagem terapêutica.

2.2.2 Espiritismo

Os espíritas acreditam que os animais devem ser respeitados, pois são obras divinas, assim como os seres humanos. Contudo, quando não há alternativa e o objetivo é salvar a vida humana, são aceitas as experiências, podendo, inclusive, o homem servir de cobaia caso for necessário.

Em relação à clonagem, eles não são a favor, pois acreditam que a mesma impede a reencarnação, uma vez que o embrião utilizado é posteriormente descartado. Espíritas ainda dizem que meios alternativos devem ser explorados, uma vez que é possível encontrar células-tronco em diversas partes do corpo humano.

2.2.3 Islamismo

O Islã se preocupa com o ser humano na sua totalidade, portanto a ciência é uma das questões importantes da vida. A religião islâmica permite que sejam feitas experiências científicas para trazer um benefício para a sociedade e uma qualidade de vida melhor, mas coloca regras e normas para que ninguém ultrapasse os limites. Quanto ao uso de células-tronco, é permitido contanto que não haja venda delas, nem uso inadequado e que a experiência tenha grande chance de dar certo.

2.2.4 Judaísmo

Os judeus acreditam que os animais são sagrados e devem ser respeitados pelo homem. Contudo, este tem poder sobre a criação, podendo assim causar sofrimento aos animais caso seja absolutamente necessário.

2.3 A visão do Estado e suas leis

Na experimentação com animais, o grande debate ético diz a respeito do bem estar dos animais. No dia 4 de junho de 2014, a Câmara dos Deputados aprovou a lei que proíbe a utilização de animais em testes de laboratório para a produção de cosméticos. O desacato

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