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SISTEMA RENAL

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Por:   •  24/9/2014  •  1.684 Palavras (7 Páginas)  •  565 Visualizações

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I Anatomia dos Rins

O ser humano possui 2 rins que trabalham concomitantemente. Cada rim pesa cerca de 250 g e é composto pela pelve e os cálices renais, a medula e o córtex renal (figura 1). Este último é o local onde são secretados os hormônios produzidos nos rins. O sangue vai entrar nos rins através das artérias renais. Estas se subdividem em artérias arqueadas que vão dar origem a minúsculos vasos, as arteríolas aferentes que, por sua vez, vão servir como porta de entrada de milhares de pequenas estruturas tubulares chamadas Nefrons, localizados nas pirâmides da medula renal. O nefrons são a unidade de filtração e funcionamento dos rins.Pode-se dizer que cada néfron tem uma função autônoma e é capaz de filtrar alguns mililitros de sangue. Portanto, se cada néfrons filtrar alguns ml de sangue, milhares de néfrons trabalhando juntos podem limpar todos os 5 l de sangue que possuímos, em média. Após a passagem pelos nefrons a urina aí formada segue pelo túbulo coletor até os cálices e a pelve renal, onde é levada até os ureteres. Estes deságuam na bexiga, que armazena a urina até sua excreção pela uretra.

II Fisiologia Renal

Pode-se afirmar que a principal função dos rins é a depuração ou filtragem do sangue. A depuração, como já foi dita, serve para que os rins, mais especificamente os nefrons, possam retirar do sangue e excretar todos compostos nitrogenados resultantes da metabolização das proteínas. Os principais compostos excretados são a uréia, o acido úrico e a creatinina. Além disso ao realizar essa depuração os rins excretam íons H e controlam pH sanguíneo e excretam mais ou menos água, regulando o volume de sangue.

Para tanto, passam pelos nossos rins cerca de 180 litros de sangue por dia, o que equivale dizer que todo nosso sangue é depurado cerca de 36 vezes por dia. Assim o sistema renal trabalha com sobras, já que não seria a depuração de tal quantidade de sangue diariamente. São excretados cerca de 60 ml de uréia e 1,5 l de urina todos os dias, medidas que evidentemente são dependentes da quantidade de água, Na e proteínas que foram consumidos. Assim, vamos analisar como ocorre essa depuração nos rins. Para isso precisamos analisar a fisiologia dos nefrons. Mas para podermos entender o funcionamento dos nefrons é necessário antes aprendermos o conceito de reabsorção.

- Reabsorção: podemos chamar de reabsorção todo processo que leva substâncias de algum tecido para o sangue. Assim, quando uma proteína, ou uma glicose, sai dos néfrons e volta ao sangue para ser reaproveitada, ela está sofrendo um processo de reabsorção. Como durante a limpeza do sangue, várias substâncias que chegam aos rins devem ser reaproveitadas, pode-se dizer que a reabsorção nos rins é o processo fundamental da fisiologia dos rins.

Se não houvesse a reabsorção nos rins, perderíamos pela urina toda a glicose e a proteína que ingerimos. A reabsorção renal pode ser ativa, com gasto de energia. Nesse processo há a presença de um carreador na membrana do néfron que transporta a substância do túbulo do néfron para fora, onde ela vai ser transportada para dentro de um capilar e voltar ao sangue. Sofrem reabsorção ativa a glicose, as proteínas e lipídeos, além de vitaminas e minerais. Como é transporte ativo, vale dizer que o processo ocorre mesmo contra gradiente de concentração.

Já a reabsorção passiva depende de diferença de concentração, ou seja, ocorre difusão do meio mais concentrado para o meio menos concentrado. Ele não depende de energia e o principal elemento que sofre transporte passivo (osmose) é a água; mas também minerais, especialmente Na, sofrem reabsorção passiva. Agora que analisamos o conceito de reabsorção podemos estudar a anatomia e a fisiologia dos néfrons.

III Fisiologia dos Nefrons

3.1 – Reabsorção nos Nefrons

Nós podemos observar a anatomia do nefron na figura 2. Ele é composto por um sistema de tubos e filtros responsáveis pela limpeza do sangue. O sangue entra pelo néfron através da arteríola aferente. A arteríola aferente desemboca em uma espécie de vesícula ou bolsa chamada cápsula de Bowman. Dentro da cápsula de Bowman há a presença de um grande filtro chamado glomérulo, que tem a função de reter grandes elementos do sangue, como as células sanguíneas e as proteínas de grande tamanho. Esses elementos após retidos, saem da cápsula através da arteríola eferente, e voltam ao sangue pelos inúmeros capilares que cercam os néfrons.

O que não foi reabsorvido segue na cápsula de Bowman até o túbulo proximal, onde glicose e carbohidratos, ácidos graxos essenciais, proteínas e aminoácidos, vitaminas e minerais sofrem um intenso processo de reabsorção ativa, o que faz com que nenhum desses elementos passe do túbulo proximal, em condições normais. Também ocorre reabsorção passiva de água e minerais. Todas esses elementos também são reabsorvidos pelos capilares que rodeiam o néfron. O túbulo proximal acaba na alça de Henle e esta desemboca no túbulo distal. Como quase toda substância útil já foi reabsorvida, apenas água, Na e outros minerais, além dos elementos tóxicos, uréia, acido úrico e creatinina, chegam á alça de Henle e ao túbulo distal. A reabsorção de água na alça de henle e no túbulo distal esta diretamente relacionada com a quantidade de urina e com a diurese. Assim, quanto mais água é reabsorvida, menos água na urina, o que significa menor diurese e urina mais concentrada. O oposto também é válido; quanto menor a reabsorção maior a diurese e mais diluída a urina. Dois hormônios regulam esse fenômeno. O ADH (hormônio antidiurético) é secretado pela neurohipófise e tem efeito de aumentar a permeabilidade a água no túbulo coletor o que leva a sua maior reabsorção. O aumento de reabsorção de água leva a maior reabsorção de Na, e isso tem como efeito menor diurese e retenção de água, o que provoca aumento de volemia sanguinea e de pressão arterial. O ADH é secretado sempre que receptores hipotalâmicos percebem diminuição de concentração de Na e consequente diminuição de pressão arterial. Já a aldosterona provoca a reabsorção ativa de Na na alça de Henle, no túbulo distal e no coletor e por

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