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Trabalho Escrito De Patologia

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Por:   •  12/9/2014  •  1.597 Palavras (7 Páginas)  •  849 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A degeneração hialina é o acúmulo de proteínas na célula que lhe confere um aspecto translúcido, homogêneo e eosinófilo. Essas proteínas acumuladas podem ser intracelulares ou extracelulares. Em indivíduos com proteinuria, é encontrada degeneração hialina no epitélio tubular renal por endocitose excessiva de proteínas.

Outras principais causas são a produção excessiva de proteínas normais e por defeitos no dobramento das proteínas. Infecções virais apresentam corpúsculos de inclusão, que são patognomônicos para certas doenças como a cinomose e a raiva.

.Acúmulo excessivo de imunoglobulinas em plasmócitos forma estruturas intracitoplasmáticas conhecidas como corpúsculos de Roussell , os quais são frequentes em algumas inflamações agudas como salmoneloses ou crônicas especialmente leishmaniose tegumentar e osteomielites. Corpúsculos de Russel são vistos no interior de plasmócitos, mas após desintegração destes ficam livres no interstício.

DEGENERAÇÃO HIALINA

A degeneração hialina é o acúmulo intracelular de material de natureza proteica, conferindo às células e tecidos afetados um aspecto hialino [gr. "hyalos" = vítreo, claro, homogêneo, translúcido, amorfo, denso, eosinófilo e refringente]. As classificações de acordo com os Corpúsculos de inclusão intracitoplasmáticas que ocorrem em pacientes com proteinúria são:

• Corpúsculos de RUSSELL em Plasmócitos: Ocorre devido a agregação de globulinas, distendendo as cisternas do reticulo endoplasmático rugoso (RER). É esférico, homogêneo, vítreo, birrefringentes e acidófilo, é notado com frequência na Salmoneloses aguda, na osteomielites crônica entre outras.

• Corpúsculos de MALLORY em hepatócitos: Ocorre devido aos Filamentos ou massa eosinofílica perinuclear (complexo insolúvel de fosfolipídios e lipoproteínas originando filamentos desordenados devido à alterações no citoesqueleto, a nível de microtúbulos e microfilamentos). É visto no alcoolismo crônico, na hepatite viral tipo A ou B, e na intoxicação com griseofulvina.

PROTEINÚRIA

A proteinúria é a excreção de albumina na urina. A albumina é uma proteína do nosso plasma produzida pelo fígado, sendo o resultado do metabolismo dos alimentos protéicos como carne, ovos, queijos e leite. A taxa normal de albumina no plasma é de 3,5 a 4,5g/dl. Ela é fundamental para conservação do estado nutricional e manter os líquidos circulando dentro dos vasos.

A excreção de albumina na urina (proteinúria) é uma importante alteração pela qual as doenças renais se manifestam. Isso mostra a importância da conservação das proteínas do sangue pelo rim. Sem a albumina, a água que circula nos vasos se infiltra pelos tecidos formando o edema. O edema é uma complicação da queda da albumina perdida pelo rim doente. A proteinúria possui quatro origens que são:

• A primeira é de origem glomerular: São as proteínas de peso molecular normal como albumina, transferrina, gamaglobulinas (IgG,IgA), microglobulinas e outras que passam pela membrana filtrante do glomérulo. Quando a membrana fica alterada, permite a saída das proteínas na urina;

• A segunda é do tipo tubular: São as proteínas secretadas pelo túbulo renal proximal, principalmente lisozima e microglobulinas;

• A terceira ocorre devido às proteínas que são secretadas pela parede do trato urinário (pelve renal, ureter, bexiga e uretra);

• A quarta tem origem na superprodução de proteínas de baixo peso molecular que se acumulam no plasma, mas, por serem pequenas, passam totalmente pelo filtro. Como são produzidas em grande quantidade, ultrapassam a capacidade de reabsorção do túbulo e são totalmente eliminadas pela urina.

O diagnóstico se dá por exame de urina em que se detecta a proteinúria quando ela é superior a 0,150g/dia. Por isso, o surgimento de proteinúria em qualquer exame de urina deve ser visto como uma anormalidade e que deve ser tratada. Em seguida, investiga-se a história clínica do paciente, recolhendo os dados de doença renal (pielonefrite, glomerulonefrite, diabetes melito) e sinais de edema, anemia, dores óssea, hipertensão arterial, hematúria, piúria, glicosúria.

No exame físico, observa-se anemia, pressão alta, desnutrição e principalmente o edema. Podem-se encontrar dois tipos de proteinúria a intermitente /transitória e a persistente / permanente. A que surge eventualmente é a transitória.

Esse tipo ocorre na febre alta, nos exercícios vigorosos, nas exposições a altas temperaturas, tanto frias como quentes, nas emoções violentas e estressantes (secreção abundante de adrenalina) e nas convulsões. É uma proteinúria leve, não ultrapassando a 1,0g/24h e não significa doença renal.

Outra proteinúria transitória, intermitente e de pequena quantidade é a proteinúria ortostática. Ela surge quando a pessoa permanece muito tempo de pé (ortostatismo), em caminhadas normais de longa duração ou em pessoas que têm uma lordose acentuada. A gravidez é um exemplo. Esta proteinúria, até hoje, não tem sido bem compreendida, pensa-se que o aumento da pressão venosa, ao nível da veia cava e veias renais, contribuiriam para aumentar a excreção de proteínas na urina. O diagnóstico diferencial dessa situação se faz dosando a proteinúria ortostática e depois mostrando o seu desaparecimento com o repouso.

A proteinúria persistente e permanente em todas as amostras pode ser:

Leve: (até 1,0g/24h),

Moderada: (1,0-3,5g/24h) e

Maciça: quando superior a 3,5g/24h/1.73 de superfície corporal.

O edema é a principal manifestação das proteinúrias maciças.

Ele ocorre porque a perda constante e intensa de proteína na urina faz com que a albumina plasmática atinja níveis muito baixos. Com isso, diminui muito o poder oncótico do plasma, permitindo que a água infiltre por todos os tecidos, surgindo o edema.

Como a água e o sal se infiltram pelos tecidos, em consequência da albumina baixa, surge hipotensão por diminuição do volume circulante e, em função disso, a paciente urina pouco para poupar o líquido que não está no seu devido lugar, isto é, circulando.

A perda de proteínas do plasma também propicia a desnutrição com todas as suas complicações.

DEGENERAÇÃO HIALINA EM

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