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OS TIGRES ASIÁTICOS

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Por:   •  20/5/2013  •  Tese  •  3.378 Palavras (14 Páginas)  •  484 Visualizações

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A partir principalmente da década de 80, o capitalismo conheceu um processo de aceleração sem precedentes que passou a definir a nova tendência do mundo atual: a globalização da economia.

Desde a sua origem, o capitalismo caracterizou-se por ser um sistema em que a interdependência econômica e política entre as nações constituiu um elemento fundamental para o seu funcionamento.

A análise de sua evolução é a análise do aprofundamento das relações internacionais, na medida em que o desenvolvimento técnico concomitantemente permitia e impunha a necessidade de ampliação do mercado externo aos países que haviam atingido um certo grau de desenvolvimento econômico. O capitalismo sempre foi um sistema que promoveu relações entre as diversas regiões do planeta, integrando-as -- muitas vezes à forca, por meio do colonialismo - à sua racionalidade econômica.

A globalização da economia é a expressão máxima do processo de mundialização das relações entre as nações, ao mesmo tempo em que representa a mudança na concepção do papel dos Estados Unidos nacionais. A formação dos Estados nacionais tinha como pressuposto uma unidade territorial, comandada por uma autoridade política única e integrada por uma economia de base nacional.

O Começo

A destruição da Europa durante a Segunda Guerra Mundial selou o fim da hegemonia que o continente havia conquistado nas relações internacionais. A economia européia estava totalmente desorganizada e mergulhada nos problemas internos de sua reconstrução. O desmoronamento não atingiu apenas a Alemanha e a Itália, países derrotados que, alem da destruição de seus territórios, viram-se despojados de qualquer soberania. Os vencedores europeus não se encontravam em melhor situação. Perderam boa parte dos parceiros comerciais e estavam endividados. As cidades e os campos agrícolas estavam destruídos. O panorama era constrangedor às tradicionais lideranças da economia capitalista.

Incapaz de assegurar o seu próprio destino, de articular um sistema de defesa e de restaurar a sua economia sem ajuda externa, a Europa viu-se obrigada a enquadrar-se em uma nova ordem mundial, cuja liderança seria disputada pelas potências de fato vitoriosas: os Estados Unidos e a União Soviética.

AS NOVAS POTÊNCIAS

Enquanto a guerra fria seguia sua trajetória, com um envolvimento cada vez maior das duas grandes potências que se elegeram “guardiãs do mundo’, outros países desenvolviam-se tecnologicamente, de forma bastante acelerada. Em diversos setores industriais conquistavam fatias expressivas no mercado internacional e ganhos de produtividade superiores aos dos Estados Unidos. Entre eles, os que tiveram maior crescimento, nesta metade do século XX, foram justamente os dois grandes derrotados na Segunda Guerra Mundial; o Japão e a ex - Alemanha Ocidental.• Em 1970 o PNB dos EUA era 5 vezes superior ao PNB do Japão. Atualmente essa diferença não chega a atingir o dobro. Como a população japonesa corresponde praticamente, à metade da americana, a comparação entre a renda per capita dos dois países é favorável ao Japão.

No mesmo período, a evolução da economia alemã também foi superior à americana. Além disso, a Alemanha mantém uma grande diversificação de seus parceiros econômicos e é o pais que mantém o maior volume de transações comerciais no mundo atual, depois dos EUA. Esse fato torna sua economia menos vulnerável que a japonesa. O Japão destina aos Estados unidos grande parte de suas exportações, o que torna seu mercado externo muito dependente do consumidor americano.

OS TIGRES ASIÁTICOS

A partir da década de 80, os países do Pacífico começaram a apresentar altos índices de crescimento mundial e interferência no mercado mundial, sendo por isso designados como tigres asiáticos e dragões asiáticos.

Os termos lembram agressividade e é exatamente essa característica fundamental dos quatro países que formam esse grupo: Coréia do Sul, Taiwan (Formosa), Cingapura e Hong Kong. Eles utilizaram estratégia arrojada de atração de capital estrangeiro - apoiada na mão-de-obra barata e disciplinada, na isenção de impostos e nos baixos custos de instalação de empresas.

A imensa e ininterrupta expansão da economia japonesa foi decisiva para criar um dinâmico mercado em toda a área circundante do Pacifico. O Japão atuou não só como estímulo, mas também como exemplo.

O crescimento mais marcante foi o apresentado pela Coréia - um dos mais pobres país em desenvolvimento - que se transformou numa semi-industrializada nação de renda média. O progresso de Taiwan seguiu o mesmo rumo.

A transformação começa como a do Japão - uma bem sucedida reforma agrária, seguida de um aumento rápido da renda dos fazendeiros, que criou um mercado local para novas fábricas. No final da década as exportações chegavam a 90% do PNB (produto nacional bruto) - a maior proporção do mundo - ; o índice de crescimento era de 12%, a despeito da recessão; a população tinha um alto nível de alfabetização e a economia girava em torno da construção naval, produtos têxteis, petroquímicos, equipamentos elétricos.

O crescimento mais notável ocorreu principalmente na economia de entrepostos. Hong Kong, graças à economia de mercado puro e, apesar de sobrecarregada pelas desvantagens do colonialismo (continuou sendo colônia da Coroa Britânica), elevou sua renda per capita para cerca de seis vezes mais que a da China continental.

A UNIÃO FAZ A FORÇA

Após a Segunda Guerra Mundial, a idéia econômica assentada em um economia supranacional começou a ganhar forca na Europa. Diante de concorrerem isoladamente com os Estados Unidos, o novo gigante que havia emergido, os países europeus formaram uma série de alianças com o objetivo de reestruturar, fortalecer e garantir a competitividade de suas economias. Várias associações econômicas foram criadas na Europa.

O Benelux foi o grande precursor das diversas alianças posteriormente formadas. Criado em 1944, integrou a economia da Bélgica, da Holanda e de Luxemburgo num único mercado.

Em 1952, a Ceca (Comunidade Européia de Carvão e Aço), formada por seis países europeus - Bélgica, Holanda, Luxemburgo, França, Alemanha e Itália -, estabeleceu um mercado siderúrgico comum,

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