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ÁCIDO FÓLICO E VITAMINA B12

Por:   •  2/7/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.542 Palavras (7 Páginas)  •  511 Visualizações

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Universidade Estadual Do Maranhão- UEMA

Centro De Educação, Ciências Exatas E Naturais- CECEN

Departamento De Química E Biologia- DQB

Curso: Química Licenciatura

Disciplina: Bioquímica

Fabrícia Fortes

Elaine Nunes

Mayane Sousa

Raissa Penha

ÁCIDO FÓLICO E VITAMINA B12

São Luís- MA

2017

  1. INTRODUÇÃO

As vitaminas são substâncias que o organismo não tem condições de produzir e, por isso, precisam fazer parte da dieta alimentar. Suas principais fontes são as frutas, verduras e legumes, mas elas também são encontradas na carne, no leite, nos ovos e cereais.

As vitaminas desempenham diversas funções no desenvolvimento e no metabolismo orgânico. No entanto, não são usadas nem como energia, nem como material de reposição celular. Funcionam como aditivos - são indispensáveis ao mecanismo de produção de energia e outros, mas em quantidades pequenas. A falta delas, porém, pode causar várias doenças, como o raquitismo (enfraquecimento dos ossos pela falta da vitamina D) ou o escorbuto (falta de vitamina C), que matou tripulações inteiras até dois séculos atrás, quando os marinheiros enfrentavam viagens longas comendo apenas pães e conservas.

A Ciência conhece aproximadamente uma dúzia de vitaminas, sendo que as principais são designadas por letras. Essas vitaminas podem ser encontradas em muitos alimentos, especialmente os de origem vegetal.

  1. DESENVOLVIMENTO

2.1 ÁCIDO FÓLICO

         O termo ácido fólico se aplica a toda uma família de vitamínicos com atividade biológica equivalente. Outros termos, como folato e folacina, também são empregados indistintamente para designar estes compostos. Em alguns casos, também se utiliza o termo vitamina B9. A palavra “fólico” deriva do latim folium, que significa folha.

  1. Folato

O ácido fólico é uma molécula sintética que o corpo pode usar como tal. A forma natural da referida substância bio-ativa tem o nome de folato e pode ser utilizada no corpo em diferentes variações químicas. Normalmente, o organismo é capaz de assimilar e processar o ácido fólico. No entanto, como esse não é sempre o caso, as preparações farmacêuticas contendo folato na forma bio-ativa (em vez de ácido fólico), estão agora disponíveis para venda.

2.1.2        Histórico

         Em 1931, a hematologista britânica Lucy Wills descreveu um novo fator hematopoiético em levedura, que teria a capacidade de curar a anemia microcítica tropical prevalente na maioria das mulheres da Índia. Posteriormente, esse mesmo fator foi encontrado no extrato de fígado, o qual curava a anemia nociva; este novo e desconhecido composto foi denominado de “fator Wills”. Depois destas descobertas houveram diferentes tentativas de identificar esta substância como uma nova vitamina, atribuindo-lhe diversos nomes, como vitamina M ou vitamina Bc, relacionadas com o animal utilizado para o estudo, macacos e galinhas. Em 1941, durante um estudo dos fatores de crescimento do Lactobacillus casei y Streptococcuslactis, foi proposto pela primeira vez o termo “ácido fólico”.

2.1.3        Absorção

A absorção do ácido fólico em concentrações fisiológicas no homem é feita principalmente no primeiro terço do intestino delgado, por processo ativo saturável dependente de pH e de sódio, apesar de ocorrer também em toda a extensão do mesmo. Porém, em altas concentrações, atravessa diretamente a parede dos enterócitos. O folato encontra-se no plasma distribuído em três frações: o folato livre e os ligados aos transportadores de baixa e de alta afinidade, que são responsáveis pelo transporte do folato para as células da medula, reticulócitos, fígado, fluido cerebroespinhal e células tubulares renais. Supõe-se que este transporte seja ativo e mediado por um carreador, uma vez que ocorre contra um gradiente de concentração.

2.1.4        Armazenamento

As reservas normais no organismo variam de 5mg a 10mg, onde metade encontra-se no fígado, principalmente na forma de poliglutamato.

2.1.5        Fontes naturais

  • Fígado;
  • Feijões roxos;
  • Feijões manteiga (fava);
  • Vegetais folhosos verde-escuros (como espinafre, aspargo, brócolis);
  • Carne magra;
  • Batatas;
  • Pão integral.

 O preparo destes alimentos deve ser criterioso, pois cerca de 50 a 95% do ácido fólico é oxidado (reage com o oxigênio) e destruído quando o alimento é cozido ou processado.

2.1.6        Utilização

Atualmente, além da utilização terapêutica para tratamento da anemia megaloblástica e da deficiência subclínica, estudos demonstraram as potenciais funções do ácido fólico na prevenção de defeitos de nascimento, doenças cardiovasculares, câncer, manutenção da fun- ção cognitiva durante o processo de envelhecimento e inclusão na presença de sintomas relacionados a doenças neurodegenerativas.

2.1.7        A carência

O distúrbio mais comum que ocorre como resultado da deficiência de ácido fólico é a anemia macrocítica ou megaloblástica, cujas manifestações clínicas são muito semelhantes as da anemia induzida por vitamina B12. Na anemia megaloblástica, a diminuição das concentrações séricas de folato ocorre em duas etapas sucessivas: uma etapa rápida, em que ocorre uma diminuição das concentrações séricas, sem que os folatos hepáticas estejam significativamente empobrecidos, e uma segunda etapa, mais gradual, que parece refletir a liberação dos folatos do tecido e a desordem na síntese do DNA no rápido crescimento dos tecidos.

 Nesta etapa, os eritrócitos são substituídos por eritrócitos pobres em folatos e surgem anormalidades na medula óssea. A aparição de formas grandes na série eritrócita e o surgimento de leucócitos poliformonucleares hiper segmentos, são característicos nessa fase. Se a anemia megaloblástica se instaura de forma crônica, também surgem sintomas hematológicos, gerais e neuropsiquiátricos.

Entre os sintomas gerais, destacase a anestia e a anorexia, que vão aparecendo de forma progressiva. Entre os sintomas neuropsiquiátricos, se observam distúrbios do sono e da memória, irritabilidade e convulsões. Em alguns casos, também pode surgir neuropatia periférica, síndrome cerebelar, depressão e demência. Os sintomas da carência se revertem ou melhoram com a administração de ácido fólico, desde que a lesão, especialmente de doenças neurológicas, não seja irreversível.

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