Respira Amazônia Formulário Para Elaboração de AVA02

                                                        Respira Amazônia!

 Chora céus e alegra o ar. Bendiga a amada gigante do sul, ela é temperamental: trate-a bem e terás um tesouro no céu, ou trate-a mal, e em breve estarás no inferno! Observe bem, ela dá sinais do que acontece a noite. Enquanto dormimos a bela faz trocas, e para compensar, durante o dia respira fundo... respeite-a, não perturbe a  sua rotina, tirando o seu cobertor e sujando o seu tapete. Pare de judiar da pequena grande estrela da Terra!

 Sustentar a dinâmica da Amazônia e dar o suporte necessário para o seu ecossistema é o maior desafio e a preocupação de Biólogos, Geólogos, Engenheiros Florestais, Ambientalistas, Gestores Ambientais, Geógrafos, Ecólogos, Botânicos, Biofísicos, etc. (etc. quer dizer a minha, a sua e a da sociedade mundial), pois quando se fala em efeito estufa, aquecimento global, fonte de água potável e créditos de carbono, a principal lembrança na mente é a Floresta Amazônica. Pensemos então: se fôssemos uma floresta, iria querer a companhia das nossas árvores, todas elas, inclusive das mais antigas, até porque as mais jovens são descendência destas. Gostaria de ser farta de chuva e de alimento para continuar produtiva, fabricando oxigênio e glicose em abundância.

  Antigamente a comunidade científica e a sociedade viam a Amazônia como o pulmão do mundo, porém ela deveria ser vista como uma fábrica de produção de oxigênio para a atmosfera, e para tanto precisa de condições favoráveis à fabricação do gás, lembrando que é necessário produzir mais do que se gasta para ter resultados positivos. Por não se “colocar no lugar” da floresta ao tratar de questões relacionadas a ela é que erramos, por isso as políticas públicas ambientais são fracas, deficientes, pouco operantes e corruptas. A prova disso é que até hoje o desmatamento na Amazônia acontece e pior: cresce! Em 2013 houve um aumento de 28% no corte das árvores, segundo dados do Prodes e do INPE.

 A consequência do desmatamento e das queimadas é a estiagem prolongada que acarreta na sobrecarga de carbono na atmosfera amazônica, produzindo uma dinâmica desastrosa e cíclica, em que a pouca precipitação incapacita a floresta de absorver todo o carbono lançado no ar por ela mesma e pela ação humana. A quantidade de oxigênio produzido pela Amazônia está sendo insuficiente para cobrir o seu “gasto” e o das derrubadas e queimadas, isso porque as últimas só vêm aumentando, e as chuvas que auxiliam no processo de absorção diminuindo. E a conta não fecha... E de novo começa o ciclo da derrota.

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