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O Relatório de Uroanálise

Por:   •  6/9/2021  •  Projeto de pesquisa  •  2.095 Palavras (9 Páginas)  •  151 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A urina é uma das principais vias de excreção do organismo. O Sumário de urina ou Urina tipo I é utilizado como forma complementar de diagnóstico e pode oferecer informações importantes sobre o estado fisiológico do organismo, sobre a presença ou evolução de muitas doenças sistêmicas, sobre a avaliação de certos tratamentos e sobre o estado funcional dos rins. Preferencialmente deve ser colhida a primeira urina da manhã, caso isso não ocorra, ficar sem urinar por pelo menos duas horas que antecedem a coleta. Uma higiene prévia deve ser feita antes da coleta. Devem ser coletados 40 a 50ml de urina, geralmente a coleta é realizada em um coletor universal.

A urina normal tem um odor tem um odor característico devido à presença de ureia. Quando o odor é muito forte deve-se suspeitar de alguma alteração, como uma urina muito concentrada ou uma infecção. Certas patologias como, por exemplo, o diabetes, a fenilcetonúria e a presença de bactérias, que transformam a ureia em amônia, podem alterar muito o odor da urina.

A urina normalmente tem uma cor de varia de amarelo citrino ao amarelo ouro, mas algumas patologias podem conferir uma cor avermelhada, âmbar ou escura (cor de vinho). Se a urina apresentar coloração vermelha, significa que a análise é positiva para sangue e que há presença de heme na amostra.

A urina recém emitida geralmente é transparente, porem pode apresentar certa opacidade causadas pela precipitação de uratos amorfos, cristais de oxalato de cálcio, ácido úrico, fosfatos amorfos e carbonatos. A presença de turbidez na urina é responsável, também, pela presença de depósitos. O exame é executado visualmente, através de observação da amostra homogeneizada, em ambiente com boa iluminação.

No sumário de urina, além da analise macroscópica, também é feita a analise bioquímica automatizada ou com fita reativa. O teste com fita reativa determina a concentração de íon na urina e baseia-se na associação de uma substância chamada polieletrólito e um indicador de pH (azul de bromotimol), que reagem na presença de solutos iônicos presentes na urina. O polieletrólito ionizase na proporção da quantidade de íons na solução, o que altera sua constante de dissociação e íons de hidrogênio são produzidos, provocando redução de pH que é detectados pelo indicador. À medida que a densidade aumenta, mais acida se tornará o meio de reação, com mudança característica de cor do indicador.

EXAME FÍSICO

No exame físico são avaliados volume, cor, aspecto, odor e densidade. Quanto a cor, pode ser classificada como amarelo, amarelo claro (presença do Urocromo), amarelo escuro ou âmbar (presença de bilirrubina- espuma amarela), avermelhada (hemorragia, hematúria, mioglobinúria), marrom (Mioglobinúria, hemoglobinúria), esverdeada (antib ióticos específicos).

Já o aspecto, a urina pode ser límpida, ligeiramente turva e turva (totalmente opaca-presença de bactérias, leucócitos, cristais, e cilindros). No odor, pode apresentar-se normal “sui generis”, que é característico da urina, quando o odor é forte e desagradável pode ser devido à infecções bacterianas e quando possui o odor adocicado, há presença de corpos cetônicos, no caso de pacientes diabéticos.

E a densidade específica é determinada por refratometria, que é o procedimento recomendado para estimar a concentração de sólidos totais. Avalia a capacidade de reabsorção renal e é influenciada pelo número e tamanho de substâncias presentes na urina. Também pode ser obtida pelas fitas reativas.

FITA REAGENTE (EXAME QUÍMICO)

A tira reagente utilizada para a determinação do pH e densidade e a pesquisa de elementos químicos no exame de urina rotina é constituída por um suporte plástico contendo áreas impregnadas com reagentes químicos. Uma reação de cor se desenvolve quando as áreas de química seca entram em contato com a urina.

Os princípios das reações químicas são descritas abaixo:

Leucócitos - células brancas presentes no sangue e podem estar presentes em pequena quantidade na urina, porém quando aumentados podem indicar lesões inflamatórias, infecciosas (infecção urinária) ou traumáticas. A quantificação deve ser feita em microscopia, caso não esteja presente na visualização microscópica, é devido a lise dos leucócitos (detecção da enzima- esterase leucocitária) ou devido a uma longa exposição ao sol.

Hemácias - células vermelhas do sangue e na urina são identificadas como hematúria, esta não é uma doença, mas pode ser indicativo de alguma, como cálculo renal, cistite (infecção da bexiga), glomerulonefrite (inflamação do glomérulo), pielonefrite, tumores, traumas e exercício físico intenso (rompimento de vasos), também pode ser significado clínico de hemoglobinúria como numa anemia hemolítica (não possui hemácias íntegras), queimaduras graves, infecções e exercícios físicos intensos, e nos casos de mioglobinúria que dá a cor de “coca cola” a urina e ocorre nos casos de traumatismo muscular, coma prolongado, convulsões, doenças musculares atróficas e esforço físico intenso.

Nitrito - o normal é estar ausente, porque a urina é rica em nitratos é devido à detecção de bacteriúrias significantes (infecção urinária) e assintomáticas, e só as bactérias são capazes de transformar nitrato em nitrito. Possui um significado clínico nos casos de cistite, pielonefrite.

Bilirrubina: quando está presente na urina, pode ser a primeira indicação de alguma hepatopatia como hepatite, cirrose, obstrução biliar e em outras doenças hepáticas.

Glicose: esta só estará presente na urina quando a glicose sanguínea (açúcar no sangue) estiver muito alta, ocorrendo principalmente em pacientes diabéticos descontrolados. É útil na detecção de diabetes mellitus, quando a quantidade de açúcar no sangue está muito alta, que parte acaba saindo pela urina. Quando os níveis de glicose no sangue ultrapassa 180 mg/dl, geralmente há perda na urina. A presença de glicose na urina sem que o indivíduo tenha diabetes, costuma ser sinal de doença renal.

Proteínas: é um importante indicador de doença renal, quando estas são encontradas na urina, fala-se em proteinúria, que pode ser por lesão glomerular ou nefropatia diabética, pode haver outras causas como proteinúria ortostática (Pressão nos rins, onde o indivíduo manteve-se em pé o

dia todo) e proteína de Bence Jones (cadeia leve de imunoglobulina, apresenta-se nos casos de mieloma múltiplo, doenças autoimunes).

Cetonas - normalmente, não aparecem quantidades mensuráveis de cetonas na urina, pois toda gordura metabolizada é completamente degradada e convertida em dióxido de carbono e água. Contudo, quando o uso de carboidratos como principal fonte de energia fica comprometido e os estoques de gordura do organismo precisam ser metabolizados para suprimento de energia, pode-se detectar cetonas na urina. Podem aparecer no jejum prolongado ou hipoglicemia e pode indicar

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