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Verificação da prática de ensino de biologia vegetal ou botânica através de análise bibliográfica

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Por:   •  25/9/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.250 Palavras (9 Páginas)  •  517 Visualizações

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A PRÁTICA DE ENSINO DE BIOLOGIA VEGETAL

Robson Araújo Costa

Sergio de Carvalho Pereira

RESUMO

Este artigo visa apresentar uma análise bibliográfica quanto à prática e ao ensino da Biologia Vegetal ou Botânica no ensino médio. Tal estudo se deve ao fato de que muitos professores de ensino médio não trabalham em sua totalidade conteúdos de Biologia Vegetal, além de que estudos introdutórios acerca do tema não são fáceis de serem abordados. Mediante uma análise bibliográfica, além de pesquisa na internet, pretendeu-se elucidar o porquê da deficiência do ensino e da aprendizagem de Biologia Vegetal. Os resultados levantados demonstraram que o ensino e a aprendizagem da Biologia Vegetal ou Botânica não é uma prática comum, nem de fácil metodologia quanto ao ensino e aprendizagem dessa ciência, pois, a falta de atividades práticas (laboratório e/ou campo) propiciam deficiências tanto para quem ensina quanto para quem aprende. Contextualizar a Botânica e sua aplicação à agricultura são um bom exemplo no tocante ao ensino e à aprendizagem dessa ciência. Outro ponto levantando que dificulta o ensino e a aprendizagem da Botânica é o concernente aos termos em grego e em latim.

Palavras-chave: Ensino de Matemática. Prática docente. Ensino-aprendizagem.

Introdução

Este artigo tem por objetivo verificar a prática de ensino de Biologia Vegetal ou Botânica mediante uma análise bibliográfica.

Como problema dessa pesquisa, rassalta-se que é sabido da prática docente que muitos professores não trabalham em sua completude os conteúdos/assuntos atinentes à Biologia Vegetal, em especial nos últimos anos do ensino médio, antigo 2º. Grau.

Sendo assim, o objeto de estudo desse artigo é a prática de ensino da Biologia Vegetal, que se justifica pela dificuldade de se aprender bem como de se ensinar a Botânica, principalmente em seus estudos introdutórios como morfologia vegetal.

O que justifica o estudo/pesquisa da temática é que, sabe-se, do dia a dia docente o quanto é complexo repassar ensinamentos de Biologia Vegetal ou Botânica, seja pelas palavras de origem latina ou grega, bem como a falta de trabalho de campo ou de estudos em laboratório.

Relegar o ensino da Biologia Vegetal ou Botânica é descurar da importância dos alimentos para diversos povos no mundo, pois, a agricultura, como será visto no próximo item, é uma das principais aplicações dessa ciência.

Desenvolvimento

De acordo com Miranda (2013: 15), “quase ninguém sabe que o agronegócio brasileiro equivale a 23% do PIB do país”, o que, ainda de acordo com o autor, “gera 37% dos empregos e tem um saldo comercial muito maior que o saldo total do Brasil” (MIRANDA, 2013: 15). Percebe-se, assim, que quase um quarto de toda riqueza produzida no Brasil provem do agronegócio que tem na agricultura a sua principal fonte de negócios. Outro dado relevante é o de que para cada cem brasileiros empregados regularmente no país, trinta e sete labutam no agronegócio.

A agricultura é um dos principais campos de aplicação da Biologia Vegetal, responsável por grande parte da riqueza do país, seja produzindo alimentos ou empregando pessoas na sua produção. Dessa forma, o estudo da Biologia Vegetal, ou da Botânica, ou da Ciência das Plantas, é de fundamental importância, tanto social quanto econômica. Os primeiros passos são trilhados na educação básica, em especial, no ensino médio, antigo 2º grau, alvo desta pesquisa.

Partindo-se de uma revisão de textos disponíveis em livros, artigos, internet etc., pretendeu-se pesquisar, sob a abordagem bibliográfica, o porquê da deficiência ou dificuldade no tocante tanto a se ensinar quanto a se aprender Biologia Vegetal ou Botânica.

Biologia Vegetal, conforme Raven (2011: 10), “é a parte da biologia que lida com plantas e, por tradição, com os procariontes, os fungos e as algas”, que ainda, segundo o autor, também é conhecida por botânica.

Conforme nos fala Bresinsk (2012: 1), acerca da Botânica como ciência biológica,

A botânica é a ciência das plantas. Esta conceituação foi proposta por Dioskorides, no século I, entendo como tal o estudo de plantas herbáceas (medicinais). De fato, o termo grego botané significa “gras" (“erva”), em uma conotação geral de forrageira ou planta de utilidade para os humanos. No sentido amplo, a designação grega para planta é phýton. Em vez de botânica, tanto no idioma alemão quanto no inglês, emprega-se atualmente a denominação ciência vegetal (BRESINSK, 2012: 1).

Outra terminologia bastante usada, principalmente no Brasil, é o conceito de Botânica Sistemática, que no dizer de Souza (2012), “é o ramo da ciência que estuda a diversidade das plantas através da sua organização em grupos, com base em suas relações evolutivas” (SOUZA, 2012: 5).

Uma das formas de se minorar a deficiência do ensino e/ou da aprendizagem da Biologia Vegetal ou Botânica seria apresentar aos alunos as aplicações dessa ciência, como por exemplo, contextualizar no dia a dia dos alunos, alimentos/bebidas tão comuns, como o café, que no dizer de Miranda (2013):

O café teve e tem papel tão importante na economia e na sociedade brasileira que seu nome, assim como a bebida, está intimamente associado ao cotidiano dos brasileiros: café da manhã, café da tarde, café com leite e cafezinho. Até a história consagrou a expressão café-com-leite para designar as alianças políticas entre paulistas e mineiros (MIRANDA, 2013: 273).

Após essa contextualização, introduzem-se as primeiras noções botânicas dessa cultivar, que, com relação ao café, Nabors (2012) nos fala de sua principal substância ativa, a saber:

A cafeína e outros alcalóides são apenas alguns exemplos de como as plantas afetam nossas vidas. Embora a cafeína sirva, simplesmente, como estimulante, todos nós dependemos das plantas de uma maneira fundamental – para a nossa sobrevivência. Se todas as plantas da Terra fossem subitamente eliminadas, elas brevemente seriam acompanhadas de todos os animais, inclusive o homem. Porém, se todos os animais morressem, muitas espécies de plantas seriam capazes de sobreviver (NABORS, 2012: 2).

Não se tem como objetivo a criação de uma “receita de bolo” para a prática do ensino da Biologia Vegetal, mas, tão somente exemplificar

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