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Proj_Conservação ex situ_Bromélias_final

Por:   •  15/4/2015  •  Projeto de pesquisa  •  3.867 Palavras (16 Páginas)  •  171 Visualizações

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Conservação ex situ de Bromeliaceae ameaçadas de extinção

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Rio de Janeiro

Outubro, 2010

Conservação ex situ de Bromeliaceae ameaçadas de extinção.

Instituição Proponente: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Departamento: Diretoria de Pesquisas – DIPEq

Setor: Centro Nacional de Conservação da Flora – CNCFlora

Coordenação  

  • Dr. Gustavo Martinelli

Execução: Dr. Gustavo Martinelli,  MSc. Miguel de Moraes e equipe CNCFlora

Período de Execução: **/**** - **/****

Recursos Financeiros Solicitados: R$ 379.200,00

Contrapartida Institucional: R$ *******

Resumo

O Brasil possui uma diversidade de cerca de 41.000 espécies de plantas e fungos, das quais 18.932 (46,2%) são endêmicas do país. Dentre os biomas brasileiros, o domínio fitofisionômico Mata Atlântica se destaca por apresentar um dos maiores índices de biodiversidade do mundo sendo considerado o centro de diversidade de Bromeliaceae. A família Bromeliaceae é característica da região neotropical. São quase que exclusivamente pertencentes às Américas, com exceção apenas de uma espécie, Pitcairnia feliciana que ocorre na costa oeste Africana. Cerca de 3.172 espécies estão distribuídas em 58 gêneros. No Brasil a família Bromeliaceae apresenta cerca de 1207 espécies, sendo 1030 (85%) endêmicas. As Bromeliáceas também são mundialmente famosas pelo seu potencial ornamental e econômico. Além disso, populações naturais de inúmeras espécies têm sofrido enorme pressão com a coleta predatória a fim de atender a alta demanda da horticultura. Não se bastando deste fato, áreas com alto índice de ocorrência de bromélias vêm sendo incansavelmente exploradas e sujeitas à ação antrópica. A conservação ex situ, através dos bancos de germoplasma, bancos de sementes e micropropagação, são ferramentas importantes que devem ser utilizadas. No Brasil, os números indicam que a conservação ex situ de espécies ameaçadas não têm alcançado resultados enérgicos. São 34 os jardins botânicos cadastrados na Rede Brasileira de Jardins Botânicos. Apenas 5 são membros do BGCI, órgão responsável pelo “network” global de Jardins Botânicos e pelo monitoramento do status de conservação ex situ de espécies ameaçadas. Em 2010, dos 34 jardins botânicos somente 11 submeteram a relação de espécies cultivadas ex situ em suas instalações. Foi constatado que das 38 espécies de Bromeliaceae constantes no Anexo I, 21 estão presentes nas coleções vivas doa jardins botânicos, sendo que 20 delas se encontra na coleção do JBRJ.  O presente projeto propõe a implantação do projeto de conservação ex situ de espécies de Bromeliaceae ameaçadas de extinção através do armazenamento de sementes e ampliação da coleção do JBRJ, assim como a propagação de espécies já presentes na coleção por meio da técnica de micropropagação e cultivo in vitro.

  1. Introdução

A preocupação com a perda da biodiversidade vem se tornando cada vez mais constante tanto em nível nacional, quanto global. O desmatamento e o conseqüente processo de extinção de espécies tornaram-se alarmantes. Nesse sentido, em 2002, a Estratégia Global para a Conservação de Plantas estabeleceu, em uma primeira fase, dezesseis metas a serem atingidas até 2010. De acordo com a meta VIII da GSPC, cada país signatário da Convenção de Diversidade Biológic – CDB, teria de promover a conservação de 60% das espécies de plantas ameaçadas em coleções ex situ e 10% dessas espécies, incluídas em programas de recuperação e restauração. Passados dez anos, as metas e diretrizes da GSPC foram reformuladas, estando agora em vigor que 70% das espécies ameaçadas ameaçadas devem estar conservadas ex situ e 25% delas devem estar em programas de restauração e reintrodução até 2020 (10ª Conferência das Partes realizada em Nagoya – COP10, 2010).

Hoje, os jardins botânicos assumem um importante papel na conservação ex situ, sobretudo de espécies vulneráveis, raras, ameaçadas de extinção ou mesmo extintas na natureza (Parreiras, 2003). Existem, atualmente, trinta Jardins Botânicos cadastrados na Rede Brasileira de Jardins Botânicos – RBJB, sendo que apenas cinco desses são membros do Botanical Gardens Conservation International (BGCI 2001)[1], órgão internacional responsável por assegurar a conservação de espécies ameaçadas no mundo. No entanto, dada a grande diversidade de plantas no Brasil, os esforços empreendidos pelos jardins botânicos brasileiros são ainda insuficientes.

No Brasil os trabalhos de conservação ex situ se concentram em espécies de valor econômico, medicinal e ornamental. Muitas iniciativas se desenvolvem neste contexto, e algumas instituições apresentam resultados significativos. Contudo, trabalhos com enfoque em espécies ameaçadasainda são escassos, tendo destaque os trabalhos realizados por ...

O Brasil possui uma diversidade de cerca de 41.000 espécies de plantas e fungos, das quais 18.932 (46,2%) são endêmicas do país (Forzza et al, 2010). Dentre os biomas brasileiros, o domínio fitofisionômico Mata Atlântica se destaca por apresentar um dos maiores índices de biodiversidade do mundo (Stehmann et al. 2009), sendo considerado o centro de diversidade de Bromeliaceae (Martinelli et al. 2008).

Segundo Versieux & Wendt (2007), a família Bromeliaceae é característica da região neotropical. São quase que exclusivamente pertencentes às Américas, com exceção apenas de uma espécie, Pitcairnia feliciana que ocorre na costa oeste Africana (Benzing et al. 2000). De acordo com Luther (2008) cerca de 3.172 espécies estão distribuídas em 58 gêneros. No Brasil a família Bromeliaceae apresenta cerca de 1207 espécies, sendo 1030 (85%) endêmicas (Forzza et al. 2010).

Bromélias possuem hábitos epífitos, terrestres e saxícolas, distribuindo-se por áreas com diferentes fitofisionomias (Versieux et al. 2008). As adaptações distintas das formas terrestres e epífitas dessa família possibilitaram uma ampla colonização e diversificação em áreas predominantemente neotropicais (Versieux & Wendt 2007). Algumas características biológicas peculiares de muitas espécies desta família, geralmente epífitas, as diferenciam de outras famílias botânicas, como por exemplo, o fato desses vegetais formarem micro habitats extremamente importantes e muito utilizados por espécies animais (Benzing et al. 2000). Assim sendo, espécies com tais características são de suma importância ecológica, influenciando e refletindo diretamente na diversidade biológica e na complexidade de ecossistemas.

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