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Resenha Crítica Sobre Reforma Psiquiátrica No Brasil

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Por:   •  7/10/2014  •  633 Palavras (3 Páginas)  •  2.064 Visualizações

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Resenha crítica sobre o artigo “Desafios da reforma psiquiátrica no Brasil” de Benilton Bezerra Júnior

No início do artigo, o autor trabalha com a mudança de panorama na assistência a saúde mental no Brasil. É perceptível uma certa polarização, uma postura maniqueísta quando o mesmo trata acerca das melhorias proporcionadas pelos Centro de Atenção Psicossocial, CAPS, e o modelo hospitalocêntrico e manicomial antes vigente.

Concordo quanto as melhorias proporcionadas pelos CAPS, a integração do indivíduo a sociedade é necessário, deve-se contudo estabelecer e seguir um critério mais humanizado para incorporar esse indivíduo, não os vendo como “corpos estranhos” a serem extirpados da sociedade.

Acho a críticas ao sistema hospitalocêntrico, justas, o caráter excludente e até degradante, legitima uma mudança, contudo é relativa a total ineficiência deste que modelo, visto que o sistema não é executado da maneira que deve ser, se resumindo a ilhas de excelência, assim como alguns CAPS, lógico que não podemos ser levianos e afirmar que o serviço é ruim, mas é salutar procurar meios para o tornar mais eficiente.

As dimensões continentais de nosso país, assim como suas características peculiares e negativas torna a busca por “meios” um tanto quanto difícil, sem o comprometimento do poder público o que é difícil se tornará impraticável, isso nos leva um ponto crucial, um elemento importante nessa equação, falo do fator humano, o profissional que necessita de valorização e uma formação adequada, logicamente, existem profissionais no sistema que são diferenciados e compensam até certo ponto as deficiências inerentes.

Ainda sobre a formação dos recursos humanos, relativizo a postura do autor em relação aos jovens profissionais, por mais que eles, não estivessem vivendo na mesma época em que o movimento se configurou, considero que esses jovens podem sim incorporar e até enriquecer os conceitos de Basaglia, Focault e Franco Rotelli, visto que suas idéias são consistentes e se mantem atuais, contudo entendo o ponto que o autor quis abordar, considero mais danoso uma formação ineficiente do que o fator histórico.

Formação que deve equilibrada, abrangendo a técnica e o lado mais “fluído” afim de lidar de forma satisfatória com as transformações.

Nesse contexto é importante aglutinar a qualidade e competência de todos os profissionais, cada um com sua devida importância, constituindo uma corrente que ajudará os indivíduos que necessitam.

Considero especialmente a figura do Agente Comunitário de Saúde, que está no “Front”, um verdadeiro elo de ligação entre a população e a saúde. No entanto vejo esse elemento ser subestimado e me indigno com isso. Imagino o quanto a situação melhoraria, com ACSs remunerados devidamente e formados com um melhor preparo para auxiliar na saúde mental do indivíduo.

Infelizmente só posso imaginar, pois na realidade vejo uma dúzia de ACSs tendo que lidar com 1500 famílias (quase 6000 habitantes).

Vejo o projeto reformista com bons olhos, idéias consistentes que se traduzem em benefícios a população, os inimigos desse

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