Departamento de Biologia Vegetal Anatomia Vegetal

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

IBRAG – Departamento de Biologia Vegetal

Anatomia Vegetal

Professora: Thaís Jorge de Vasconcellos

           Estudo dirigido de Anatomia Vegetal[pic 1]

2. A planta é uma unidade formada por raiz, caule e folha, por isso, todos os tecidos que estão presentes no corpo primário da raiz também se encontram no corpo primário do caule e da folha. Contudo, é possível identificar diferenças no desenvolvimento primário da raiz e do caule. Diga qual a principal diferença entre a disposição dos tecidos condutores em crescimento primário e descreva o processo de desenvolvimento secundário nos dois órgãos.

O crescimento primário da Raiz ocasiona uma ruptura no corpo primário dela, pois os cordões de floema primário são separados do xilema primário, com feixes de xilema e arcos de floema intercalados entre eles através da formação de tecidos vasculares secundários pelo câmbio vascular.

Já no caule o xilema e o floema são juntos com xilema para dentro e floema para fora. Segundo o Raven a estrutura primária do caule tem três tipos básicos que podem ser reconhecidos:

1. Em algumas plantas com semente com exceção das monocotiledônias, o sistema vascular do entrenó apresenta-se como um cilindro oco, quase contínuo em meio ao tecido fundamental.
2. Em outras, os tecidos vasculares primários mostram-se como um cilindro de cordões isolados, ou feixes, separados um do outro pelo tecido fundamental.
3. No caule da maioria das monocotiledônias e de algumas herbáceas (não lenhosas), o arranjo dos cordões procambiais e dos feixes vasculares é mais complexo. Em secções transversais, os tecidos vasculares se dispõem em um arranjo em que há mais de um anel de feixes, ou então, os feixes aparecem dispersos pelo tecido fundamental não pode ser diferenciado como córtex e medula.

No crescimento secundário (o incremento em circunferência de regiões que não apresentam mais alongamento) de caules e raízes tem a formação dos tecidos vasculares secundários a partir do câmbio vascular e a formação da periderme, composta, principalmente de tecido suberizado ou súber a partir do câmbio da casca. Nas raízes o câmbio vascular se inicia por divisões do procâmbio dependendo do número de cordões de floema presentes na raiz, duas ou mais regiões independentes de atividades cambial são iniciadas quase que simultâneas, depois é a vez do periciclo, depois de formado o câmbio produz xilema secundário para dentro, assim como os cordões de floema são deslocados para fora. As fileiras de células parenquimáticas que se estendem radialmente no xilema e no floema secundários formam raios. Nas raízes lenhosas a periderme substitui a epiderme, como o tecido de revestimento da raiz, essa formação segue o início da produção do xilema e do floema secundários. Com a formação da primeira periderme na raiz, o córtex (incluindo a endoderme) e a epiderme) e a epiderme são separados do restante da raiz, finalmente morrem e se destacam.

Nos caules, o câmbio vascular ao contrário do da raiz, é essencialmente circular e delimitado desde sua instalação, e é mais comum a formação de muito mais xilema secundário do que floema secundário, sendo assim o floema é empurrado para fora e suas células de paredes finas são destruídas. O crescimento secundário começa no primeiro ano, as células de parede espessada localizadas externamente ao floema secundário são fibras do floema primário. As células de parede fina (elementos de tubo crivado e células companheiras) não são mais discerníveis elas foram obliteradas durante o desenvolvimento das fibras do floema primário. O câmbio vascular e os tecidos secundários da raiz e do caule são contínuos um com o outro. Não há região de transição no corpo secundário da planta como há no corpo primário

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