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Sistema Renina Angiotensina (SRA), novas evidências na fisiopatologia da Hipertensão: importância para a prática clínica.

Por:   •  26/5/2017  •  Resenha  •  859 Palavras (4 Páginas)  •  479 Visualizações

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Sistema Renina Angiotensina (SRA), novas evidências na fisiopatologia da Hipertensão: importância para a prática clínica.

As doenças vasculares têm grande relação com a morbidade e mortalidade em grande parte dos casos. O SRA foi inicialmente descrito como enzimas renina que são responsáveis pela clivagem do angiotensinogênio hepático e geração da Angiotensina I (Ang I), que é convertida em Ang II pela enzima conversora de angiotensina (ECA), hoje temos a confirmação de que esse sistema não é simples assim. Com a descoberta de novos peptídeos, enzimas, receptores e inibidores, abriu-se mais portas para o SRA, sendo propício ao desenvolvimento de novas terapias anti-hipertensivas e cardioprotetoras.

Ativação benéfica do SRA: A ECA2 que tem grande importância no metabolismo de Ang II e produção de Ang 1-7, que causa vasodilatação no túbulo renal e contrabalanceia os efeitos da ativação do receptor AT1 pela Ang II, por consequência, tem sua metabolização em pacientes, à partir de seu análogo, a Ang 1-7 cíclica (cAng 1-7) que é resistente a clivagem por enzimas e age no receptor MAS, influenciando o remodelamento cardíaco e provando ser o mais promissor para o tratamento cardiovascular.  Evidenciou-se também que o cAng 1-7 recruta células progenitoras angiogênicas, induzindo a neovascularização e suspendendo o remodelamento precoce, evitando doenças cardíacas. Também foi encontrado em humanos com doenças crônicas renais, um heptapeptídeo chamado Alanina, com propriedades similares a Ang 1-7.

Bloqueio do SRA: Num estudo, foi introduzido o alisquereno, como bloqueador de SRA que causava a inibição da renina, impedindo a conversão de Ang I em Ang II. O bloqueio do SRA aumenta os níveis de renina e do seu precursor, a pró-renina, através do feedback negativo entre Ang II e liberação da renina. A pró-renina tem 4 vezes mais afinidade que a renina pelo receptor, produzindo uma modificação na conformação e resultando na produção de Ang I. Com bloqueadores do SRA, o feedback negativo entre Ang II e renina, ocorre mais intensamente, elevando os níveis de produção de renina. Com dietas pobres em cloreto de sódio também se observou a diminuição do angiotensinogênio, mas consequentemente teve-se níveis elevadíssimos da renina plasmática e renal.

Estudos para avaliar os efeitos dos bloqueadores, como alisquereno, comparado com placebos, mostrou eficácia em pessoas com diabete melito tipo 2 e com disfunção renal. Porém o estudo foi interrompido devido aos efeitos adversos como, hipercalemia, hipotensão e problemas renais, podem estar relacionados com a depleção de Ang II e/ou aldosterona, ou ainda em resposta ao elevado nível de renina e pró-renina (combinado de alisquereno + IECA ou alisquereno + BRA).

Entre os SRA teciduais, há a existência de SRA intra-renal, descrita como uma regulação da pressão sanguínea independente, associada à renina produzida no ducto coletor, verificado em ratos hipertensos. Esse estudo mostrou que o alisquereno apresentou concentração 46 vezes maior no rim do que no plasma, sugerindo que o fármaco poderia ser interceptado nos compartimentos renais, em especial nos glomérulos, inibindo potencialmente o SRA conferindo renoproteção. Nos néfrons são encontradas síntese de ECAs através da produção da Ang I gerada no compartimento intra-renal, a elevada produção de Ang II intra-renal tem grande influência na fisiopatologia da diabetes, hipertensão e complicações renais, sendo de primeira linha fármacos que atuam no bloqueio desta.

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