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Teoria de Charles Darwin

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Por:   •  9/6/2013  •  Tese  •  691 Palavras (3 Páginas)  •  1.094 Visualizações

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CAPÍTULO 4

1. Qual a influência das ideias e da teoria de Charles Darwin no pensamento sociológico positivista?

A conquista, a dominação e transformação da África e da Ásia pela Europa exigiam justificativas que ultrapassassem os interesses econômicos imediatos. Assim, a conquista europeia revestiu-se de uma aparência humanitária que ocultava a violência da ação colonizadora e a transformava em “missão civilizadora”. Países como Inglaterra, França, Holanda, Alemanha, Itália se apoderavam de regiões do mundo cujo modo de vida era totalmente diferente do capitalismo europeu, buscando transformar radicalmente sua tradição, seus hábitos e costumes. A “civilização” era oferecida, mesmo contra a vontade dos dominados, como forma de “elevar” essas nações do seu estado primitivo a um nível mais desenvolvido. Tal argumento baseava-se no princípio inquestionável de que o mais alto grau de civilização a que um povo poderia chegar seria o já alcançado pelos europeus – a sociedade capitalista industrial do século XIX.

Essa forma de pensar apoiava-se em modelos teóricos desenvolvidos pelas ciências naturais, especialmente o proposto pelo cientista inglês Charles Darwin para explicar a evolução biológica das espécies animais.

Tais ideias, transpostas para a análise da sociedade, resultaram no darwinismo social – o princípio a partir do qual as sociedades se modificam e se desenvolvem de forma semelhante, segundo um mesmo modelo e que tais transformações representariam sempre a passagem de um estágio inferior para outro superior, em que o organismo social se mostraria mais evoluído, mais adaptado e mais complexo. Esse tipo de mudança garantiria a sobrevivência dos organismos – sociedades e indivíduos - , mas fortes e mais evoluídos.

Assim, as sociedades mais simples e de tecnologia menos avançada deveriam evoluir em direção a níveis de maior complexidade e progresso na escala da evolução social, até atingir o estágio mais avançado ocupado pela sociedade industrial europeia.

2. Como a ideia evolucionista da biologia transposta para as ciências sociais condicionou a visão dos europeus sobre as sociedades não-europeias com as quais entraram em contato a partir do expansionismo imperialista?

A transposição de conceitos físicos e biológicos para o estudo das sociedades e do comportamento humano promoveu desvios interpretativos graves, que acabaram por emprestar uma garantia de cientificismo a ações guiadas por preconceito e interesses particulares. Um desses desvios ocorreu com a aplicação do conceito de espécie em Darwin para o estudo das diferentes sociedades.

No entanto, uma aplicação leviana do conceito de espécie à análise da sociedade serviu, no século XIX, como justificativa para a ação política e econômica europeia sobre a África e a Ásia, sem que se avaliassem as consequências do que se entendia, em termos sociais, por mais forte ou mais evoluído.

A regra darwinista da competição e da sobrevivência do mais forte é aplicada às leis de mercado, principalmente pela doutrina do liberalismo econômico, hoje batizada de neoliberalismo.

O darwinismo social, além de justificar o colonialismo da Europa no resto do mundo, refletia o grande otimismo com que o progresso material da industrialização era percebido

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