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TCC SAL

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Por:   •  8/4/2014  •  2.266 Palavras (10 Páginas)  •  1.241 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O sal foi o primeiro tempero da civilização e apesar da sua abundância, ele já foi considerado mercadoria rara e reverenciado por muitas civilizações. Cercado de mitos e superstições o sal ganhou grande valor entre todas as nações, que chegaram a guerrear por causa dele. O sal era tão importante que acabou dando origem a algumas palavras como salário, salada, soldado; e até cidades como Roma e Veneza prosperaram graças ao sal e inclusive a grandiosa muralha da china foi construída com o dinheiro do sal. Mas, no entanto o que é o sal que tanto consumimos e que tanto se ouve falar que é prejudicial à saúde?

O constituinte principal do sal é o cloreto de sódio, porém ele é misturado a outros minerais como o iodeto de potássio, que é o responsável pelo iodo no sal, mineral que impede a bócio, que de acordo com as leis brasileiras é obrigado a conter.

O cloreto de sódio pode ser obtido de duas formas, de minas naturais, que dão origem ao sal-rocha ou da água do mar, através da evaporação da água. A partir daí o sal pode ganhar diversas formas e preços, dependendo da granulação e das substâncias ou temperos adicionados. O sal refinado é o mais utilizado no preparo dos alimentos, dando sabor a nossa alimentação.

Antigamente sem o sal era impossível estocar alimentos, pois ele tem propriedades de conservação e preservação, que impede a multiplicação de micro-organismo, o que faz o alimento durar mais. Por isso que atualmente acaba se tornando difícil retirar o sal dos alimentos industrializados, pois as indústrias não descobriram substitutos para ele.

Porém se consumido em excesso pode desencadear diversas patologias, pois o sódio, substância encontrada no sal e na maioria dos alimentos, é responsável pela troca de água das células com seu meio externo e no processo de contração muscular em excesso podem gerar diversas patologias.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza a ingestão de 5 gramas de sal por dia porém pessoas hipertensas ou com problemas renais devem consumir a metade recomendada. Mas excedemos e muito essa recomendação que não causará danos imediatos, mas sim a longo prazo. Por isso resolvemos se aprofundar mais no assunto, pois alimento salgado é um horror, mas sem sal também é intragável, sem graça.

O sal deve ser usado na medida certa, assim ele é garantia de saúde, tendo em vista a conscientização da maioria, para que tentem mudar seus hábitos, visando sempre sua saúde e a redução ao risco de doenças.

Por conta disso, decidimos colocar em questão: Qual a quantidade de sal consumida pelos estudantes de uma escola técnica Estadual? Sabendo que os hábitos alimentares saudáveis que temos na fase adulta só são concebidos na infância e na adolescência, enfatizamos então como hipótese que hábitos alimentares inadequados causam o excesso no consumo de sal.

Uma alimentação pobre em sódio contribui para o controle da pressão arterial, hipertensão, fator esse importante para retardar a velocidade da perda da função renal. Sendo assim, recomenda-se a restrição do uso de sal de adição e da ingestão de alimentos embutidos e de temperos prontos (PAK, 1993 apud SILVA e MURA, 2007).

A partir daí, temos como objetivo geral verificar o consumo de sal dos estudantes de uma escola técnica Estadual; quantificando o consumo de sal pelos alunos, aplicando um questionário e avaliando os resultados obtidos.

Nosso trabalho iniciou-se por uma ampla e atualizada pesquisa bibliográfica a respeito do sal e o risco do consumo em excesso. O trabalho foi realizado em agosto de 2011, com 55 estudantes de uma escola técnica Estadual, no horário de almoço das 11h30min à 13h00min.

Observamos a quantidade de sachês de sal consumidos por esse público, em seguida aplicamos um questionário (APÊNDICE A) contendo 11 perguntas relacionadas ao consumo de sal, sendo três de caráter socioculturais e as outras relacionadas ao consumo de sal.

Os resultados obtidos foram avaliados e apresentados em forma de gráficos.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 SAL

O sal já foi motivo de uma verdadeira obsessão, desde o começo da civilização até cerca de 100 anos atrás. Sem saber que ele está presente em quase todo o planeta, o que só foi descoberto mais tarde, pela moderna geologia, povos e nações guerrearam por causa dele (PAIVA e PENNA, 2002).

Ele ganhou um valor que excedia em muito o contido em suas propriedades naturais, em todas as sociedades (KURLANSKY, 2004).

O sal é um dos minerais mais utilizados pelo homem desde a antiguidade, graças à sua diversidade de utilização, e a sua produção se torna mais importante a cada dia (ANDRADE, 1995 apud, ROSADO e ROSADO, s.d).

De acordo com a história a necessidade de sal foi reconhecida desde que o homem e os animais passaram a viver neste planeta, e o suplemento diário de cloreto de sódio era obtido a partir da carne crua dos animais que caçavam (KRAUSE e MAHAN, 1985).

Os carnívoros não têm anseios por sal, por consumirem alimentos animais e o leite, que contêm sal suficiente, mas os animais herbívoros e os povos agricultores necessitam de sal devido à sua escassez em cereais, grãos, frutas e vegetais (KRAUSE e MAHAN, 1985).

Segundo Kurlansky (2004) o sal foi objeto de desejo de muitos povos, e em muitas ocasiões se confunde com a historia do mundo. Mercadoria rara por muito tempo, por suas propriedades de conservação e preservação, o sal se transformou em símbolo metafórico de todas as religiões e definiu a evolução de alguns alimentos. Nenhum outro produto o substitui e sem ele desapareceriam por exemplo, a carne-seca, o arenque e o bacalhau. Ele está na origem de muitos topônimos e de muitos substantivos comuns. O sal tem uma história rica que com freqüência se envolve com à das civilizações. Como por exemplo, em 1930, quando Gandhi caminhou 400 km até o mar em desafio ao odioso "imposto do sal" britânico, o colonialismo começou a vacilar, e o mundo a mudar, ou então em 1901 no Texas quando iniciou a Era do Petróleo, quando uma grande reserva de óleo foi descoberta com a perfuração de um domo salino.

O sal passou a ser empregado na culinária não por dar sabor aos alimentos, mas por sua potencialidade sanitária. Com um forte poder esterilizador, o sal conserva a comida, inibindo a proliferação de micro-organismo (LAGE e MANTOVANI, 2006).

Os egípcios foram os primeiros a usar o sal para conservar a carne, sem ele, não seria

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