Tecido Conjuntivo

Introdução ao Tecido Conjuntivo

Vamos falar do Tecido conjuntivo e suas classificações:

O tecido conjuntivo forma o arcabouço que sustenta as partes moles do corpo, apoiando e ligando os outros tipos de tecido, caracterizam-se pela grande quantidade de material intracelular e pelo distanciamento das suas células e fibras as células que constituem esse tecido possuem formas e funções diferentes e variadas. Trata-se, de um tecido com diversas especializações.

A substância intercelular ou intersticial dos tecidos conjuntivos preenche os espaços entre as células e constituída de duas porções: a substância amorfa e as fibras.

• Substância amorfa e constituída principalmente por água, polissacarídeos e proteínas.

• As fibras do tecido conjuntivo são de natureza proteica e se distribuem conforme o tipo de tecido. Na substância intercelular destacam-se os seguintes tipos de fibras:

Colágenas: as fibras mais frequentes do tecido conjuntivo; formadas pela proteína colágeno de alta resistência à tração e têm coloração esbranquiçada;

Elásticas: fibras formadas fundamentalmente pela proteína elastina; dotadas de elasticidade e têm coloração amarelada;

Reticulares: as fibras mais finas do tecido conjuntivo; são constituídas por uma proteína chamada reticulina, muito semelhante ao colágeno.

Classificação do tecido conjuntivo

Os elementos que constituem os tecidos conjuntivos células e substâncias intercelulares variam de acordo com as diversas modalidades desses tecidos. Considerando essa variação e a função do tecido, podem-se classificar os tecidos conjuntivos da seguinte maneira:

• Tecido conjuntivo propriamente dito: Frouxo e denso

• Tecido adiposo

• Tecido cartilaginoso

• Tecido ósseo

• Tecido sanguíneo

TECIDO CONJUNTIVO

Características Gerais

O corpo é suportado e conservado por uma gama de tecidos diferentes, que são, tradicionalmente, chamados de tecido conjuntivo. Esse nome implica um papel estrutural, porém o crescente interesse nesse tecido tornou evidente que as funções do tecido conjuntivo se estendem bem além de uma simples armação ou chassi. No geral, é designado como tecido de suporte, reconhecendo suas complexas interações com outros tecidos, indicando que não apenas preenche um papel estrutural, mas também função dinâmica no desenvolvimento, crescimento e homeostase com tipos diversos de tecidos adjacentes (KERR, 2000). Tecido conjuntivo é encontrado por todas as partes do corpo e representa o tipo de tecido mais abundante em relação ao peso (COLVILLE e BASSERT, 2010).

Os tecidos conjuntivos têm origem mesodérmica (LOPES e ROSSO, 2006) e, diferentemente do tecido epitelial, é composto por principalmente matriz extracelular não viva (COLVILLE e BASSERT, 2010).

Alguns sistemas de órgãos, tais como os sistemas esquelético e tegumentar, são compostos quase exclusivamente de tecido conjuntivo, enquanto outros, tal como o sistema nervoso, contém muito pouco (COLVILLE e BASSERT, 2010).

A compreensão da biologia do tecido de sustentação oferece importante fundamento para a compreensão do conhecimento médico e prática clínica, inclusive o crescimento e reparação ósseos, injúria a ligamento e tendão, enfisema, ateroma, hipertensão, cicatrização de feridas, envelhecimento da moléstias articulares e certas formações tumorais (KERR, 2000).

Figura 1: Tipos de Tecido Conjuntivo <http://1.bp.blogspot.com/-Ix99Pm7zFZ4/TpsALj-Iy5I/AAAAAAAAAH0/_BFCzP2heKk/s1600/F9-12.jpg>

Células do tecido conjuntivo

Embora existam vários tipos de células dos tecidos de suporte, com diferente morfologia e função, todas se originam das células mesenquimatosas, as quais se desenvolvem a partir do mesoderma embrionário (KERR, 2000).

Fibroblastos

Estes são os principais representantes das células nas variedades de tecidos de suporte (KERR, 2000). São células grandes, de forma irregular que produzem e secretam tanto as fibras quanto a substância amorfa características de sua matriz particular. Fibroblastos podem se reproduzir e são muito ativos metabolicamente. À medida que a célula amadurece e a matriz é formada, as células adotam um papel menos ativo (COLVILLE e BASSERT, 2010).

Células adiposas

As células adiposas, gordurosas ou lipócitos parecem se desenvolver de células tipo mesenquimáticas, com o lopoblasto apresentando-se como tipo intermediário (KERR, 2000).Células gordurosas são encontradas por todo o tecido conjuntivo (COLVILLE e BASSERT, 2010).

Leucócitos

Geralmente conhecidas como células brancas do sangue, são encontrados no sangue e movem-se para dentro do tecido conjuntivo em grande número durante períodos de infecção. Os leucócitos podem se espremer pelas paredes dos finos vasos sanguíneos para entrar no tecido circundante. Este processo é chamado diapedese. Leucócitos são importantes membros do sistema imune de defesa (COLVILLE e BASSERT, 2010).

Mastócitos

São células ovais facilmente identificadas pelo grande número de grânulos de coloração escura estocados no citoplasma. Esses grânulos contêm histamina e heparina. Potentes substâncias bioquímicas que iniciam uma resposta inflamatória quando liberadas no tecido. Os mastócitos tendem a ser encontrados perto de vasos sanguíneos, onde podem liberar seu conteúdo diretamente na corrente sanguínea e proteger mais efetivamente contra proteínas estranhas e micróbios (COLVILLE e BASSERT, 2010).

Macrófagos:

São lixeiros carniceiros fagocitadores enormes e de formato irregular que podem ser tanto residentes quanto migratórios. Eles engolfam micróbios, células mortas e debris que são subsequentemente digeridos nos lisossomos macrofágicos (COLVILLE e BASSERT, 2010).

Outras células dos tecidos de suporte

São os condroblastos (que produzem cartilagem), osteoblastos (que secretam osso) e os mioblastos (que formam as células musculares) (KERR, 2000).

Componentes do tecido conjuntivo

Os tecidos conjuntivos apresentam vários tipos