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AS DOENÇAS METABÓLICAS E ATIVIDADES FÍSICAS

Por:   •  3/11/2017  •  Resenha  •  1.424 Palavras (6 Páginas)  •  430 Visualizações

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DOENÇAS METABÓLIAS E ATIVIDADES FÍSICAS

Já a um tempo grandes instituições de saúde recomendam a prática de exercícios físicos na prevenção e reabilitação cardiovasculares e outras doenças crônicas. Estudos mostram relações diretas entre a inatividade física e a presença de vários fatores de risco, como os encontrados na síndrome metabólica. Entretanto, tem sido demonstrado que a prática regular de exercícios físicos vem apresentando efeitos benéficos na prevenção destas doenças e também no tratamento da hipertensão arterial, resistência à insulina, diabetes, dislipidemia e obesidade. Com isso, as atividades físicas devem ser recomendadas em todas as idades nas pessoas saudáveis e também nas que apresentam os fatores de riscos.

        Segundo Emmanuel Gomes Ciolac e Guilherme Veiga Guimarães “A síndrome metabólica – também conhecida como síndrome X, síndrome da resistência à insulina, quarteto mortal ou síndrome plurimetabólica – é caracterizada pelo agrupamento de fatores de risco cardiovascular como hipertensão arterial, resistência à insulina, hiperinsulinemia, intolerância à glicose/diabete do tipo 2, obesidade central e dislipidemia (LDL-colesterol alto, triglicérides alto e HDL-colesterol baixo).” Estudos epidemiológicos mostram uma relação entre a inatividade física e a presença dos fatores riscos cardiovasculares, como a hipertensão arterial, obesidade, diabetes, dislipidemia e resistência à insulina. Entretanto, a prática de exercícios físicos tem sido recomendada para o combate e prevenção dessas e outras doenças cardiovasculares e seus fatores de risco.

EXERCÍCIOS E OBESIDADE

        Nas últimas décadas houve um grande aumento de pessoas obesas, tornando-se um problema de saúde pública. Evidências apontam que a obesidade tem sido caracterizada pelo baixo gasto calórico e não pela grande quantidade de calorias ingeridas. A importância de se manter uma rotina de atividades físicas, sendo de baixa, moderada ou alta intensidade, é essencial para evitar o desenvolvimento dessa doença.

Para o tratamento da obesidade o gasto energético tem que ser maior do que a ingestão energética, o que nos faz pensar que a simples diminuição dos alimentos seja suficiente, mas que à longo prazo isso nos traz alguns malefícios, como a perda de massa magra. O gasto energético diário é composto de três grandes componentes: taxa metabólica de repouso (TMR), efeito térmico da atividade física e efeito térmico da comida (ETC). A TMR consome cerca de 60% a 80% do gasto energético diário para manter os sistemas em repouso funcionando. O melhor tratamento é a combinação da redução energética e o aumento de exercícios físicos, pois devido à prática de exercícios físicos não há grande perca de massa magra o que não altera os valores significativamente da TMR, melhorando os resultados da perda de peso à longo prazo.

Além o exercício aeróbio, o exercício resistido tem demonstrado algumas vantagens na perda de peso, isso porque o exercício resistido mostra grande estímulo no aumento da massa magra, força e potência muscular, o que ajuda a preservar a musculatura, que tende a diminuir devido à dieta, ajudando na perda da gordura corporal. A recomendação tradicional de 150 min. semanais de exercícios de baixa à média intensidade não é suficiente para pacientes obesos, a recomendação para esses pacientes é de no mínimo 150 min., podendo progredir para  200 à 300 min. semanais de exercícios de média intensidade.

EXERCÍCIOS E RESISTÊNCIA À INSULINA

        A inatividade física e resistência à insulina foi associada pela primeira vez em 1945, desde então vários estudos vem demonstrando uma relação direta entre a atividade física e a sensibilidade à insulina. Esses estudos demonstram um nível de insulina menor e maior sensibilidade à insulina em atletas comparados a seus congêneres sedentários. Segundo Emmanuel Gomes Ciolac e Guilherme Veiga Guimarães “Tem sido demonstrado que uma única sessão de exercício físico aumenta a disposição de glicose mediada pela insulina em sujeitos normais, em indivíduos com resistência à insulina parentes e primeiro grau de diabéticos do tipo 2, em obesos com resistência à insulina, bem como em diabéticos do tipo 2, e o exercício físico crônico melhora a sensibilidade à insulina em indivíduos saudáveis, em obesos não-diabéticos e em diabéticos dos tipos 1 e 2”.

        Apesar de vários benefícios da prática do exercício físico, há situações em que a atividade física pode até piorar a situação do indivíduo. Correr uma maratona, ou praticar a corrida subindo uma ladeira, a sensibilidade à insulina está diminuída, isso ocorre muito provavelmente á utilização de ácidos graxos como combustível muscular. Essas condições exaustivas de exercícios podem ser maiores do que a maioria dos indivíduos com síndrome metabólica pode suportar. Os efeitos do exercício físico sobre a sensibilidade à insulina podem durar até 48 horas, o que reforça de sempre manter uma prática de exercícios regulares, tanto aeróbio quanto o exercício resistido.

EXERCÍCIO E DIABETES DO TIPO 2

        A prática de exercícios tem demonstrado diminuir o risco de desenvolver o diabetes tipo 2, independente do histórico familiar, peso, idade,  e outros fatores de risco como a hipertensão e o fumo. Mudança no estilo de vida adotando exercícios físicos regulares e uma alimentação saudável, diminuem a incidência do diabetes tipo 2 em indivíduos com intolerância à glicose, a realização de apenas 4 horas de exercício de intensidade moderada, diminui cerca de 70% o risco de incidência do diabetes tipo 2 em relação à indivíduos sedentários.

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